quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

MFC MACEIÓ EM RITMO DE FREVO

O MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ já está em ritmo de Carnaval. O BLOCO FAMÍLIA NA FOLIA participa na sexta-feira, 5 de fevereiro, da melhor prévia carnavalesca do Brasil, o JARAGUÁ FOLIA 2010.

O JARAGUÁ FOLIA foi criado com a finalidade de fortalecer as festividades carnavalescas de rua, particularmente incentivando o renascimento de blocos de frevo, com as características culturais próprias do carnaval alagoano, o JARAGUÁ FOLIA está na sua 10ª Edição e é um sucesso confirmado por todos. Na sua 10ª Edição, o JARAGUÁ FOLIA contará com a participação de mais de 70 blocos, o que garante que o carnaval continua sendo uma festa para todas as idades e segmentos sociais.

O BLOCO FAMÍLIA NA FOLIA, formado exclusivamente por mefecistas, seus familiares e amigos se concentrará a partir das 18 horas da sexta-feira, no Coreto da Avenida da Paz. O inicio do desfile no corredor do JARAGUÁ FOLIA está prevista para as 20 horas, percorrendo toda a Rua Sá e Albuquerque até a Praça 2 Leões e se dispersando nas imediações do Porto de Maceió. Desde a concentração até o final do percurso o BLOCO FAMÍLIA NA FOLIA estará acompanhado da ORQUESTRA DE FREVO DO MESTRE ALDO que tocará exclusivamente para o nosso bloco.

Esse ano, a camisa do BLOCO FAMÍLIA NA FOLIA será na cor amarela, comemorativa aos 30 ANOS DO MFC EM ALAGOAS e já está à venda com os auxiliares e coordenadores de Grupos de Base ao preço unitário de R$ 15,00 (quinze reais) e poderá ser encontrada com os seguintes mefecistas:


Neto Marinho
(Grupo Renovação II)

João Cassella
(Grupo Genezaré)

Adriano
(Grupo Renovação II)

Braga
(Grupo Ágape)

James
(Grupo Mãos Dadas)

Robson
(Grupo Mãos Dadas)

Vamberto
(Grupo Amizade)

Ailson
(Grupo Caná da Galileia)

Betuca
(Grupo Vida)

Claudete
(Grupo Amigos para Sempre)

Ronaldo
(Grupo Sagrada Família)

Luciana Fon
(Grupo Irmãos na Fé)

Leopoldo
(Grupo Girassol)



Adquira logo a sua camisa, a quantidade é limitada e a procura de camisas é grande. Não deixe de participar da melhor prévia carnavalesca no mais animado e seguro bloco, o FAMÍLIA NA FOLIA.

CORREIO MFC BRASIL



Nem eu, nem você, podemos negar as vertiginosas transformações do meio sociocultural e da estrutura familiar. Dia a dia constatamos mudanças nas formas de relacionamento humano. Enxergamos, a olho nu, a crise de autoridade que assola o mundo e se estende para dentro da família. Ficamos perplexos, pois estamos cientes de que a autoridade é imprescindível a todo sistema bem constituído. Até mesmo Freud afirmava que os humanos necessitam imperiosamente de uma autoridade na qual possam apoiar-se.

O ENFRAQUECIMENTO DA AUTORIDADE DOS PAIS

Deonira L. Viganó La Rosa
Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia Social


COMO EXPLICAR A DESSACRALIZAÇÃO DA AUTORIDADE?
É muito interessante revisarmos juntos um pouco da história dos últimos séculos, e assim entendermos melhor como foi que a autoridade foi perdendo terreno na sociedade e na família. Percebendo o que aconteceu, talvez possamos compreender que muito do que havia na família do passado era autoritarismo, e que a luta contra ele em nada justifica a ausência de autoridade nos dias de hoje.

Na cultura tradicional vigorava a autoridade forte na relação do Estado com os súditos e no ambiente da família. Esta autoridade provinha de valores, costumes, normas. A perda de autoridade dos governantes, incapazes de proteção e da manutenção da paz, modificou esta situação, que sofreu um colapso. Diante da dessacralização da autoridade política, a família entrou em crise...

Roudinesco, em a “A família em desordem”(2003), analisa a família em três fases evolutivas: a primeira, dita “tradicional", era regida pelo poder do pai. O pai recebia o poder do rei, que, por sua vez, o recebia diretamente de Deus, conforme acreditavam; a segunda, fase “moderna", é regida por uma lógica romântica, onde o casal se escolhe sem a interferência de seus pais, procurando uma satisfação amorosa, dividindo o poder e o direito sobre os filhos entre os pais e o Estado e/ou entre pais e mães. Finalmente, a terceira fase, "família contemporânea ou pósmoderna", onde a transmissão da autoridade vai ficando cada vez mais complexa em função das rupturas e recomposições que a família vai sofrendo.

A família “tradicional", submetida ao poder paterno, manteve-se por séculos e veio a abalar-se com a Revolução Francesa, que, ao propor um mundo laico, atingiu a até então inatacável figura de Deus Pai e seus sucedâneos, os reis. Estes são dessacralizados e destituídos, enfraquecendo conseqüentemente os pais, que eram seu equivalente no seio dos lares. Esse modelo familiar desmoronou definitivamente no final do Século XIX.

RESGATANDO A AUTORIDADE NA FAMÍLIA
A autoridade de um pai, ou de uma mãe, se fundamenta num conjunto de valores por eles vividos, como por exemplo, falar a verdade, tratar o próximo com justiça, evitar excesso de bebidas, controlarem a agressividade, dialogar, respeitar os direitos dos outros, não roubar, viver em paz com todos, etc. São esses valores e princípios que dão legitimidade às relações de mando e obediência. Sem eles os pais não têm “autoridade” para pedir a um filho que cumpra suas ordens.

A autoridade pertence ao reino da qualidade: mantém-se, perde-se e recupera-se pelo modo de comportar-se. Para recuperar a autoridade, comece-se por melhorar, e muito, o comportamento e as relações dos próprios pais.

A autoridade, que em nada se parece com autoritarismo, é uma arma nas mãos de pais e educadores. Tanto a sobredose como sua insuficiência constituem traumatismos afetivos cujos efeitos recaem sobre a personalidade da criança. Se somos totalmente contrários ao excesso de rigor, à disciplina pétrea, às regras descabidas, também recriminamos a frouxidão, a folga, a ausência de limites e a firmeza em exigir seu cumprimento. Na verdade, a demissão do exercício da paternidade está na raiz do problema. É preciso por o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os efeitos anti-sociais.

O que os pais jamais poderão esquecer é que o afeto e a autoridade não são antagônicos, pelo contrário, são as muletas sobre as quais se apóia a personalidade vacilante do filho, da filha.

Já mencionamos que os valores humanos aparecem como critérios definitivos do sistema de ordem que deve corresponder à disciplina educativa. A restrição e a limitação são necessárias para a consecução da ordem e a direção na vida. Uma das primeiras coisas que o ser humano aprende é que não pode tudo: muitas vezes na vida ficará frustrado e deprimido.