domingo, 6 de março de 2011

AVISO - MISSA NO DOMINGO DE CARNAVAL NO ALDEBARAN

CNBB ABRE CAMPANHA DA FRATERNIDADE NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Na próxima quarta-feira, 9, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente a Campanha da Fraternidade 2011 (CF), que tem por tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta” e lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). O ato de lançamento nacional, aberto à imprensa, acontece no auditório Dom Helder Câmara, na sede da CNBB, em Brasília, às 14h30, e será presidido pelo secretário geral da Conferência dos Bispos, dom Dimas Lara Barbosa.

A programação será bastante objetiva, iniciando com a apresentação da mensagem do papa Bento XVI, saudando a Campanha. Em seguida, o secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, exporá os objetivos da Campanha, bem como a dinâmica de sua realização nas dioceses, paróquias e comunidades do país. O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, encerra o ato falando sobre as expectativas da Igreja com a Campanha. Terminada a cerimônia, dom Dimas atende os jornalistas, numa coletiva de imprensa.

Esta é a 47ª Campanha da Fraternidade desde que foi criada em 1964. A conscientização sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas está entre os principais objetivos da Campanha. A busca de ações que preservem a vida no planeta é outra meta da CF.

Com 124 páginas e dividido em quatro partes, o texto-base, carro-chefe da CF, apresenta o conteúdo a ser discutido ao longo da Campanha. Na primeira, faz uma análise da realidade procurando estabelecer as causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. Toca na relação que há entre o aquecimento global e as atividades humanas; questiona o modelo energético do país; denuncia o desmatamento e as queimadas, responsáveis por 50% da emissão de gases de efeito estufa no Brasil; interpela o agronegócio e o atual modelo de desenvolvimento. A Campanha vai alertar, ainda, para a ameaça à biodiversidade e para o risco da escassez de água no planeta.

A segunda parte do texto-base busca na bíblia, na teologia e na palavra da Igreja a fundamentação do tema e do lema da CF. Já na terceira parte, aponta diversas atitudes que podem ser tomadas por pessoas, comunidades, governo, empresas e instituições, com o objetivo de preservar a vida no planeta terra.

Para o secretário geral da CNBB, a Igreja é motivada pela fé quando discute temas como o proposto pela CF deste ano. “A fé nos torna específicos numa discussão como essa. A nossa fundamentação é teológica e se baseia no próprio projeto de Deus para com a criação e para com o ser humano”, explica dom Dimas. “A ecologia humana é um tema fundamental trazido pelo papa João Paulo II e, depois, por Bento XVI. De acordo com o papa, o centro do universo está na pessoa humana e, muitas vezes, as políticas públicas não levam em conta esses dois pontos, principalmente as pessoas mais vulneráveis, os mais pobres”, acrescenta.

O secretário executivo da CF, padre Luiz Carlos Dias, diz que a preocupação da Igreja com o meio ambiente está ligada à sua missão de defender a vida. “A Igreja demonstra suas preocupações com o estado de nosso planeta, que precisa de cuidados para que continue a oferecer as condições necessárias para a vida nele instalada”, disse o secretário.

Esta não é a primeira vez que a CF aborda o tema meio ambiente. Em 1979, a Campanha discutiu o tema “Por um mundo mais humano – Preserve o que é de todos”; em 2004, “Fraternidade e Água – Água, fonte de vida”; e, em 2007, a Amazônia foi lembrada: “Fraternidade e Amazônia – vida e missão neste chão”.

Fonte: CNBB

LITÚRGIA DO 9º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Neste Domingo, aprendemos que os mandamentos de Deus propõem vida e infinitas bênçãos para todos os que os seguem; e, ao escutarmos Jesus, conforme o evangelho que hoje nos é apresentado por Mateus, aprendemos a construir nossas vidas sobre alicerces sólidos. Nesse sentido, devemos viver o cristianismo não como obrigação, mas como graça especial. Assim, somos chamados a fazer a opção pela bênção e pela vida, cumprindo a vontade do Pai. Deste modo, Jesus nos mostra que não basta dizer que temos fé, ou que simplesmente vamos à Igreja aos domingos, como se isso fosse demonstração de fé. Não! O nosso sentimento de fé deve ser traduzido em ações práticas e concretas no cotidiano de nossas vidas. Nossa fé deve nos conduzir a construir nossas vidas sobre o alicerce sólido da Palavra de Deus. Movidos pela fé, alimentada pela graça de Deus poderemos, com certeza, chamar a Deus de “Senhor”.

9º Domingo do Tempo Comum
1ª Leitura: Livro do Deuteronômio 11,18.26-28.32
Salmo: 30
2ª Leitura: 1ª Carta de São Paulo aos Romanos 3,21-25.28
Evangelho: Mateus 7, 21-27

EVANGELHO - Mateus 7,21-27
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? Então eu lhe direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.

Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve esta minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA PROF. DIÁCONO MIGUEL A. TEODORO
Estamos encerrando o primeiro ciclo de semanas do Tempo Comum. Fazemos uma pausa neste tempo, pois entraremos no Tempo Quaresmal. Nesse sentido, o que se pode concluir dessa primeira parte do Tempo Comum? Vejamos:

Nas semanas anteriores fomos de diversas maneiras, exortados a viver de acordo com as orientações de Jesus. Procurem se lembrar: desde o dia 09 de janeiro de 2011, quando celebramos o Batismo de Jesus, a Palavra de Deus vem nos orientando para que façamos, conscientemente, a verdadeira opção por Jesus e pelo Reino por Ele inaugurado.

Observem que, na festa do Batismo, Jesus assumiu a missão recebida do Pai. Missão que Ele próprio nos revela e que também nos é atribuída; No segundo Domingo do Tempo Comum fomos instruídos, juntamente com o testemunho de João Batista, a proclamar que Jesus é o Filho de Deus, e que sobre Ele repousou o Espírito Santo do Pai e, assim, devemos afirma que Ele é aquele que era esperado: o Emanuel. Deus-conosco; no terceiro Domingo, aprendemos que Jesus é a luz da humanidade e, como Ele é a Palavra iluminadora de Deus, apresentada a nós, fez de nós Luz para iluminar as trevas de nossas comunidades; no quarto Domingo, Jesus nos denominou de Bem Aventurados e nos chamou de filhos e filhas de Deus; no quinto Domingo, para nos tornarmos símbolos do compromisso cristão, fomos convocados pelo Mestre Jesus a sermos Sal e Luz para que pudéssemos nos tornar verdadeiros agentes de transformação da realidade que nos cerca; no sexto Domingo, fomos convidados a fazer uma escolha entre a vida e a morte. Aprendemos a viver novas formas de nos relacionar com os outros e de colaborar para a concretização do Reino de Deus; no sétimo Domingo, embora vivamos numa realidade marca pela vingança e violência, a Palavra de Deus nos ensinou o que devemos fazer para amar a todos de igual modo; e, no Domingo anterior, Jesus nos ensinou que, mesmo diante das facilidades que o mundo nos oferece, não devemos nos entregar às preocupações do mundo, mas devemos, sobretudo, buscar em primeiro lugar o Reino de Deus.

Porém, hoje, neste Domingo, o nono do Tempo comum, onde encerramos o primeiro ciclo deste tempo, aprendemos que os mandamentos de Deus propõem vida e infinitas bênçãos para todos os que os seguem; e, ao escutarmos Jesus, conforme o evangelho que nos é apresentado por Mateus, aprendemos a construir nossas vidas sobre alicerces sólidos.

Nesse sentido, devemos vivenciar o cristianismo não como obrigação, mas como graça especial que Deus, nosso Pai, nos concede. Assim, somos chamados a fazer a opção pela bênção e pela vida, cumprindo a vontade do Pai. Deste modo, Jesus nos mostra que não basta dizer que temos fé, ou que simplesmente vamos à Igreja aos domingos, como se isso fosse demonstração de fé. Não! O nosso sentimento de fé deve ser traduzido em ações práticas e concretas no cotidiano de nossas vidas. Nossa fé deve nos conduzir a construir nossas vidas sobre o alicerce sólido da Palavra de Deus. Movidos pela fé, alimentada pela graça de Deus poderemos, com certeza, chamar a Deus de “Senhor”.

Para que possamos ter o direito de chamar a Deus de Senhor, antes porém, é preciso que assumamos, como cristãos, o compromisso como o Reino de Justiça que nos é proposto. Isso exige compreensão, Mas não deve ficar por aí. Da compreensão com a cabeça, a luta pela justiça, pela solidariedade e pela fraternidade deve passar para as mãos e os pés, isto é, nosso compromisso deve transformar-se em ação prática, que produz efeitos e transforma a realidade em que vivemos.

Não adianta ficarmos rezando apenas com palavras e confortavelmente protegidos dentro de quatro paredes, ou usando o santo nome de Deus e de Jesus para remendar situações provocadas pela injustiça, ou meios para justificar-se para com Deus, com a finalidade de esconder seus feitos, suas práticas e suas ações injustas. Não adianta tentar fazer média com Deus. Devemos compreender com a nossa inteligência que não é possível enganar a Deus, pois Ele não é como os homens.

Deus não quer que tenhamos essa forma de ação. Não. Ele quer que nossa oração nos leve à prática da justiça, ou, melhor ainda, Deus quer que aprendamos a rezar através da ação que transforma a realidade, criando um Reino onde prevaleça a justiça que Ele quer. Cada um de nós seremos julgados. Não pelo o que cremos ou dissemos, mas por aquilo que de fato fazemos.

Ouvindo ou lendo tudo isso, podemos ficar admirados ou assustados. No entanto, uma coisa é certa: neste domingo nós aprendemos com Jesus que primeiro devemos vivenciar e praticar, para depois explicar e ensinar, pois o verdadeiro anúncio nasce da ação prática que cada membro da comunidade realiza em nome de Jesus.

ORAÇÃO
Senhor, faça de mim um cristão autêntico. Mas que eu seja um cristão que saiba ouvir mais para praticar mais o que me pede a sua santa Palavra. Amém.