terça-feira, 26 de outubro de 2010

O CRISTÃO E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Reinaldo Gonçalves
Membro do MFC/AP
Coordenador CONDIR/NO

Até a poucos anos havia uma idéia generalizada de que a política “era coisa suja”, só de políticos e que estes se elegiam para defender seus interesses; política tinha um sentido pejorativo de “politicagem”, de mordomias, empreguismo, de corrupção.

Muitas pessoas de bem, muitos cristãos, diziam que não queriam nada com a política porque o envolvimento na política era para interesseiros e corruptos.

Infelizmente, estes conceitos levaram muita gente boa a se omitir e, de fato, a deixar a política entregue a um reduzido grupo que se perpetua no Poder, dividindo cargos e vantagens.

Política é tão necessária à organização da sociedade como o ar que respiramos; como queremos um ar puro, lutamos contra a poluição ambiental. Assim, devemos lutar para que a política, também, não fique poluída nas mãos dos maus políticos, mas que sirva a realização do bem-comum.

Política verdadeira é todo o trabalho que se faz em favor da comunidade; é a busca permanente de soluções para os problemas e às dificuldades dos cidadãos; este trabalho, esta busca começa pela escolha dos governantes, dos representantes do povo.

Na democracia se garante a liberdade, a pluralidade de idéias, a ampla participação, formando-se, assim, os diversos grupos – partidos – como suas propostas e alternativas; são os partidos que indicam os candidatos para o povo escolher e é através dos Partidos que se articulam as candidaturas, as alianças, os planos de governo, etc.

João Paulo II, ao falar sobre Vocação e Missão dos Leigos, lembra que “os fiéis cristãos não podem absolutamente abdicar da participação na ‘política’, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem-comum... em favor da pessoa e da sociedade, visando à defesa e a promoção da justiça... no exercício do poder político fundamentado no espírito do serviço... buscando o verdadeiro progresso humano que é a solidariedade: esta pede a participação ativa e responsável de todos”.

A primeira participação se dá no voto consciente e responsável, na crítica, no apoio, no acompanhamento de toda a ação política; outra forma de participação – necessária e importante – é a militância partidária, o engajamento direto, participando dos governos ou parlamentos ou candidatando-se a cargos eletivos.

Portanto a participação política é uma das formas mais nobres de compromisso a serviço dos outros e do bem-comum. Pense nisso!

GASTÃO TEM ALTA HOSPITALAR

O mefecista maceioense Gastão Florêncio de Miranda (Grupo Caná da Galileia), que foi internado na noite do último dia 19, na emergência do Hospital Geral do Estado (HGE), em estado vegetativo (coma profundo), teve alta hospitalar na manhã de ontem, 25. Em setembro deste ano, Gastão ficou internado por 23 dias.

Gastão sofre de hepatite descompensada, que provoca sangramento gastrointestinal, vômitos e evacuação de sangue. A equipe médica realizou mais uma vez a cauterização do vaso sangrante. Se este procedimento falhar e o sangramento retornar, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Gastão continua com o tratamento e será acompanhado por especialistas que avaliará a alteração hepática e caso seja muito grave, com a constatação de tumores hepáticos, o transplante de fígado pode ser necessário para a cura da doença.