domingo, 28 de fevereiro de 2010



SAIBA A IMPORTÂNCIA DO PEIXE NA ALIMENTAÇÃO DO SEU FILHO
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O peixe como alimentação é importante para o crescimento, o desenvolvimento ósseo e a prevenção de doenças cardiovasculares. Isso porque, além de ser fonte de cálcio e fósforo, é rico em vitaminas, minerais e ômega 3. Porém, tenha sempre o cuidado de retirar todas as espinhas. O cação, por não ter espinhos, pode ser uma boa pedida para os pequenos, mas fique alerta para o risco de contaminação por mercúrio.

Outros tipos de peixe, como badejo, atum e salmão, são ricos em vitaminas e podem ser servidos da forma de filés. Uma boa dica para o cardápio dos pequenos é o linguado, que tem sabor mais suave e costuma ser bem aceito pelas crianças.

QUANDO: crianças com histórico de alergia na família não podem consumir peixe antes de completar 1 ano. Caso contrário, pode ser oferecido para bebês, geralmente a partir dos 10 meses - ou até antes, conforme as orientações do pediatra.

COMO: pequenas porções de peixe cozido podem ser introduzidas na papinha dos bebês. Para os maiores, o melhor é servir assado, grelhado ou cozido, embora as frituras costumem ter aceitação maior.

QUANTO:
o ideal é substituir a carne vermelha pela de peixe pelo menos 2 vezes por semana.

RISCO DE OBESIDADE: não é um alimento gorduroso, mas não exagere no peixe frito.

2º DOMINGO DA QUARESMA


ORAÇÃO QUE TRANSFIGURA
Pe. Paulo Bazaglia, ssp

O Evangelho de Lucas – em várias passagens – apresenta Jesus rezando, para mostrar que a missão do Filho é uma resposta à vontade do Pai alimentada com a oração.

Enquanto os discípulos dormem pesado, Jesus reza e se mostra transfigurado. Mas eles acordam a tempo de vê-lo com outro rosto e com roupas que reluziam de tão brancas. Era uma antecipação do que seria o Senhor Jesus ressuscitado, depois que ele fizesse sua passagem pela morte de cruz. E é exatamente sobre esta passagem, o êxodo, que Jesus conversa com Moisés e Elias, representantes da lei e dos profetas.

Rezar é conversar com Deus, apresentar-lhe humildemente nossa vida e dar a Deus tempo e espaço para que ele nos fale. A oração que Jesus nos ensina é a oração que transfigura. Não porque nos tira do mundo, mas porque, em meio aos problemas da vida, nos permite encontrar em Deus algo de sua própria glória. Transfigura porque, ao mesmo tempo que nos projeta para uma realidade nova, nos encoraja a seguir a mesma missão de Jesus e a continuar acreditando no poder das relações fraternas.

Não tem sentido, portanto, a proposta de Pedro de armar três tendas e ficar na comodidade. Jesus ainda tinha uma missão a cumprir, e os discípulos também. Rezar é como “recarregar as baterias”, para voltar fortalecidos ao compromisso do dia a dia. E como necessitamos dessa força, encontrada na oração...

Temos um Deus que mostra sua glória no Filho ressuscitado. Que mostra sua glória na vida humana vivida com dignidade, ética, respeito e justiça. O mestre, transfigurado em oração, continua a alimentar-nos e encorajar nossa missão. Continua a recordar-nos o valor fundamental da oração. Uma vida orante que leva à ação depende somente de nós. Mesmo que por vezes durmamos, acordemos a tempo de experimentar a glória de Deus em nossa própria vida.

HOJE, 25ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

27ª NUCLEAÇÃO DO MFC MACEIÓ SERÁ EM MAIO

A coordenação geral do Movimento Familiar Cristão de Maceió anunciou para os dias 14, 15 e 16 de maio próximo a realização da sua 27ª NUCLEAÇÃO que terá a coordenação do casal Fernando e Luciana Fon (foto) que trabalha para formar sua equipe de dirigentes com o objetivo de aproveitar toda mão de obra disponível nos diversos Grupos de Base do MFC MACEIÓ.

A expansão do MFC - MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO ocorre a partir da “NUCLEAÇÃO”, a execução de uma sistemática planejada, que assimila as metas, a mística do MFC, tornando possível, o ingresso de casais, que se identifique com a proposta do MFC, formando, assim, novos grupos de base.

A 27ª NUCLEAÇÃO do MFC MACEIÓ terá 40 vagas para casais e acontecerá na Sede dos Cursilhos da Cristandade. As indicações devem vir através de membros dos Grupos de Base do MFC. Para ser mefecista, é necessário que os casais concluam o encontro, estejam atentos à fidelidade que deles é exigida: crescimento na fé, humildade na aceitação das missões, aumento no compromisso em suas tarefas, crescimento e responsabilidade como integrante de sua igreja.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

EQUIPE CIDADE SE REÚNE HOJE COM GRUPOS DE BASE DO MFC MACEIÓ

Acontece hoje, a partir das 19h30min no auditório da APALA (Travessa Robert Simonsen, 178 – Gruta – por trás do Hospital do Açúcar – mesma Rua da Academia CENA), a reunião mensal entre a Equipe Cidade, Auxiliares de Comunidades, Coordenadores e Tesoureiros de Grupos de Base do MFC - MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ.

Nesta reunião administrativa a Equipe Cidade e demais participantes farão a avaliação do desempenho do MFC MACEIÓ no último mês, estabelecerão metas e trocarão informações para que possa existir sucesso no planejamento estabelecido durante a reunião.

É importante a presença dos Auxiliares de Comunidades, Coordenadores e Tesoureiros de Grupos de Base do MFC MACEIÓ para que possam informar aos demais membros do seu Grupo de Base os assuntos, decisões e comunicações resultantes dessa reunião. A presença faz com que o Grupo de Base tenha voz e voto nas decisões.

Se você é Auxiliar de Comunidade, Coordenador ou Tesoureiro do seu Grupo, não deixe de comparecer, a sua presença é fundamental e na impossibilidade, peça a outro membro do seu Grupo que o represente na reunião.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MFC MACEIÓ COMEÇA A DEFINIR NOMES PARA O 17º ENA EM VILA VELHA-ES.

Em julho de 2010, Vila Velha/ES, sediará entre os dias 18 e 24 o 17º ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO num evento que reunirá mais de 400 pessoas empenhadas em refletir sobre o tema “FAMÍLIA PROMOTORA DA JUSTIÇA E DA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO” e o lema “EU VI E ESCUTEI O CLAMOR DAS FAMÍLIAS (Ex. 3,7)”. O ENA é sempre um momento forte para o MFC, e em Vila Velha não será diferente.

