''Se alguém ama o próximo com coração puro e generoso, quer dizer que conhece verdadeiramente Deus''.
O Papa Bento XVI afirmou, no domingo, 13, que a fé não é suficiente e que é necessário amar o próximo, já que quem não ama seu irmão não é um verdadeiro cristão, porque “Deus não vive nele”.
No discurso que antecedeu a oração mariana do Ângelus, no pátio interno da Residência Apostólica de Castel Gandolfo, o Santo Padre destacou o motivo da encarnação de Cristo: “Jesus não veio ao mundo para nos ensinar uma filosofia, mas sim para nos mostrar um caminho, ou melhor, o caminho que conduz à vida”.“Este caminho é o amor, que é a expressão da verdadeira fé. Se alguém ama o próximo com coração puro e generoso, quer dizer que conhece verdadeiramente Deus. Se ao contrário, diz que tem fé, porém não ama seus irmãos, não é um verdadeiro cristão. Deus não vive nele”, disse o Papa.
Em seguida, Bento XVI citou São João Crisóstomo, um dos doutores da Igreja que assim escreveu: “Alguém pode ter uma reta fé no Pai e no Filho, como também no Espírito Santo, mas se não tem uma reta vida, a sua fé não lhe servirá para a salvação". Quando, portanto, se lê no Evangelho: “Esta é a vida eterna: que Te conheçam como o único verdadeiro Deus, não pensem que isso baste para se salvar: são necessários uma vida e um comportamento puríssimos”.
Em seguida o Papa recordou que nesta segunda-feira, 14, celebraremos a Festa da Exaltação da Santa Cruz e, no dia seguinte, Nossa Senhora das Dores. "A Virgem Maria, que acreditou na Palavra do Senhor, não perdeu a sua fé em Deus quando viu o seu Filho rejeitado, ultrajado e colocado em uma cruz. Ao contrário permaneceu ao lado de Jesus, sofrendo e rezando, até o fim", ressaltou o Santo Padre. "Ela viu a alvorada radiosa da sua Ressurreição".
Vamos aprender com ela a testemunhar a nossa fé com uma vida de humilde serviço, prontos a pagar com a própria pessoa para permanecer fiéis ao Evangelho da caridade e da verdade, com a certeza de que nada se perde daquilo que fazemos, disse ainda Bento XVI.
Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos, o Papa saudou os presentes em diversas línguas. Em seguida, concedeu a todos a sua Benção Apostólica.