domingo, 15 de setembro de 2013

CORREIO MFC BRASIL Nº 336


O Brasil tem 515 mil pessoas adultas nas prisões. É a quarta maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos EUA, China e Rússia. Como não temos uma estrutura prisional adequada para tanta gente, penitenciárias planejadas para 300 presos estão com 900. Essa superlotação provoca rebeliões, violências e uma permanente tensão para prisioneiros e carcereiros de um sistema saturado, com muitos presos sem julgamento e outros que já cumpriram pena e o juiz não assina o ato de soltura.

O Brasil e as prisões
A opinião pública é bombardeada diariamente por notícias de crimes hediondos. Para muitos, a solução de todos os problemas é mais polícia na rua, mais repressão nos bairros e mais rigor no sistema prisional.
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Marcelo Barros
Monge beneditino e escritor
Adital

A sociedade não se pergunta por que 90% da população presidiária no Brasil é negra ou mulata, pertence à classe mais pobre e tem entre 18 e 35 anos. Ao contrário, atualmente, uma campanha tenta mudar a idade penal e colocar nas prisões adolescentes a partir de 14 ou 15 anos.
O Brasil continua o terceiro país do mundo em desigualdade social. Nos últimos dez anos, o governo federal tem conseguido diminuir a miséria e integrar milhões de brasileiros na classe C. Entretanto, isso é feito via programas emergenciais que possibilitam maior acesso dos pobres aos bens de consumo, mas, ao mesmo tempo, garantem um lucro sempre maior dos empresários e banqueiros. Mantém-se a desigualdade social que gera injustiças e discriminações de todo tipo.
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A sociedade vê sempre os crimes como atos de desonestidade pessoal e crueldade contra inocentes. E muitas vezes, o são, mas quase sempre eles têm também um contexto social. Não se pode esperar a transformação social para só depois combater o crime ou os atos de violência urbana. No entanto, enquanto o Brasil for o país no qual a propriedade da terra é mais concentrada e quase 90% dos brasileiros não têm reconhecidos direitos sociais básicos, como segurança alimentar, moradia digna, saúde e educação, por mais que se encham o País de policiais e se transformem nossas cidades em imensas prisões, pobres e ricos viverão sempre uma guerra não declarada e violenta.
Diante desse quadro, Igrejas cristãs mantêm serviços de atendimento aos presidiários. A maioria das missões busca converter os presidiários à sua Igreja.
A Pastoral Carcerária, promovida pela CNBB, visa testemunhar o Evangelho de Jesus nas prisões, manifestando a todos o amor de Deus e o seu projeto de uma sociedade de justiça e paz, sem armas nem prisões. Junto com outras pessoas e entidades, essa pastoral denuncia a situação caótica nos presídios e propõe alternativas sérias à pena de prisão. Trata-se da "justiça restaurativa” que já existe na legislação de outros países com bons resultados. No lugar de se fixar apenas na pena punitiva, ela busca solucionar o que é possível do mal cometido.

CNBB: 5ª Semana Social Brasileira
Aprovação de Carta Compromisso               
Tatiana Félix - Adital

A aprovação da Carta Compromisso da 5ª Semana Social Brasileira encerrou no dia 5 deste mês as atividades do evento que reuniu movimentos sociais, comunidades tradicionais e pastorais sociais ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Centro Cultural de Brasília (DF) para pensar e discutir o tema "O Estado que temos e o Estado que queremos”.

Tatiana Félix
O documento reúne as propostas dos dez grupos de trabalho temáticos debatidos em direção ao compromisso para a "refundação de um Estado de inclusão e de igualdade social”, fundamentado na "democracia direta, participativa e representativa”.

Destacando a urgência pelas questões da reforma política, demarcação dos territórios tradicionais pesqueiros e a reforma da igreja, a carta contempla ainda a defesa do trabalho digno com redução da
jornada de trabalho, retomada da metodologia das Assembleias Populares com a criação dos Tribunais Populares e o apoio às lutas por nova reforma agrária, agricultura familiar e camponesa.

A democratização dos meios de comunicação, a implementação do Marco Regulatório da Sociedade Civil, a efetivação dos Conselhos de Juventude para controle social de políticas públicas e o fortalecimento da Defesa Civil para prevenção de impactos socioambientais ligados a projetos desenvolvimentistas, também foram pontos abordados.

O objetivo da carta é firmar os compromissos trabalhados durante a Semana entre os participantes, de modo a fazer com que eles reproduzam as discussões e as propostas em suas comunidades e regiões, avançando na conquista das demandas apontadas pelos movimentos. No fim das atividades o padre Nelito Dornelas, da CNBB, agradeceu a participação de todos e destacou a união de pessoas que partilham da mesma luta e do mesmo ideal.