O MFC - MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ já está providenciando o envio das inscrições dos mefecistas que devem participar do ENA. As inscrições com as fichas totalmente preenchidas devem ser entregues até 15 de março de 2010. A participação é livre e qualquer mefecista pode participar dentro das vagas ofertadas para Alagoas.

No ENA de 2007, em Araraquara, interior de São Paulo, Alagoas participou com 20 de seus membros. Para Vila Velha, estão garantidas 25 vagas, dessas, mais da metade já estão confirmadas por mefecistas. Os que ainda não decidiram, deve resolver o quanto antes e avisar a EQUIPE CIDADE para providenciar a inscrição e não ficar ausente do ENA por falta de vagas.

Vila Velha é o município mais populoso do estado do Espírito Santo (inclusive superando a capital) sendo a grande maioria da população residente na área urbana. Tem um grande porte industrial e o maior centro comercial do Estado. Está a 5 km de Vitória, a capital do estado, e possui 32 quilômetros de litoral, sendo praticamente todo recortado por praias, as quais constituem importantes ícones turísticos e paisagísticos, como a Praia da Costa, de Itapoã e de Itaparica.

Por ser a cidade mais antiga do estado, possui construções do século XVI, como o Convento da Penha e a Igreja do Rosário; do século XVII, o Forte de São Francisco Xavier e do século XIX, o Farol de Santa Luzia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

10 MIL ACESSOS!

Jorge
Membro do Grupo Caná da Galiléia
Assessor de Comunicação
MFC Maceió

Ontem, 23 de fevereiro, o BLOG DO MFC MACEIÓ conquistou a marca de 10.000 acessos, isso me agrada bastante e me dá orgulho de estar fazendo este trabalho sem a intenção de receber nada por isso e passando informações do que acontece no MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO, com qualidade.

Apesar de todas as dificuldades, da falta de tempo, de melhores condições para desenvolver o trabalho, de criticas não construtivas... não me abalo, sei que a maioria deseja o sucesso do BLOG DO MFC MACEIÓ e estarão sempre nos apoiando.

E o mais importante deles se chama JESUS CRISTO, ele me da força e sabedoria para enfrentar esta dura, mais prazerosa missão a mim dada pela EQUIPE CIDADE DO MFC MACEIÓ.

As visitas diárias estão cada vez maiores, agradeço a todos que comentam ou simplesmente lêem, é pra vocês que este blog é feito.
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BISPOS DO NORDESTE PARTICIPAM DO LANÇAMENTO DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE EM MACEIÓ

A Arquidiocese de Maceió lança na sexta-feira, dia 26, a CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2010. O evento acontece nos dias 26 e 27 próximo, tendo como primeira ação a realização da FEIRA DA ESPERANÇA, que acontecerá na Igreja de Santo Antônio, localizada na Praça Lucena Maranhão, em Bebedouro, das 8 às 17h.

Às 19 horas da sexta-feira, dia 26, no teatro do colégio Marista, haverá a solenidade da CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2010, com apresentação do Coretfal. O evento contará com a presença de 20 bispos do regional nordeste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de representantes do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e da Cáritas Nacional.

No sábado, dia 27, haverá a Caminhada de Abertura da Fraternidade, com saída da praça Lucena Maranhão em Bebedouro, às 7h30. O final do percurso da caminhada acontece em Juvenópolis, onde haverá apresentações culturais e o encerramento será feito com a palavra do arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz e dom Lucena.

VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

DIA 26/02/2010 – SEXTA-FEIRA – TEATRO DO COLÉGIO MARISTA
19h00 – Acolhida (Mestre de Cerimônia)
19h10 – Hino Nacional e de Alagoas
19h20 – CORETFAL
20h00 – Hino da CFE 2010
20h05 – Abertura da CFE / Dom Antônio Muniz e Dom Lucena
20h30 – Composição de Painel – Pe. Jandeilson (15 min. para fala dos assessores)
22h00 - Encerramento

DIA 27/02/2010 - SÁBADO
7h30 – Concentração Praça Lucena Maranhão - Bebedouro
8h00 – Construção do “muro” (painel) do povo pelas Dioceses
8h30 – Caminhada (animação Pe. Magalhães e Banda)
9h10 – Chegada ao Juvenópolis
9h30 – Palavra de Dom Antônio Muniz e Dom Lucena
9h45 – Apresentações Culturais

DIAS 26 e 27/02/10 – SEXTA E SÁBADO
7h às 17h - Feira da Esperança e Solidariedade
Praça Lucena Maranhão - Bebedouro

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

REUNIÃO DE COORDENADORES SERÁ SEXTA-FEIRA, DIA 26

A EQUIPE CIDADE do Movimento Familiar Cristão de Maceió e os COORDENADORES, TESOUREIROS, ORIENTADORES DE GRUPOS DE BASE E ASSESSORIAS, estarão reunidos na próxima sexta-feira (26), a partir das 19h30min, no auditório da APALA (Travessa Robert Simonsen, 178 – Gruta – por trás do Hospital do Açúcar – mesma Rua da Academia CENA), para uma reunião que o objetivo é avaliar o desempenho do MFC e seus Grupos de Base, estabelecer metas e trocar informações referentes às atividades mefecistas no âmbito de Maceió.

A principal ação desenvolvida pelo MFC MACEIÓ é a intermediação, organização das ações e atividades dos Grupos de Base, sendo importante à troca de informações para que possa existir sucesso nas metas planejadas.

Se você é Coordenador, Tesoureiro ou Auxiliar de Grupo, não falte, a sua presença é fundamental para que o Grupo tenha voz e voto nas decisões do MFC MACEIÓ.


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010

Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira



Já é auspiciosa uma Campanha da Fraternidade ecumênica. Ela mostra que é possível as Igrejas se entenderem em torno das questões importantes, que dizem respeito à vida. Uma campanha ecumênica começa fazendo o serviço de casa, advertindo as religiões que elas precisam se colocar a serviço da vida, se querem ter sentido e se pretendem ser acolhidas no seio da sociedade. Colocando-se em função das questões vitais, as religiões aprendem também a relativizar as diferenças, e a minimizar as controvérsias. A fé ilumina a vida, mas a vida motiva e direciona a fé.

Juntas, as Igrejas que compõem o CONIC - o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs - se sentiram animadas a desafiar a sociedade brasileira a olhar de frente a economia, com a convicção de que ela pode ser pensada em função da vida de todos. Daí o tema da campanha: Fraternidade e Economia, com um lema que logo coloca o dedo na ferida: "não podeis servir a Deus e ao dinheiro!", citando a frase contundente de Jesus.

O lema é, certamente, desafiador. Ele logo diferencia o absoluto do relativo. Só Deus é absoluto, o dinheiro não! E por derivação, nada é absoluto na economia, nem a pretensa imutabilidade de suas leis, como se apregoou nos tempos áureos em que o sistema econômico hegemônico no mundo parecia estar com a razão, com a verdade, e com o dinheiro.

