domingo, 17 de abril de 2011

LITURGIA DO DOMINGO DE RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR


Irmãos e irmãs, iniciando a Semana Santa, somos convidados a refletir mais profundamente sobre os últimos acontecimentos da vida de Jesus, sobre o mistério de sua paixão, morte e ressurreição, pois o seu projeto de salvação é para todos. No entanto, há os que recusam sua proposta e procuram eliminá-lo, uma vez que percebem que seus privilégios e interesses pessoais estão sendo ameaçados. A nossa fé não é uma ideologia de simples adesão a uma crença; ela deve nos impulsionar a ir ao encontro de Jesus, o Filho de Deus. Venha! Vamos seguir a nosso humilde Rei-Servidor. Entremos com Ele em Jerusalém e o acompanhemos em sua trajetória rumo à cruz.

DOMINGO DE RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR
Evangelho antes da Procissão de Ramos: Mateus 21,1-11
1ª Leitura: Leitura do Livro do Profeta Isaías 50, 4-7
Salmo: 21
2ª Leitura: Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses 2, 6-11
Evangelho: Mateus 27,11-54
  
EVANGELHO DE MATEUS

Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

Ass.: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus declarou:

Pres.: “É como dizes”.

Narrador 1: E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:

Leitor 1: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

Narrador 1:  Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

Ass.: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

Narrador 2: Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Narrador 2: Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:

Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

Narrador 2: Eles gritaram:

Ass.: “Barrabás”.

Narrador 2: Pilatos perguntou:

Leitor 2: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?

Narrador 2: Todos gritaram:

Ass.: “Seja crucificado!”

Narrador 2: Pilatos falou:

Leitor 1: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

Ass.: “Seja crucificado!”

Narrador 1:  Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

Leitor 2: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”

Narrador 1: O povo todo respondeu:

Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.

Narrador 1: Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.

Ass.: Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho;

Narrador 1: depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

Ass.: “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 2:  Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.

Narrador 1: Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

Narrador 1: Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

Ass.: ”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

Narrador 2:  Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

Ass.: ”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

Narrador 1: Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

Pres.: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

Narrador 1: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

Ass.: “Ele está chamando Elias!”

Narrador 1:  E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:

Ass.: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

Narrador 1: Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

(Todos se ajoelham)

Narrador 2: E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

Ass.: “Ele era mesmo Filho de Deus!”

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA PROF. DIÁCONO MIGUEL A. TEODORO
Irmãos e irmãs, Jesus entrou em Jerusalém, e nós o seguimos com os ramos nas mãos. Nesta solene liturgia, iniciamos a Semana Santa, centro do grande acontecimento de nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que chegou até nós como humilde rei servidor que, hoje, inicia sua trajetória rumo à glória e à ressurreição. Antes, porém, deverá passar pelo sacrifício da cruz.

Há cinco semanas iniciamos uma jornada de preparação para este grande momento. Aliás, estamos nos preparando deste o Natal. Todas as celebrações, do Natal até o presente momento, celebraram em sucessão, os momentos marcantes da vida de Jesus. Nesta Semana Santa que se inicia, faremos memória dos últimos dias de seu ministério. Ministério centrado na morte redentora e ressurreição gloriosa do Filho de Deus.

Assim, podemos observar que, após cerca de três anos de atividade na Galiléia e territórios vizinhos, Jesus se encontra mais uma vez em Jerusalém. Na sua ação libertadora e vivificante Ele enfrenta a cúpula dos dirigentes religiosos da Judéia, sediada no Templo de Jerusalém.

Pelos conflitos já ocorridos ao longo de seu ministério Jesus tem consciência que o confronto em Jerusalém será fatal. Mas ele não abre mão de sua liberdade de levar o anúncio de seu projeto de vida ao grande número de peregrinos que aí vão para a festa da Páscoa judaica. É a coerência e fidelidade ao projeto do Pai, que Paulo chama de "obediência".

Conforme testemunharemos, nestes últimos dias sucedem-se a ceia da partilha, a traição de Judas, as omissões dos discípulos, a prisão, o julgamento sumário, as torturas, a crucifixão, a morte e a sepultura de Jesus. Da parte dos dirigentes religiosos Jesus encontrou rejeição absoluta, pois se consideravam ameaçados em seus privilégios pela prática de Jesus.

