terça-feira, 28 de junho de 2011

DEUS NOS QUER SANTOS - Artigo de Milton Peixoto


DEUS NOS QUER SANTOS

         Nesta minha caminhada para me tornar um bom cristão tenho encontrado muitas dúvidas que me colocam em situação de difícil compreensão, mas que me leva a estudar, ouvir, ler, comparar, reler, reestudar, ouvir novamente e entender o que Deus quer, o que Cristo quer e o que o Espírito Santo representa.

         Leigo que sou, mas com um interesse maior que minha própria vontade, tenho procurado estas respostas.  Esta minha narrativa é apenas o meu entendimento atual e baseado em algumas consultas que tem me dado um resultado positivo em busca deste encontro maravilhoso com Deus, Jesus e o Espírito Santo.

         Deus criou o mundo, o homem e a mulher e todas as coisas.  Através das leituras bíblicas do antigo testamento se entende perfeitamente o seu amor que evoluiu através da história humana. Deus é Deus, o Pai da criação.

         Através dos profetas, Ele foi implantando seu amor imenso na terra. E não foi fácil. Até poderia, se Ele quisesse, mas não seria humano e sim divino demais para seguir (sou humano demais pra entender, falou o poeta). Até que um dia ele mandou o seu próprio Filho. E não foi sem mais nem menos. Tudo já estava escrito, ou dito. Deus é Deus e é fiel.

         O Filho veio para uma nova aliança e uma aliança definitiva. Trazia uma mensagem de paz e um amor inquestionável: O amor Ágape, que bem definido pelo autor do livro “O monge e o executivo” é um amor incondicional. O autor revela que procurou traduzir várias palavras em grego ou aramaico que significavam AMOR. De PHILOS até EROS, nenhuma delas saía da boca do Filho do Homem quando ele se referia ao amor de Deus. E sim ÁGAPE! Amor incondicional. Amor de não fazer nem desejar o mal a ninguém, mesmo que te desejem ou te façam. É aí que nasce a dificuldade de ser cristão. Seguir este caminho é uma luta diária, como diz a música: quando se é cristão não se pára de lutar.

         Jesus atravessou sua época com os exemplos que lemos nos evangelhos de hoje e sempre, mas ele morreu! Morreu e ressuscitou e é esta outra palavra, ressuscitou, que necessita de uma reflexão: o cristão que não acredita na ressurreição de Cristo tem a fé em vão. Assim disse o discípulo.

         Ao ressuscitar, Jesus prepara seus discípulos para receber o Espírito Santo e com Ele dar seguimento ao que Deus nos pede: sermos santos!

         Os discípulos curam, fazem milagres, e repassam este santo Espírito para todos como está escrito em Atos dos Apóstolos. No batismo e na crisma somos abençoados pelo Espírito Santo e partimos para uma vida de santo. Mas sabemos que não é fácil.

Seguir Jesus é difícil por conta do que o mundo e o pecado nos oferecem de “bom”. Estreita é a porta do bem.

         Mas para que possamos nos arrepender e ter sempre novas oportunidades, Jesus instituiu os sacramentos, ou seja, a MISSA. A missa não foi criada pela igreja e sim por Jesus em seus últimos dias de vida aqui na terra, sabe por quê? Porque o projeto de Deus é que sejamos santos!

         A missa é muito mais importante do que muitos cristãos pensam!  Vejamos suas partes:

Na bênção inicial, recebemos a bênção de Nosso Senhor que sempre proporcionou este momento quando estava com seus discípulos. No perdão dos pecados e no glória a Deus, Cristo nos dá a oportunidade de arrependimento para que possamos limpar nosso coração das maldades cometidas por gestos e pensamentos (por minha culpa, minha tão grande culpa). Logo depois damos glória a Deus por estarmos abençoados. Que coisa bela!

É na liturgia da Palavra que vamos ouvir o que Deus tem pra nos falar. As leituras, o salmo e o evangelho traduzem um só objetivo de pensamento e ensinamento que deve ser imensamente vivido pelo cristão naquele momento. Afinal é a palavra de Deus!

Logo após vem um momento de reflexão (homilia) onde o celebrante faz a sua síntese. Síntese dele! Pode ser boa, coerente, atuante, forte, mensageira... ou não. Mas é apenas uma opinião de quem é humano.

No resumo até agora nós recebemos as bênçãos, nos arrependemos, glorificamos a Deus e ouvimos a sua Palavra. Que bênção!

No ofertório, oferecemos e agradecemos o que temos para então nos preparamos para a eucaristia.

Jesus instituiu a eucaristia como sendo o próprio sacrifício do seu corpo e do seu sangue para perpetuar pelos séculos até a sua volta (canção nova). Durante a eucaristia, o celebrante faz a transformação do pão e do vinho em CORPO e SANGUE de Jesus Cristo. Transforma e também reza e pede a Deus pela igreja, pelos santos, pelos filhos de Deus vivos e mortos, por nós e por todos até chegar ao momento do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Senhor eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo!). Que momento de fé!

Depois oramos ao Pai a oração que Ele nos ensinou e partimos para recebê-lo por inteiro, no nosso coração após celebrarmos a PAZ.

Na bênção final Jesus nos manda à missão. Missão de evangelizar, puros como os santos, livres dos pecados e de todos os perigos. Somos santos!

Podemos até pecar novamente logo após recebê-lo, mas Deus nos deu e dá a oportunidade desta renovação.

Muitas vezes recebemos a bênção final quando já estamos dentro do carro!

Outras vezes escolhemos uma missa pelo celebrante por conta de uma tal de homilia!

Muitas vezes ficamos lá fora e olhamos para o relógio muito mais do que olhamos para o Cristo!

Outras vezes não vamos à missa porque temos compromisso com família, filhos, amigos, negócios...

Muitas vezes vamos à missa para nos livrarmos logo desta obrigação!

Outras vezes não entendemos...

Mas o cristão deveria entender.

Entender que devemos fazer o bem, seguir os mandamentos de Deus e viver dia a dia o amor ágape.

Entender que Deus nos quer santos.