A recente crise econômica mundial deixou bem claro que a economia precisa estar submetida a critérios que a regulem, a direcionem para suas verdadeiras finalidades, e a tornem viável e adequada às possibilidades reais que a condicionam e a fazem buscar sua racionalidade e sua função no contexto do mundo em que vivemos.

A primeira tarefa da campanha da fraternidade deste ano é desmontar a pretensa auto suficiência do mercado, expressão cabal do sistema econômico predominante nos últimos séculos. A economia é uma atividade humana, com profundas incidências na vida das pessoas, e que necessita ser guiada por critérios éticos, que lhe dêem não só viabilidade prática, mas também finalidade e sentido humano.

Na verdade, o desafio é complexo. O seu enfrentamento precisa ser feito de maneira global e solidária. Repensar a economia mundial, para que ela se realize em sintonia com as exigências ecológicas e esteja a serviço da vida de toda a humanidade, não é tarefa a ser realizada por iluminados que detenham soluções mágicas ou arbitrárias. É um desafio que pede a participação adequada e responsável de todos. O tamanho do problema convida para uma postura de diálogo e de colaboração. A crise mundial da economia é oportunidade para despertar sentimentos de moderação e de busca coletiva de soluções. Já é apelo para a fraternidade.

Mas a campanha não se limita à dimensão macro econômica, por mais importante que ela seja, e por mais que convoque os governantes para a busca de soluções. Pois a economia, além de sua evidente dimensão global, apresenta também aspectos práticos e cotidianos, que interferem diretamente na vida das pessoas. Por isto, faz parte dos objetivos da campanha explicitar as repercussões cotidianas da economia, para perceber como ela pode se tornar terreno propício para a prática da solidariedade.

Neste sentido, pode parecer estranho que uma realidade como esta, com tantas incidências humanas, tenha demorado tanto para ser abordada por uma Campanha da Fraternidade. Em todo o caso, agora a campanha chega num bom momento, favorecido pela abertura ecumênica e pela consciência ecológica.

Neste contexto, recebem motivação e interesse as experiências de economia solidária que poderão ser divulgadas. Em todo o caso, estamos diante de uma campanha com evidentes apelos globais, mas também com abundantes oportunidades concretas da prática da solidariedade no exercício da economia.

Um bom convite, que chega em boa hora!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA 2010

A Igreja iniciou, na quarta-feira de cinzas, o tempo da Quaresma, período em que os cristãos se preparam para a celebração da Páscoa. Todos os anos o papa publica uma mensagem conclamando os fiéis a viverem intensamente este tempo que é caracterizado como momento de penitência e conversão. Para 2010, Bento XVI escolheu a justiça como tema de sua mensagem.

“Qual é a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros”, diz o papa. “Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade”.

Leia, abaixo, a íntegra da mensagem do papa para a Quaresma:

Queridos irmãos e irmãs, todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).

JUSTIÇA: “DARE CUIQUE SUUM”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de fato precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

DE ONDE VEM A INJUSTIÇA?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reações dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua atuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingênua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: ”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza.

Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

JUSTIÇA E SEDAQAH
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl. 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De fato sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva (cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egito (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro (cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efetuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

CRISTO, JUSTIÇA DE DEUS
O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De fato não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25). Qual é, portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O fato de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objeção:

Que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.

Compreende-se então como a fé não é um fato natural, cômodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor (cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.

Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor. Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Triduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica”.

Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

HOJE, 24ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN

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1º DOMINGO DA QUARESMA



AS TENTAÇÕES NOSSAS DE CADA DIA
Pe. Nilo Luza, ssp

Quem nunca foi tentado ao longo da vida? Até Jesus foi tentado; quem somos nós para não sê-lo? Entre nós e Jesus, porém, há grande diferença: ele soube vencer as tentações e não se deixou levar pelo diabo, ao passo que nós com dificuldade conseguimos vitórias sobre as provações e, com frequência, a elas sucumbimos.

As três tentações apresentadas no evangelho são apenas simbólicas, englobam as seduções que Jesus enfrentou ao longo da vida. Vejamos o que poderiam significar.

Primeira tentação: dispor dos bens para o próprio prazer. O diabo pede que Jesus mude as pedras em pão; outros desejam transformá-las em ouro... Os bens básicos da vida – alimentação, saúde, moradia, educação – devem estar disponíveis para todos e servir para a promoção humana. Isso, porém, não se dá num passe de mágica; exige empenho de toda a sociedade e desprendimento de cada um. Nossa relação com a natureza não deve se basear na ganância e na depredação, mas no respeito, para que continue suprindo as necessidades básicas da pessoa.

Segunda tentação: querer manipular o próximo. Prostrar-se diante do outro é submeter-se a ele. O espírito de dominação é muito forte dentro de nós. Nossa posição social ou nosso poder podem nos levar a nos impor sobre os outros. Quando nos curvamos diante das riquezas, tornamo-nos insensíveis aos irmãos e, quando nos submetemos aos outros, tornamo-nos escravos deles.

Terceira tentação: tornar Deus um joguete nas mãos do homem. Não podemos manipular a Deus segundo nossos caprichos, pô-lo à prova como fez o diabo. Diante das dificuldades, muitas vezes pedimos que prove sua existência com algum milagre em nosso favor. A exemplo de Jesus, não devemos exigir provas do amor de Deus para conosco. Não podemos sentir sua presença somente nos momentos favoráveis.

Fortalecidos pela palavra de Deus, a exemplo de Jesus, temos condições de vencer as falsas seduções que nos põem à prova diariamente.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE TEM DATA DEFINIDA

A tão esperada inauguração da Sede Estadual do MFC - MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO em Alagoas acontecerá na sexta-feira, 19 de Março, às 8 horas, com um café da manhã para mefecistas, autoridades civis e eclesiásticas.

O imóvel conseguido junto ao Governo do Estado está sendo totalmente reformado para atender as necessidades do MFC e graças ao ritmo acelerado da obra, o engenheiro responsável e a construtora garantiram a entrega do prédio totalmente reformado antes de 19 de março, data escolhida pela Equipe Cidade para a inauguração.

O prédio contará com auditório, salas para secretaria, coordenação municipal e estadual, leitura e lazer, copa e arquivo, além de salas para atendimento clínico, psicológico e odontológico. O auditório contará com serviço de som, projetor, telão e será climatizado através de dois aparelhos de ar condicionado Split de 18.000 BTUs cada. A Equipe Cidade trabalha para adquirir novos equipamentos e mobiliário para a nova Sede.