Da parte dos discípulos Jesus não encontrou plena compreensão. A ideologia do poder em que tinham sido formados não seria removida de imediato por Jesus. Só após a sua morte, com o dom do Espírito, é que irão percebendo o pleno sentido da eternidade e da divindade de Jesus.

Em conformidade com a Primeira Leitura, Jesus em seu ministério anunciou a palavra com "língua habilidosa". É a palavra que reanima os desanimados e restaura a vida. "De rosto impassível", sempre permaneceu fiel à sua missão que o Pai lhe entregou, apesar de toda e qualquer repressão dos poderosos.

Agora, na cruz, fica consumado seu ministério. O sofrimento na carne e a proximidade da morte provocam um sentimento de abandono. Porém a consciência do amor do Pai leva a uma entrega confiante em suas mãos – observem Mateus 27, os versículos 46 e 50.

Daqui pra frente, caberá a nós seguir os passos de nosso salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida.

ORAÇÃO
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem. Faz-me ressuscitar para que eu possa tornar-me verdadeiro instrumento de justiça pra o vosso Reino. Amém.

HOJE, DOMINGO DE RAMOS, 82ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN

O Domingo de Ramos abre as celebrações da Semana Santa nas igrejas cristãs. O período marca os últimos dias de Jesus Cristo, passando por sua morte, na Sexta-Feira da Paixão, e a ressurreição que é comemorada na Páscoa.

Na paróquia de Santa Catarina Labouré, a passagem será relembrada na Santa Missa das 17h30min deste domingo na Igreja de Nossa Senhora das Graças, no Aldebaran.

Conforme o pároco, Cônego João Neto, os fiéis serão recebidos no estacionamento da Igreja, onde ocorrerá a bênção dos ramos. Em seguida, ingressam em procissão para a Santa Missa do Domingo de Ramos.

A procissão de ramos lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, conforme relata a Bíblia. Montado em um jumento, foi recebido pelo povo com ramos verdes e aclamado como rei e filho de Deus.

IGREJA CELEBRA HOJE O DOMINGO DE RAMOS

O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração. Segundo os Evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com os discípulos. Entrou na cidade como um Rei, mas sentado num jumentinho - o símbolo da humildade - e foi aclamado pela população como o Messias, o Rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!" Isto aconteceu alguns dias antes da sua Paixão, Morte e Ressurreição. A Páscoa Cristã celebra então a Ressurreição de Jesus Cristo.

HISTÓRIA
A procissão do Domingo de Ramos surgiu depois que um grupo de cristãos da Etéria fez uma peregrinação a Jerusalém e, ao retornar, procedeu na sua região da mesma forma que havia feito nos lugares santos, lembrando os momentos da Semana Santa. O costume passou a ser utilizado gradualmente por outras igrejas e, ao final da Idade Média, foi incorporado aos ritos da Semana Santa.

O RITO
A celebração do Domingo de Ramos começa em uma capela ou igreja afastada de onde será rezada a Missa. Os ramos que os fiéis levam consigo são abençoados pelo sacerdote. Então, este proclama o Evangelho da entrada de Jesus em Jerusalém, e inicia-se a procissão com algumas orações próprias da festa, rumo à igreja principal ou matriz.
Em algumas cidades esta procissão é acompanhada de Banda de Música.

Durante a procissão, os fiéis entoam a antífona:

"Hosana ao Filho de Davi!
Hosana ao Filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Rei de Israel, Hosana nas alturas!"

Ao chegar onde será celebrada a missa solene, a festa muda de caráter, passando a celebrar a Paixão de Cristo. É narrado o Evangelho da Paixão, e segue a Liturgia Eucarística como de costume.

O sentido da festa do Domingo de Ramos tratar tanto da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, e depois recordar sua Paixão, é que essas duas datas estão intrinsecamente unidas. A Igreja recorda que o mesmo Cristo que foi aclamado como Rei pela multidão no Domingo, é cruficidado sob o pedido da mesma multidão na Sexta. Assim, o Domingo de Ramos é um resumo dos acontecimentos da Semana Santa, e também sua solene abertura.