Educar na fé
A conversão pastoral
A verdadeira conversão pastoral deve estimular-nos e inspirar-nos atitudes e iniciativas de autoavaliação e coragem de mudar várias estruturas pastorais em todos os níveis, serviços, organismos, movimentos e associações.
Temos necessidade urgente de viver na Igreja a paixão que norteia a vida de Jesus Cristo: o Reino de Deus, fonte de graça, justiça, paz e por tudo isso, a Igreja se empenhará em ser uma Igreja em estado permanente de missão, casa da iniciação à vida cristã, fonte da animação bíblica de toda a vida, comunidade de comunidades, a serviço da vida em todas as suas instâncias.
Estes aspectos encontram-se inevitavelmente ligados, de tal modo que assumir um deles exige que se assumam os outros. Estão sempre presentes na vida da Igreja, pois se referem a Jesus Cristo, à Igreja, à vida comunitária, à Palavra de Deus como alimento para a fé, à Eucaristia como alimento para a vida eterna e para o serviço ao Reino de Deus. Por seu testemunho e por suas ações pastorais, a Igreja suscita o desejo de encontrar Jesus Cristo.
Este encontro se dá através do mergulho gradativo no mistério do Redentor. Daí a importância da iniciação à vida cristã, a qual não acontece plenamente se não se tem contato com a Escritura. Alimentando, iluminando e orientando toda a ação pastoral, a Bíblia transborda para a totalidade da existência de pessoas e grupos, tornando-se luz para o caminho. Ao reconhecermos a mudança de época como o maior desafio a ser atualmente enfrentado, o discípulo missionário não se esquece das ameaças à vida de pessoas, povos e até mesmo de todo o planeta.
Estas ameaças permanecem e necessitam ser, corajosa e profeticamente, enfrentadas. Contudo, neste enfrentamento, o discípulo missionário se depara com a fragilidade dos critérios para ver, julgar e agir. Olhar, portanto, para a mudança de época e para o necessário enraizamento de critérios, longe de significar o afastamento dos problemas concretos e urgentes da vida de nosso povo, significa buscar uma base realmente sólida para enfrentá-los. Caso contrário, o discípulo missionário poderá ser como o construtor ou o chefe que, não reconhecendo os novos desafios, vê a missão fracassar.
Voltar às fontes e recomeçar a partir de Jesus Cristo, longe de significar a preocupação consigo mesma, coloca a Igreja no mesmo caminho do amor-serviço aos sofredores desta terra. Porque deseja servir, a Igreja reconhece o momento histórico em que se encontra, sendo convocada a buscar caminhos para a transmissão e a sedimentação da fé, mesmo que, para isso, precise abandonar estruturas ultrapassadas que já não facilitem mais a transmissão da fé.

Pe. Eduardo Belotti. Adaptação do Documento da CNBB 94
Assessor Eclesiástico MFC de Maringá - e-mail: edubelotti@yahoo.com.br

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Há poucas semanas, as crianças nesta foto foram assassinadas com gás enquanto dormiam. Existe uma maneira pacífica de por um fim a estes massacres: o Irã e os EUA precisam sentar-se à mesa de negociações e reunir os dois lados do conflito para chegar a um cessar-fogo. Pela primeira vez, dois presidentes estão mostrando que um diálogo é possível. Vamos dizer a eles que o mundo deseja o começo das negociações que podem salvar vidas já! Assine:


Assine a petição
Frases que fazem refletir
*      O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.
*      Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Madre Tereza de Calcutá
*      Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria.
*      A alegria não está nas coisas, está em nós.
*      Deus nunca perturba a alegria dos seus filhos se não for para lhes preparar uma mais certa e maior.
*      Não há satisfação maior do que aquela que sentimos quando proporcionamos alegria aos outros.
*      Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.
*      O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros.

HOJE, 206ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN


LITURGIA DO 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 15/09/2013

   
LITURGIA DO 24º DOMINGO
DO TEMPO COMUM
   
   
PRIMEIRA LEITURA (Êx 32,7-11.13-14)

Leitura do Livro do Êxodo:
Naqueles dias, 7o Senhor falou a Moisés: “Vai, desce, pois corrompeu-se o teu povo que tiraste da terra do Egito. 8Bem depressa desviaram-se do caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe sacrifícios, dizendo: ‘Estes são os teus deuses, Israel, que te fizeram sair do Egito!’”.

9E o Senhor disse ainda a Moisés: “Vejo que este é um povo de cabeça dura. 10Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu os extermine. Mas de ti farei uma grande nação”.