Com a Sede funcionando, a Equipe Cidade pretende colocar em prática um programa de assistencialismo com palestras para as famílias, atendimentos psicológicos, clínicos e odontológicos, etc., utilizando a mão de obra disponível dentro do próprio MFC em parceria com órgãos públicos e privados. A Equipe Cidade já conseguiu através de doação os equipamentos para o consultório odontológico, todos novos.

“Para fazer o MFC que desejamos ainda falta muito, mas estamos trabalhando para em breve transformar em realidade o que sonhamos". Disse James, coordenador geral do MFC MACEIÓ.

Os mefecistas que desejarem conhecer e acompanhar a reforma da Sede, que já está na fase de acabamento, devem comparecer de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, na RUA ARAÚJO BIVAR, Nº 580, PAJUÇARA (Rua do Estádio do CRB, vizinho ao Bptran e defronte ao Colégio Estadual Benedito de Moraes).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

RELACIONAMENTO NOS DIAS ATUAIS

MFC -Movimento Familiar Cristão
Temas para reuniões


Não há nenhuma dúvida de que o amor está na contramão. Grande parte da humanidade está vivendo de uma maneira, num certo ritmo, que não combina com o amor.

A gente não tem tempo para nada, sempre atrás do dinheiro... ocupado com o trabalho, preso no trânsito, estressado de alguma forma. E, para amar, é preciso paciência, calma para sentir, tempo para se dedicar à relação, sutileza e cuidado para com o outro.

Vivemos em grandes centros urbanos, onde nem sempre se conhece o vizinho. As relações são cada vez mais impessoais. O sentir vai sendo “delegado”, e nada é tão interessante para tocar o coração. Cenas e cenas de um cotidiano brutal nos fazem acostumar com a ficção de um Blade Runner que virou realidade. A indiferença cresce e o compromisso é encarado como pura mão-de-obra.

Cada um fica na sua, tentando se tornar alguém apetitoso num grande supermercado do sexo. Os valores materiais estão em alta: academia, silicone, o ter e o não ter. Mas, o amor precisa antes de tudo que você seja. E isso é o mais difícil. Para ser, é preciso entender a sua natureza, que você é único e que o outro também o é.

Amor não combina com indiferença, pois deve levar a outra pessoa em consideração; ir na contramão da frieza, da intolerância, do egoísmo, do materialismo.

É muito recente ainda a emancipação feminina, aliás, um processo que, todavia não foi concluído. Mas a independência que elas conseguiram é algo que não foi assimilado pelos homens. Eles ficam assustados com a perda do domínio que exerciam a tanto tempo. As mulheres ampliaram o seu comportamento e passaram a viver o seu lado masculino, mais agressivo e batalhador. Estão cada vez mais no comando das empresas, da mídia e da administração pública. Mas continua dentro delas uma grande vontade de amar, de se entregar a um homem, de se relacionar.

Do outro lado os homens vivem o seu processo. Se antigamente se viam obrigados a casar para fazer sexo ou mesmo para responder a uma ordem da sociedade, agora as regras foram afrouxadas. Eles também conquistaram a sua independência. Supermercado, lavanderia, faxineira, mil e uma facilidades para quem vive só. Mesmo o sexo se tornou desvinculado de uma relação.

Se for assim, a que serve agora o casamento? Para que namorar? Qual é o papel do homem na vida de uma mulher e vice-versa?

Na falta de uma nova definição, sem saber quais são as novas regras do jogo, muita gente parte para uma vida onde o amor não tem vez. Ficam independentes e desencontrados.

Sou otimista. Entendo que tudo isso é apenas uma fase. Em algum outro tempo, no futuro próximo, compreenderemos melhor esta situação. E hoje, para amar, é preciso ter muito mais maturidade do que antes. Não são mais os fatores externos como contratos, patrimônio, família e filhos que seguram uma relação. Nem mesmo o sexo é o principal ponto. Para amar é preciso que cada um dos dois esteja preparado para isso. Competência para se relacionar. É preciso sentir a aridez do estar só; entender que a relação lhe oferece crescimento; compreender que o orgasmo de uma pura atração física é medíocre se comparado ao orgasmo que envolve um coração.

Para amar é preciso sair do ego, das suas convicções e ter habilidade de se entregar. Mas como confiar em alguém se vivemos contraídos neste mundo tão duro e cruel?

Não tenho dúvida de que o amor hoje está na contramão. Buscar o amor é como procurar uma agulha num palheiro, com a fé de que você irá encontrá-la.

Devemos refletir juntos a respeito de uma forma de abrir nossos olhos e a nossa consciência para que possamos amar de outro jeito. Agora, fora do trilho certo e do errado, mas com certeza, com muito mais autenticidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

IGREJA CATÓLICA GANHARÁ CENTRO JOÃO XXIII

Os movimentos e grupos de oração da Igreja católica ganharão mais um espaço para realizar eventos, shows, retiros, etc. Numa iniciativa da Renovação Carismática Católica (RCC) para a Igreja de Maceió, será construído o CENTRO ASSISTENCIAL JOÃO XXIII.

O CENTRO JOÃO XXIII será construído no Jardim Primavera, Conjunto Salvador Lyra, o local está sendo criado para evangelizar e atender a comunidade cristã, com a realização de cursos e oficinas de artesanato, pintura, corte e costura.

No CENTRO JOÃO XXIII, haverá um grande galpão para a realização dos eventos. Também terá capela e dez salas onde os cursos serão ministrados. Serão disponibilizados serviços de atendimento médico, odontológico e psicológico.

O terreno onde será instalado o CENTRO JOÃO XXIII já está murado e a próxima etapa será a construção do prédio. E visando arrecadar recursos para essa construção, haverá um sorteio, neste sábado, dia 20, na Praça Multieventos, Pajuçara, dos seguintes prêmios: um aparelho de DVD, um computador e um automóvel Ford Ka. O bilhete custa R$ 2,00 e pode ser adquirido com os grupos de oração da RCC ou na Igreja do Livramento, no Centro.

Doações para a obra do CENTRO JOÃO XXIII serão bem vindas, todos aqueles que desejarem contribuir é só fazer um depósito de qualquer valor na Caixa Econômica Federal - Agência 1545, Conta-Corrente 8688-4. Mais informações pelo telefone: (82) 3336-5454.

PROMULGADO O ACORDO BRASIL E SANTA SÉ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no último dia 11, a promulgação do acordo Brasil e Santa Sé, que estabelece o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. O ato do presidente foi divulgado na edição da sexta-feira, 12, no Diário Oficial da União.

Participaram do ato de assinatura o núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri; o cardeal primaz do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo; o arcebispo emérito de Brasília, cardeal José Freire Falcão; o arcebispo de Brasília, dom João Braz de Aviz. Estavam presentes também a primeira dama, Marisa Letícia; o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.

