domingo, 8 de maio de 2011

HOMENAGEM DO MFC ALAGOAS AS MÃES NO SEU DIA!

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HOJE, 85ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN - ESPECIAL DIA DAS MÃES

A Equipe Cidade do Movimento Familiar Cristão de Maceió vai homenagear as Mamães com uma programação especial neste domingo, 8 de maio, dia consagrado àquela a quem nos gerou, a quem está sempre disposta a nos acolher e proteger: Nossas “Mães”.

A proposta da Equipe Cidade é que as Mamães estejam presentes com seus filhos, familiares e amigos na Missa Dominical do MFC, às 17h30min, deste domingo (08), na Igreja do Aldebaran, celebrada pelo Cônego João Neto.

Todas as Mães serão homenageadas pela Equipe Cidade que se programa para que a Missa seja mais do que especial para as Mães que comparecerem.

Os coordenadores Neto e Rita, e os vice-coordenadores Rainey e Anamaria, convidam a todos os mefecistas para comemorarem juntos o DIA DAS MÃES.

LITURGIA DO III DOMINGO DA PÁSCOA


Na Liturgia deste III Domingo da Páscoa temos o itinerário da fé cristã: caminhos da humanidade, palavra, partilha, Igreja que confirma. Acima de tudo temos o Ressuscitado, que se manifesta onde quer que haja busca e onde quer que a partilha se faça: partilha de liberdade e de vida, fermentando a fraternidade e a partilha dos bens, para que todos tenham a vida que Deus deu a todos. Em sua caminhada, Jesus nos convida a formar comunidades e sermos testemunhas com Ele ao redor do pão da vida. Em comunhão com o Ressuscitado, possamos viver com dignidade a fraternidade e a solidariedade reveladas aos corações que se deixam inflamar pela Luz do Cristo que vem sobre a terra, inunda nosso ser e permanece entre nós. Sob a intercessão da Virgem Santíssima, que todas as mães sejam abençoadas por Deus.

III DOMINGO DA PÁSCOA
1ª Leitura: Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 21, 14.22-33
Salmo: 15
2ª Leitura: Leitura da Primeira Carta de São Pedro 1,17-21
Evangelho: Lucas 24,13-35
  
EVANGELHO – LUCAS 24,13-35
Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilômetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. Então Jesus perguntou: "O que andais conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?" Ele perguntou: "Que foi?" Eles responderam: "O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu". Então ele lhes disse: "Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?" E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: "Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!" Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: "Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: "Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!" Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA PROF. DIÁCONO MIGUEL A. TEODORO
A pergunta mais importante que qualquer cristão pode fazer é: Onde está Jesus ressuscitado? Muitos gostariam que ele estivesse apenas em Deus. Seria mais cômodo. Outros gostariam que ele estivesse apenas no fundo do coração de cada um. Também seria cômodo. Outros, ainda, gostariam de confiná-lo num templo ou de prendê-lo dentro de instituições, estruturas e esquemas. Mais cômodo ainda, porque assim Jesus estaria inteiramente sob controle, o que interessaria a muita gente.

Nesta perícope de seu evangelho Lucas nos mostra os lugares fundamentais onde se manifesta o Ressuscitado. Primeiro ele se encontra nos caminhos da humanidade, atento às aspirações e busca das pessoas. Depois encontra-se na palavra, e na palavra por excelência, registrada na Bíblia. Em seguida, no gesto da partilha, e principalmente no gesto de partilha dos cristãos, a Eucaristia. Finalmente, coroando todas as presenças e confirmando todas elas, Jesus está no centro do cristão, a Igreja viva reunida em torno dos apóstolos.

Jesus ressuscitou, mas ninguém ainda o viu. Viram apenas que o túmulo estava vazio, ou seja, que Jesus estava no mundo dos mortos. É ainda o primeiro dia da semana, o domingo, e dois discípulos vão de Jerusalém para Emaús, vilarejo onde certamente moravam. Como não podia deixar de ser, conversam sobre os últimos acontecimentos, certamente sobre tudo o que sucedera a Jesus naqueles dias.

Jesus se aproxima deles, como desconhecido, e entra na conversa, seguindo o mesmo caminho. O ponto importante é que os discípulos não o reconhecem. Parece que é sempre necessário haver um sinal concreto para manifestar Jesus às pessoas.

Jesus se interessa pelo assunto deles. Quer saber o que os preocupa. Eles parecem estranhar: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que aí aconteceu nesses últimos dias?”.

Começa então o primeiro anúncio: os discípulos contam o que aconteceu. Importante é a apresentação de Jesus: um poderoso profeta, isto é, um enviado de Deus. Toda a vida de Jesus é, a seguir, apontada por quatro palavras: ação, palavras, diante de Deus, diante do povo. É um resumo do que Jesus disse e fez, cumprindo o projeto de Deus em favor do povo. E o testemunho continua: os chefes do povo o condenaram e crucificaram. E, por fim, a decepção: eles esperavam que Jesus fosse o Messias libertador e que Deus fosse vingá-lo no mesmo dia. Mas já se passaram três dias... (naquele tempo se acreditava que o cadáver entrava em decomposição depois de três dias). Ou seja, as esperanças se frustraram. Alguma coisa parece ter acontecido, pois as mulheres não encontraram Jesus no túmulo, e isso foi confirmado pelos discípulos. “Mas ninguém viu Jesus”. Ponto importante. Jesus se encontra nos caminhos dos homens, mas os homens ainda não estão reconhecendo. O que falta?