11Moisés, porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: “Por que, ó Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair do Egito com grande poder e mão forte?

13Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempre’”.

14E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer a seu povo.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 50)

— Vou, agora, levantar-me, volto à casa do meu pai.

— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão de vosso amor, purificai-me!/ Lavai-me todo inteiro do pecado,/ e apagai completamente a minha culpa!

— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!/ Meu sacrifício é minha alma penitente,/ não desprezeis um coração arrependido!

SEGUNDA LEITURA (1Tm 1,12-17)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo apóstolo a Timóteo:
Caríssimo: 12Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, 13a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé.

14Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. 15Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles!

16Por isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna. 17Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Lc 15,1-32)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola:

4Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, 6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’

7Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.

8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la? 9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’

10Por isso, eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte”.

11E Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.

13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade.

15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos.

21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.

27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

REFLEXÃO
“PARÁBOLA DO PAI MISERICORDIOSO”
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

UM FILHO PERDIDO
Chamamos esta narrativa de parábola do fílho pródigo. Na verdade o certo deveria ser parábola do Pai misericordioso, pois está é a imagem que Jesus usa. Ele vivia um choque com a cultura religiosa dos fariseus e mestres da lei (entendidos da religião) que O criticavam por acolher os pecadores e fazer refeição com eles (Lc 15,2). Na interpretação desta parábola dávamos atenção à situação de “pecado” do filho que saíra de casa e deixávamos de lado a reflexão que Jesus faz sobre a atitude do irmão que recusa e do pai que acolhe. Era um excelente assunto para uma pregação sobre a situação de pecado. Jesus mostra-nos o foco da parábola: vocês são como o irmão mais velho pois não acolhem os pecadores. Devem ser como o Pai que recebe de braços abertos. Jesus mostra que esta é a mentalidade do Pai do Céu que Ele encarna. Ele busca a ovelha e a moeda perdidas. Narra com detalhes a parábola do filho que abandonou a casa, tomou a herança (que só lhe caberia depois da morte do pai), desfez-se em vida do pai, acabou com sua riqueza e caiu na miséria. Foi cuidar de porcos que era o extremo da miséria para um judeu. Nem a comida deles podia comer. Era o fim. Voltou por causa fome. Não contava com o perdão do pai. O pai recebe-o e o coloca no mesmo estado de bem estar que tinha antes: não era empregado porque recebe a sandália; recebe o anel que era o sinal da aliança de filho; E recebe uma festa sinal da acolhida, como diz o pai. Estava morto e tornou a viver, perdido e foi encontrado. Esta parábola responde também a um problema da comunidade primitiva que recusava a presença de pessoas diferentes. O pai é o modelo para a comunidade: acolher o mais degradado, impuro. E festejar como o pai. O pai não se importa de se tornar impuro por tocar o filho. O filho volta à participação plena na casa do pai. A festa do Céu por um pecador que se converta tem uma justificativa: o amor misericordioso do Pai que o manifestou em Cristo.

UM IRMÃO SEM FRATERNIDADE
O filho mais velho é o retrato dos fariseus e doutores. Ele é expressão também dos cristãos que recusavam a presença de “diferentes”. Chega do trabalho e ouve barulho de festa. Informado, se recusa a entrar. Agride o pai acusando-o de não reconhecer seu trabalho. O pai mostra ao filho o que não percebera: vivia na comunhão com o pai e tem tudo. A atitude do filho mais velho contradiz a atitude do pai que expressa a bondade de Deus Pai através do Filho Jesus acolhendo os pecadores. Moisés se fez defensor do povo pecador diante de Deus, chamando para as promessas que fizera a Abraão. A Igreja vive muitas vezes um rigor muito grande com os fracos. Não é o mesmo rigor que tem para com os poderosos e ricos que sempre tem tudo. Parece que a lei não é para eles.

UM CAMINHO DA FÉ
Pastoral é acolher o pecador que volta e ir atrás do que está perdido. Essa é a pregação do Papa Francisco. O fragilizado tem que ter espaço na Igreja. Vivemos uma pastoral dando vitamina a quem está sadio. Vivemos o risco de cristãos sem Cristo, pois têm um Cristo feito à própria imagem e se servem da fé e não à fé.  Não basta acolher o que volta, é preciso ir atrás dos perdidos. A pastoral deve ser baseada na misericórdia e não na aplicação de leis exigentes. É preciso procurar a ovelha perdida. O pai não despreza o filho mais velho: “O que é meu é teu” (31). O filho é que não percebe que vive na abundância do pai e deveria ir ao encontro do irmão.

ORAÇÃO
                             
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo coração.  Amém!


Editado por JorgeMacielNews