“Com este ato solene se conclui felizmente o processo deste histórico tratado internacional que constitui a reafirmação e a consolidação das relações existentes entre o Brasil e a Santa Sé e a adequada e clara regulamentação da significativa presença e contribuição da Igreja Católica para o progresso, a harmonia e o bem comum da sociedade brasileira”, disse o núncio, dom Lorenzo Baldisseiri.

“O acordo é um tratado internacional, reconhecido pela Constituição Federal, e ajuda a entender a Igreja Católica como de direito público”, disse o cardeal Geraldo Majella Agnelo. Segundo o cardeal, todo o debate que ocorreu por ocasião da tramitação do acordo no Congresso Nacional, no ano passado, “ajudou o país a tomar conhecimento do sentido de um acordo”.

O acordo foi assinado pelo Brasil e a Santa Sé no dia 13 de novembro de 2008. Em 2009 ele foi discutido na Câmara, que o ratificou no dia 27 de agosto, e no Senado, que também o aprovou no dia 7 de outubro.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O ANO SÓ COMEÇA DEPOIS DO CARNAVAL?

Uma das frases mais repetidas no Brasil de dezembro até fevereiro é que “o ano só começa depois do Carnaval”.

Muita gente usa isso como desculpa para adiar o que tem que fazer, para justificar o que deixou de fazer ou mesmo para a boa e velha procrastinação.

Embora com certeza haja muita gente na praia curtindo merecidas férias, milhões de brasileiros estão trabalhando duro entre o réveillon e o Carnaval.

No Movimento Familiar Cristão de Maceió a Equipe Cidade não deixou de trabalhar em momento algum, nem mesmo durante o carnaval. A reforma da Sede, a manutenção do Blog, a preparação para a reunião do CONDIR/NE em Alagoas no inicio de abril, os preparativos para a participação de Alagoas no 17º ENA... foram motivos para a Equipe não parar momento algum.

No MFC, com o termino do Carnaval, voltam às reuniões de grupos, os planejamentos, as ações que deram uma parada neste período de natal a carnaval. Para aqueles que acreditam que “o ano só começa depois do Carnaval”, chegou a hora de arregaçar as mangas e fazer o Brasil progredir.

QUARTA-FEIRA DE CINZAS - QUARESMA

Pe. Sérgio Dinis


A cada ano, com a chamada Quarta-Feira de Cinzas, os católicos iniciam o tempo da Quaresma, tempo no qual a liturgia da Igreja Católica nos convida a uma reflexão e atuação sobre as nossas vidas, sobre o seu sentido, a sua origem, a sua missão, o seu destino último.

Trata-se, portanto, de um tempo forte para a metanoia ou conversão que – em teologia e vida cristã – significa uma adequação de nosso ser, existir e atuar à própria vida de Jesus Cristo, ao seu evangelho, aos seus valores, às suas convicções, à sua proposta de vida: gastar a vida ao serviço do evangelho, ou seja, a favor dos outros, especialmente dos mais necessitados, para obter a vida eterna, a vida feliz, a vida plena.

Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial, para cada crente, pessoalmente, e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo e da luz: a noite santa da Páscoa de Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Quaresma simboliza, assinala e recorda um passo, uma Páscoa, um itinerário a seguir de maneira permanente: a passagem do nada à existência, das trevas à luz, da morte à vida, do insignificante à vida abundante em Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo. E é que converter-nos significa destruir, deixar para trás, queimar, tornar cinzas o homem velho, o homem-sem-Cristo, para revestir-nos do homem novo, o homem-no-espírito, que é fogo novo no mundo.

Na quarta-feira de Cinzas, enquanto o sacerdote impõe as cinzas ao penitente, diz estas duas expressões alternadamente: Convertei-vos e acreditai no Evangelho e/ou Lembra-te homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar. Sinal e palavras que expressam a nossa condição de criaturas, a nossa absoluta dependência de Deus, o nosso peregrinar rumo a uma pátria definitiva, a nossa caducidade…

A Quarta-Feira de Cinzas em particular e a Quaresma em geral, são um tempo litúrgico e um convite a voltar nosso olhar e vida para Deus e aos princípios do Evangelho. Assim, se a Quaresma é tempo para a conversão, para melhorar no processo de humanização pessoal e comunitário, então a Quaresma coincide com a própria vida de todo crente, com o ser e missão de toda a Igreja e com a vocação da comunidade humana inteira.

A Quaresma é um convite a mudar aquilo que temos de mudar, na busca de ser melhor e mais feliz, um convite a construir em vez de destruir e a olhar e voltar para formas de vida mais justas, mais solidárias, mais humanas. A Quaresma é um convite a buscar diligentemente novas formas de ser e fazer Igreja, sendo melhores e mais autênticos discípulos do Crucificado Ressuscitado.

O tempo litúrgico da Quaresma – como a nossa própria existência – é percorrido com o olhar dirigido para a Páscoa da Ressurreição e para a Páscoa definitiva em Deus. Páscoa de vida abundante que se opõe a toda forma de discriminação e de envelhecimento do ser humano, da sua dignidade, a toda forma de atropelo e violência, a toda forma de mentira, maldade e morte, a toda forma de corrupção e divisão, a toda forma de marginalização e opressão. Porque a Páscoa, como ponto de chegada, cume e superação da Quaresma, é absoluta novidade de vida, da vida abundante que Deus nos oferece e à qual Deus nos convida neste tempo e em todo momento.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010

Com o tema “Economia e Vida”, sob o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”, a Campanha será realizada por cinco Igrejas cristãs, membros do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil (Conic). Além da Igreja Católica, participam do Conic a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) e Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISO).

Escolhido há dois anos, o tema será debatido num contexto de crise mundial financeira, deflagrada no final de 2008, e de eleições. No centro das reflexões propostas pelas Igrejas está a concepção de uma economia a serviço da vida, no respeito à dignidade da pessoa humana e ao planeta Terra.

“O Conic não quer limitar-se a criticar sistemas econômicos. Principalmente, espera que a Campanha mobilize Igrejas e sociedade a dar respostas concretas às necessidades básicas das pessoas e à salvaguarda da natureza, a partir de mudanças pessoais, comunitárias e sociais, fundamentas em alternativas viáveis derivadas da visão de um mundo justo e solidário”, diz o texto base da Campanha, que, pela terceira vez, é realizada ecumenicamente.

Para alcançar os objetivos da Campanha, o Conic propõe como estratégias “denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro”. Propõe, ainda, “educar para a prática de uma economia de solidariedade”, além de conclamar toda a sociedade “para ações sociais e políticas” que levem a uma economia de solidariedade.

O tempo da Quaresma em que é realizada a Campanha da Fraternidade favorece a conversão “social, eclesial, comunitária e pessoal”, de acordo com o Conic.