O próprio Jesus mostra que o caminho para entender a sua pessoa e atividade é a leitura da Bíblia. Nela está anunciado tudo o que o Messias enviado por Deus deveria realizar: “Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória?” O que não significa que Deus tivesse decretado que Jesus fosse perseguido, sofresse e fosse morto. Não. Deus queria que Jesus realizasse o seu projeto até o fim. Jesus o realizou e por isso foi condenado e morto. Deus não quis a morte de Jesus. Os responsáveis por ela foram os mantenedores de uma ordem social fundada na injustiça. Tais mantenedores recusaram o projeto de Deus anunciado e atuado por Jesus, e por isso o condenaram à morte.

A seguir o próprio Jesus vai mostrando tudo o que na Bíblia a ele se refere. Isso nos mostra duas coisas. Primeiro, que Jesus realizou o que Deus pedia e prometia nas Escrituras do seu povo: liberdade e vida par todos. Segundo, mostra-nos que as primeiras comunidades foram descobrindo o sentido da vida de Jesus graças à leitura da Bíblia. Esse costume das comunidades deu origem à Liturgia da Palavra em nossas celebrações. Aí sempre se lê o Antigo Testamento e o Novo, mostrando que Jesus é o centro de toda a Bíblia. A Palavra de Deus na Bíblia é, portanto, o segundo lugar onde a presença de Jesus ressuscitado se manifesta. É na leitura comunitária da Bíblia (aqui é uma comunidade de três) que as pessoas encontram o Jesus que dá sentido à vida, principalmente à luta pela Justiça.

O risco, porém, é ficar apenas numa leitura da Bíblia e adquirir muito conhecimento sobre Jesus, sem experimentá-lo concretamente. Como fazer a experiência? Os dois discípulos parecem ter chegado ao destino. Jesus faz de conta que vai seguir seu caminho. Eles insistem para que se hospede junto a eles. Jesus aceita e se assenta à mesa com os dois. E aqui temos a celebração da Eucaristia, a celebração da partilha. Jesus faz os mesmos gestos que realizara na última ceia pascal com os discípulos: toma o pão, abençoa-o, parte-o e o entrega. É nesse momento que eles o reconhecem.

Por que é somente no gesto de partilha que as pessoas reconhecem que Jesus está vivo entre elas? Porque a partilha é a alma do projeto de Deus realizado por Jesus. É partilhando o que se é – liberdade - e o que se tem – vida – que todos poderão ter acesso à liberdade e à vida. Isso nos mostra como a Eucaristia tem um sentido econômico e político: ela é o sinal do mundo novo, onde as relações de poder são substituídas por relações de fraternidade, e onde as relações econômicas são norteadas pelo espírito de partilha igualitária. É desse gesto de partilha que nasce o mundo novo e a nova história, superando toda a desigualdade gerada pelo poder e pela riqueza. E, quando se fala de partilhar, não se trata de bondade ou generosidade, e sim de justiça; porque o dom de Deus é feito para todos, e deve ser partilhado entre todos.

Mas fica no ar a pergunta: De que adianta celebrar a Eucaristia e não realizar na vida concreta a fraternidade e a partilha que ela anuncia e realiza? De que adianta celebrar e não viver o que se celebra? Temos o direito de fazer isso?

Caminho dos homens, palavra, partilha e, finalmente, a Igreja reunida. Os dois discípulos voltam a Jerusalém, ao encontro dos apóstolos, e anunciam tudo o que presenciaram. Ao seu testemunho os apóstolos ajuntam a confirmação: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”. Deste modo temos o círculo completo: Jesus se manifesta no caminho dos homens, e Pedro, o chefe da Igreja, pode confirmar isso, porque ele próprio viveu a experiência.

Após a morte de Jesus na cruz seus discípulos sentiram-se frustrados. A sua herança religiosa do Antigo Testamento impedia-lhes que compreendessem Jesus. Suas esperanças fundavam-se no jogo do poder. Um messias, da linhagem de Davi, poderoso, conduziria o povo judeu a uma glória que superaria o poder do império romano. Jesus não foi este messias. Não faltaram repreensões de Jesus aos discípulos neste sentido: "sois sem inteligência e lentos para crer". A partir da frustração do messianismo terreno em Jesus, os discípulos reinterpretaram este messianismo davídico, aplicando-o à ressurreição. O ressuscitado é portador de glória e poder.

A pregação dos apóstolos é feita a partir do anúncio básico da trajetória de Jesus de Nazaré, morto e ressuscitado, e doador do Espírito Santo (primeira leitura - fala de Pedro em Pentecostes). A ressurreição de Jesus significa a sua presença entre nós. É a permanência de Jesus de Nazaré, que em toda sua vida comunicou tanto amor e paz divinos. Ele é reconhecido na partilha do pão. Ele é o pão da vida. É uma presença concreta, que é experimentada na partilha da vida, no amor, vivida em comunidades abertas a todos. Envolvidos pelo amor de Jesus, presente entre nós, somos libertados da "vida fútil" (segunda leitura) herdada desta sociedade de mercado e consumo, estruturada e imposta pelos ricos e poderosos.

ORAÇÃO
Pai, permita que meu coração se deixe inflamar pela Luz da ressurreição de teu Filho. Dai-me força, fé e coragem para testemunhá-Lo num mundo tão marcado pela dor, angústia e desesperança. Fazei de mim arauto vosso, para que eu possa anunciá-lo em espírito e verdade. Amém.