Em Brasília, dois atos marcam a abertura da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (CFE), na quarta-feira de cinzas. O primeiro é uma coletiva de imprensa, às 14h, na igreja Luterana, na 406/Sul. Todos os presidentes das igrejas membros do Conic estarão presentes. Já no Santuário Dom Bosco, às 19:30h, as cinco igrejas se reúnem para uma celebração ecumênica.

Neste dia, em todas as dioceses e paróquias da Igreja Católica acontecem as celebrações de cinzas que marcam o início da quaresma. A maioria das dioceses faz também nesta data a abertura da Campanha da Fraternidade em nível local.

CARNAVAL NO BRASIL

No Brasil a origem do carnaval também é objeto de muita discussão. Alguns historiadores se baseiam na festa de comemoração realizada pelo povo carioca para receber a Família Real no Rio de Janeiro como o marco zero do carnaval.
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Outros estudiosos já citam o aparecimento dos primeiros cordões de foliões nas ruas do Rio de Janeiro, no início dos anos 20, como o surgimento do que mais se aproxima do carnaval de hoje.
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Mas a popularização do carnaval no Brasil acontece mesmo é com o surgimento das marchinhas, com destaque para a primeira composição realizada especialmente para o carnaval, Abre Alas de Chiquinha Gonzaga, feita sob encomenda para o cordão Rosas de Ouro, em 1899.
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Em 1917 surge no Rio de Janeiro, o samba, um novo gênero musical, nascido nas festas das tias baianas, com um ritmo que mistura o lundu, o frevo e a polca e que se tornou a identidade de expressão do povo brasileiro.
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Foi ao som do samba que o carnaval se consagrou com a festa mais brasileira das festas, marcando a identidade do País. E hoje, com certeza, a festa mais consagrada no Mundo, sendo considerado o maior espetáculo da terra.
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OS PRIMEIROS BAILES DE CARNAVAL NO BRASIL
O primeiro baile de máscaras de que se tem notícia no Brasil foi realizado no Hotel Itália, no antigo Largo do Rócio, no Rio de Janeiro, em 1840, por iniciativa dos próprios proprietários italianos, empolgados pelo sucesso dos grandes bailes de máscaras da Europa.

A repercussão foi tamanha que muitos outros se seguiram a este, marcando, também através do carnaval, as diferenças sociais que atingiam a sociedade brasileira: de um lado, a festa de rua, ao ar livre e popular; do outro, o carnaval de salão que agradava, sobretudo à classe média emergente no País.

Dos salões, os bailes transferiram-se aos teatros, animados principalmente pelo ritmo da polca - primeiro gênero a ser adotado como música carnavalesca no Brasil - e depois, envolvidos pelo som da quadrilha, da valsa, do tango, do "cake walk", do "charleston" e do maxixe. Até então, esses ritmos eram executados apenas em versão instrumental.

Somente por volta de 1880 os bailes passaram a incluir a versão cantada, entoada pelos coros. Em 1907, foi realizado o primeiro baile infantil, dando início às famosas matinês.
As novidades não pararam por aí e as modalidades se multiplicavam, como as festas em casas de família, bailes ao ar livre, em praças públicas, bailes infantis, e até mesmo bailes em circo.

EM 1909, SURGE O PRIMEIRO CONCURSO, PREMIANDO:
A mais bela mulher, a fantasia mais bonita e a melhor dança. Os prêmios eram jóias valiosas e somente os homens tinham direito a voto. Enfim, o carnaval crescia a cada ano, passando a fazer parte da realidade cultural do país, enquanto na Europa já se notava a sua decadência.

Por essa mesma época, a classe média preparava-se para invadir as ruas com outra novidade européia: os desfiles de carros alegóricos. O pioneiro da idéia foi o romancista José de Alencar, um dos fundadores de uma Sociedade denominada Sumidades Carnavalescas.

O CARNAVAL NO RIO DE JANEIRO
No decorrer dos anos, diferentes manifestações populares caracterizaram o carnaval no Rio de Janeiro, cada qual com um objetivo que ia além da mera diversão.

As grandes sociedades, com seu “teor crítico-educativo”, e os blocos e ranchos, com seu caráter de resistência, apesar das diferentes formas de manifestações que utilizavam no carnaval de rua para se expressar, souberam conviver entre si durante anos, utilizando um espaço público em comum, que é a rua, para desfilar sua folia.

Foi firmada então a identidade de propósitos na sociedade carioca.

AS ESCOLAS DE SAMBA
Nas primeiras décadas do século XX, o quadro de manifestações do carnaval de rua do Rio de Janeiro estava formado.

As grandes sociedades desfilavam seus enredos de crítica social e política apresentadas ao som de óperas, ornamentadas por luxuosas fantasias em cima de enfeitados carros alegóricos.

Os ranchos passaram ao som de sua marcha característica e os blocos carnavalescos servindo como diversão às camadas mais pobres da sociedade, que habitavam os morros e subúrbios cariocas formaram os ingredientes necessários para a formação das escolas.

O surgimento das escolas de samba veio desorganizar essas distinções.

Através de uma rápida ascensão na vida cultural da cidade, que culminou, em parte, com a decadência e o gradual desaparecimento do carnaval de rua carioca, as escolas de samba tornaram-se o destaque maior dos dias de reinado de Momo, interligando diferentes camadas sociais em seus dias de desfile.

As escolas sambas, nascidas nos morros e subúrbios cariocas, ocupam hoje com o seu desfile o lugar de “maior espetáculo” (do carnaval do Rio de Janeiro e do Brasil).

As escolas de samba surgiram por volta de 1920, período histórico no qual cada camada social tinha uma forma particular de brincar o carnaval.

O núcleo social de formação das escolas de samba foram os blocos: eles tinham a função de representar de forma positiva, em diferentes áreas da cidade, o grupo social que os compunham. Uma maior ampliação do espaço social desses moradores dos morros e subúrbios cariocas era pretendida, então, por detrás da formação das escolas.

A primeira disputa entre escolas de samba aconteceu em 7 de fevereiro de 1932, na Praça Onze, no Rio de Janeiro e foi organizada pelo jornalista Mário Filho.

Preocupado com a falta de assunto para o seu jornal, O Mundo Sportivo, entre os meses de dezembro e março, criou o primeiro concurso de escolas de samba.

A promoção teve grande repercussão na imprensa e no carnaval seguinte, em 1933, o jornal O Globo assumiu o desfile. Dois anos depois a Prefeitura do Rio passou a subvencionar o evento, oficializando-o como parte do carnaval carioca.

Em 1942, surge a Avenida Presidente Vargas, com a demolição da Praça Onze. Surge assim o novo local de desfiles, que perduraria por muitos anos.

As escolas começam a ganhar espaço dos ranchos e das grandes sociedades na disputa pela hegemonia do carnaval.

Em 1946, surge o samba-enredo, com o governo municipal proibindo que as escolas cantem versos improvisados, levando para o local da apresentação uma música pronta.

O desfile das escolas de samba não parava de crescer e na metade da década de 50 a classe média passa a freqüentar os ensaios das escolas.

Em 1957, o desfile foi realizado na avenida Rio Branco. A alta sociedade se rende à popularização crescente e passa a assistir o desfile.

Fonte: www.carnavaldobrasil.com.br

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O “STRESS” COMO FONTE DE DESAGREGAÇÃO FAMILIAR

Movimento Familiar Cristão
Temas para reuniões


No passado, dizia-se que a tuberculose era considerada o “mal do século”, em razão de tratar-se de uma doença séria e que não possuía um tratamento eficaz. Atualmente a AIDS é que detém essa consideração.

Por sua vez existe outra “doença” muito mais antiga e tão avassaladora, ou até mais, que a própria AIDS. Ela não está associada a um vírus ou bactéria, e não atinge apenas a saúde física do homem, nem tampouco está restrita a determinados “grupos de risco”. Esta doença, além de abrir caminho para toda sorte de doenças, também tem a capacidade de deteriorar a estrutura emocional do ser humano. Esse mal se chama STRESS – “É a resposta do corpo a qualquer demanda, quando forçado a adaptar-se à mudança”.

O STRESS está associado à atribulação do dia-a-dia, onde o excesso de afazeres conflita com a escassez do tempo e, diante de tal quadro, o homem, tende a dar prioridade àquilo que inicialmente lhe parece mais importante.

“o STRESS afeta quase duas vezes mais mulheres que homens, em todas as idades”. O STRESS conjugal tem aumentado dia-a-dia. Com certeza a grande maioria das separações tem como origem o “STRESS” que tanto pode se originar no trabalho, no trânsito, na escola, ou até mesmo dentro de nossos próprios lares. Pequenas tensões diárias são piores do que grandes tragédias.

Na mesma situação estressante, algumas pessoas colapsam, enquanto outras ficam mais fortalecias e dinâmicas. A percepção que se tem do STRESS é mais importante do o STRESS em si.

Recentemente verificou-se que fazer coisas rapidamente, fazer muitas coisas ao mesmo tempo e ser competitivo não tem nada a ver com adoecer. Pelo contrário, muitas pessoas com essas características são bem sucedidas e sentem-se mais plenas que as outras.
O fator chave da deflagração da resposta ao estresse que causa doença, não é estar sobrecarregado ou pressionado: é a HOSTILIDADE – tornar-se irritado e negativo com as pessoas e com o mundo à nossa volta. RAIVA MATA.

A velha noção de que situações específicas são estressante por si mesma tem sido contrariada por novas pesquisas, que mostram que esse estresse não é algo “lá fora”. É apenas algo que nós criamos dependendo de como interpretamos as situações e como nos relacionamos com o mundo à nossa volta. A reação do nosso corpo depende da avaliação que fazemos daquele determinado evento-da-vida. Depende da nossa atitude.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

(Para uma melhor visualização, clique na imagem)

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

A FELICIDADE DE CONTAR COM DEUS
Pe. Paulo Bazaglia, ssp

As quatro bem-aventuranças do Evangelho de Lucas se contrapõem a quatro “ais”. Olhando os discípulos e a multidão que se reunia na planície, Jesus fala das injustiças de seu tempo: pobreza, fome, choro e perseguição de um lado; riqueza, fartura, riso e bajulação de outro.

Numa sociedade em que o dinheiro é a peça principal da engrenagem, proclamar felizes os pobres e famintos soa estranho. Tão estranho como exaltar os que choram e são perseguidos, sobretudo hoje, quando o prazer é buscado a todo custo.

Compreender as bem-aventuranças de Jesus é compreender a injustiça de um mundo em que a riqueza de uns se mantém à custa da miséria da grande maioria. Ao longo de toda a Bíblia, a felicidade autêntica consiste em ser tocado, alcançado por Deus e sua ação libertadora. A felicidade evangélica, do mesmo modo, é ser tocado e transformado por Deus em Jesus Cristo.

Ao proclamar felizes os pobres, Jesus não está propondo o conformismo com o sofrimento na vida presente que prepararia a felicidade após a morte. Está, isto sim, declarando que a dinâmica do reino de Deus passa pela atitude de quem está despojado de tudo, de quem tem Deus como único defensor. Os que já têm aqui e agora sua recompensa, e vivem alheios à fome e à miséria do mundo, situam-se automaticamente fora da dinâmica do reino.

O mundo desejado por Deus, e que Jesus veio inaugurar, continua sendo criado com nosso compromisso de cristãos. Um mundo sem miséria, sem fome, sem choro e sem perseguição. Porque felicidade, enfim, é estar comprometido com o mundo novo de Deus, mesmo em meio às injustiças e desigualdades deste mundo. Nossa felicidade se mede pela luta em favor dos mais necessitados, sem segundas intenções, sem esperar recompensa...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

MARCHINHAS DE CARNAVAL


O carnaval chegou e muita gente vai acompanhar as ORQUESTRAS DE FREVO sem saber cantar as tradicionais MARCHINHAS DE CARNAVAL, por isso, o BLOG DO MFC MACEIÓ publica as mais cantadas MARCHINHAS DE CARNAVAL.

O Movimento Familiar Cristão de Maceió deseja um bom Carnaval para todos. E lembre-se: “SE BEBER, NÃO DIRIJA”.
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ABRE ALAS (Chiquinha Gonzaga, 1899)
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar

Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar

ALLAH-LÁ-Ô (Haroldo Lobo-Nássara, 1940)
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah

APAGA A VELA (Braguinha, 1941)
Bela, bela
Já não posso resistir
Apaga a vela, ó bela
Apaga que eu quero dormir
Apaga também os teus olhos
Teus olhos enormes de brilho azulado
Não passes a noite falando
Que eu ando com o sonho atrasado

AURORA (Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)
Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora

Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora

BALANCÊ (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê

Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê

Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê

Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê

BANDEIRA BRANCA (Max Nunes-Laércio Alves, 1969)
Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz

Saudade mal de amor de amor
Saudade dor que dói demais
Vem meu amor
Bandeira branca eu peço paz

CABELEIRA DO ZEZÉ (João Roberto Kelly, 1963)
Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é
Será que ele é

Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é

Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!

CACHAÇA (Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça

CIDADE MARAVILHOSA (André Filho, 1934)
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil

Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente

Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz

A JARDINEIRA (Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu

Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu

MAMÃE EU QUERO (Jararaca-Vicente Paiva, 1936)
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar

Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana

Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal

MARCHA DO REMADOR (Antônio Almeida - 1969)
Se a canoa não virar olê olê olá
Eu chego lá

Rema rema rema remador
Quero ver depressa o meu amor
Se eu chegar depois do sol raiar
Ela bota outro em meu lugar

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ (Ivan-Homero-Glauco Ferreira, 1959)
Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!

Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!

O TEU CABELO NÃO NEGA (Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931)
O teu cabelo não nega mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata
Mulata eu quero o teu amor

Tens um sabor bem do Brasil
Tens a alma cor de anil
Mulata mulatinha meu amor
Fui nomeado teu tenente interventor

Quem te inventou meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando faz careta
Porque mulata tu não és deste planeta

Quando meu bem vieste à terra
Portugal declarou guerra
A concorrência então foi colossal
Vasco da gama contra o batalhão naval

QUEM SABE, SABE (Jota Sandoval-Carvalhinho, 1955)
Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém

Ai morena deixa eu gostar de você
Boêmio sabe beber
boêmio também tem querer

SACA-ROLHA (Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar

Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra

SASSARICANDO (Luiz Antônio, 1951)
Sassassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sassassaricando
A viúva o brotinho e a madame
O velho na porta da Colombo
É um assombro
Sassaricando

Quem não tem seu sassarico
Sassarica mesmo só
Porque sem sassaricar
Essa vida é um nó

TA-HÍ! (Joubert de Carvalho, 1930)
Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim
Ai meu bem não faz assim comigo não
Você tem você tem que me dar seu coração

Meu amor não posso esquecer
Se dá alegria faz também sofrer
A minha vida foi sempre assim
Só chorando as mágoas que não têm fim

Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm
Se me ajudasse Nosso Senhor
Eu não pensaria mais no amor

PAÍS TROPICAL
Moro num país tropical abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro

Tem carnaval, tem carnaval, tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza

Sambaby Sambaby sou um menino de mentalidade mediana
Mas assim mesmo feliz da vida pois eu não devo nada a ninguém
Pois sou feliz, muito feliz, comigo mesmo

Moro num país tropical abençoado por Deus
E bonito por natureza mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro

Tem carnaval, tem carnaval, tenho um fusca e um violão
Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza eu posso não ser um band leader, pois é

Mas lá em casa todos meus camaradas me respeitam, pois é
E essa é a razão da simpática de poder do algo mais e da alegria

LATA D'ÁGUA (Luis Antônio - Jota Jr., 1952)
Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
pela mão leva a criança
Lá vai Maria

Maria, lava roupa lá no alto
lutando, pelo pão de cada dia
sonhando, com a vida do asfalto
que acaba, onde o morro principia.

TOMARA QUE CHOVA (Paquito/Romeu Gentil)
Tomara que chova,
Três dias sem parar,
Tomara que chova,
Três dias sem parar.

A minha grande mágoa,
É lá em casa
Não ter água,
Eu preciso me lavar.

De promessa eu ando cheio,
Quando eu conto,
A minha vida,
Ninguém quer acreditar,
Trabalho não me cansa,
O que cansa é pensar,
Que lá em casa não tem água,
Nem pra cozinhar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010



Nenhuma sociedade no passado ou no presente vive sem uma ética. Como seres sociais, precisamos elaborar certos consensos, coibir certas ações e criar projetos coletivos que dão sentido e rumo à história. Hoje, devido ao fato da globalização, constata-se o encontro de muitos projetos éticos nem todos compatíveis entre si. Face à nova era da humanidade, agora mundializada, sente-se a urgência de um patamar ético mínimo que possa ganhar o consentimento de todos e assim viabilizar a convivência dos povos. Vejamos, sucintamente, como na história se formularam as éticas.
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ÉTICA PARA A NOVA ERA
Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor. Autor de Saber cuidar. Ética do humano, compaixão pela Terra, Vozes. Publicado em ADITAL.

Uma permanente fonte de ética são as religiões. Estas animam valores, ditam comportamentos e dão significado à vida de grande parte da humanidade que, a despeito do processo de secularização, se rege pela cosmovisão religiosa. Como as religiões são muitas e diferentes, variam também as normas éticas. Dificilmente se pode fundar um consenso ético, baseado somente no fator religioso. Qual religião tomar como referência? A ética fundada na religião possui, entretanto, um valor inestimável por referi-la a um último fundamento que é o Absoluto.

A segunda fonte é a razão. Foi mérito dos filósofos gregos terem construído uma arquitetônica ética fundada em algo universal, exatamente na razão, presente em todos os seres humanos. As normas que regem a vida pessoal chamaram de ética e as que presidem a vida social chamaram de política. Por isso, para eles, política é sempre ética. Não existe, como entre nós, política sem ética.

Esta ética racional é irrenunciável mas não recobre toda a vida humana, pois existem outras dimensões que estão aquém da razão como a vida afetiva ou além como a estética e a experiência espiritual.

A terceira fonte é o desejo. Somos seres, por essência, desejantes. O desejo possui uma estrutura infinita. Não conhece limites e é indefinido por ser naturalmente difuso. Cabe ao ser humano dar-lhe forma. Na maneira de realizar, limitar e direcionar o desejo, surgem normas e valores. A ética do desejo se casa perfeitamente com a cultura moderna que surgiu do desejo de conquistar o mundo. Ela ganhou uma forma particular no capitalismo no seu afã de realizar todos os desejos. E o faz excitando de forma exacerbada todos os desejos. Pertence à felicidade, a realização de desejos mas, atualmente, sem freios e controles, pode pôr em risco a espécie e devastar o planeta. Precisamos incorporá-la em algo mais fundamental.

A quarta fonte é o cuidado, fundado na razão sensível e na sua expressão racional, a responsabilidade. O cuidado está ligado essencialmente à vida, pois esta, sem o cuidado, não persiste. Dai haver uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade (a fábula-mito 220 de Higino) que define o ser humano como essencialmente um ser de cuidado. A ética do cuidado protege, potencia, preserva, cura e previne. Por sua natureza não é agressiva e quando intervém na realidade o faz tomando em consideração as consequências benéficas ou maléficas da intervenção. Vale dizer, se responsabiliza por todas as ações humanas. Cuidado e responsabilidade andam sempre juntos.

Essa ética é hoje imperativa. O planeta, a natureza, a humanidade, os povos, o mundo da vida (Lebenswelt) estão demandando cuidado e responsabilidade. Se não transformarmos estas atitudes em valores normativos dificilmente evitaremos catástrofes em todos os níveis. Os problemas do aquecimento global e o complexo das varias crises, só serão equacionados no espírito de uma ética do cuidado e da responsabilidade coletiva. É a ética da nova era.

A ética do cuidado não invalida as demais éticas, mas as obriga a servir à causa maior que é a salvaguarda da vida e a preservação da Casa Comum para que continue habitável.