domingo, 28 de julho de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA - PATRICIA DE JOÃO CASSELLA


HOJE, 199ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN

LITURGIA E HOMILIA DO 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 28/07/2013


 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM
“O próprio Deus quer que rezemos a Ele, suplicando!”

PRIMEIRA LEITURA (Gn 18,20-32)

Livro do Gênesis:
Naqueles dias, 20o Senhor disse a Abraão: “O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. 21Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim”.

22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor.

23Então, aproximando-se, disse Abraão: “Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? 24Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso irias exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?”

26O Senhor respondeu: “Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira”.

27Abraão prosseguiu dizendo: “Estou sendo atrevido em falar ao meu Senhor, eu, que sou pó e cinza. 28Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?”

O Senhor respondeu: “Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos”.

29Insistiu ainda Abraão e disse: “E se houvesse quarenta?”

Ele respondeu: “Por causa dos quarenta, não o faria”.

30Abraão tornou a insistir: “Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?”

Ele respondeu: “Também não o faria, se encontrasse trinta”.

31Tornou Abraão a insistir: “Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?”

Ele respondeu: “Não a iria destruir por causa dos vinte”.

32Abraão disse: “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?”

Ele respondeu: “Por causa dos dez, não a destruiria”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 137)

— Naquele dia em que gritei,/ vós me escutastes, ó Senhor!
— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças,/ porque ouvistes as palavras dos meus lábios!/ Perante os vossos anjos vou cantar-vos/ e ante o vosso templo vou prostrar-me.
— Eu agradeço vosso amor, vossa verdade,/ porque fizestes muito mais que prometestes;/ naquele dia em que gritei, vós me escutastes/ e aumentastes o vigor da minha alma.
— Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres,/ e de longe reconhece os orgulhosos./ Se no meio da desgraça eu caminhar,/ vós me fazeis tornar à vida novamente;/ quando os meus perseguidores me atacarem/ e com ira investirem contra mim,/ estendereis o vosso braço em meu auxílio/ e havereis de me salvar com vossa destra.
— Completai em mim a obra começada;/ ó Senhor, vossa bondade é para sempre!/ Eu vos peço: não deixeis inacabada/ esta obra que fizeram vossas mãos!

SEGUNDA LEITURA (Cl 2,12-14)

Carta de São Paulo apóstolo aos Colossenses:
Irmãos: 12Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.

13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados.

14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Lc 11,1-13)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um dos seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.

2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”

5E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.

9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá.

11Será que algum de vós, que é pai, se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?

13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

HOMILIA
Padre Luiz Carlos de Oliveira
Missionário Redentorista

ENSINA-NOS A REZAR
O primeiro ensinamento de Jesus sobre a oração é Seu testemunho pessoal: “Jesus estava rezando. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-Lhe: Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos” (Lc 11,1). Os discípulos não pediram uma oração, mas o que rezar. O “Pai Nosso” não é uma fórmula. Ele é uma herança preciosa que é transmitida para manter viva a oração de Jesus, pois quando rezamos, rezamos Sua oração. Ele reza em nós, por nós e conosco. O “Pai Nosso”, no dizer dos Santos Padres (escritores dos primeiros tempos), contem todos os elementos da oração. Ele é a escola da oração que Jesus deixou para que aprendêssemos e continuássemos em nós seu relacionamento com o Pai. Por que Jesus precisava rezar? Quando se está na condição humana, é necessário este relacionamento com Deus. Jesus gostava de rezar sozinho. Rezava também a tradição do povo, mas como Filho, mantinha seu relacionamento com o Pai. A oração do “Pai Nosso” é o modelo para toda oração. A palavra Pai – Abba – é o fundamento da oração de Jesus no seu relacionamento amoroso com o Pai. É o termo carinhoso do filho pequeno; Santificado seja vosso nome: Reconhecemos a grandeza de Deus; Venha o Reino: pedimos que o desígnio de salvação que aconteça; Seja feita vossa vontade: É o centro da vida de Jesus: a vontade do Pai; Dá-nos o pão: pão do corpo, da palavra e da Eucaristia. É síntese de nosso cotidiano; O pedido de perdão é o acolhimento do dom do Espírito que foi dado no dia da Ressurreição para a remissão. Participamos da remissão perdoando os que nos ofenderam; Não nos deixeis cair na tentação: Deus não nos tenta. O mal nos cerca. Temos que fazer nossa parte. Temos o Espírito, o vencedor do mal.

DEUS EM NOSSA VIDA
A oração é necessária em nossa vida para o relacionamento com Deus. Como me dedico ao essencial da vida? Espiritualismo não preenche. É preciso espiritualidade, isto é, uma vida que tenha a presença de Deus com o qual me relaciono. Aqui se justifica a oração de pedido. Podemos pedir a Deus coisas temporais? Um exemplo: Alguém pediu benção para um relógio.  Não sei qual o sentido que dava para essa bênção. Deve ser tradição de seu país, pois é estrangeira. A oração de pedido para coisas materiais não está errada, pois demonstra que até nestas coisas, queremos ser dependentes de Deus e estar ligados a Ele. Nem sempre Deus vai nos dar o que pedimos, mas mais do que pedimos, pois sabe do que necessitamos (Mt 6,8). Jesus diz que devemos rezar com persistência. Não é preciso dizer muitas coisas, mas a mesma coisa muitas vezes (Beato Charles de Foucauld). A força da oração está na permanente intercessão que Jesus faz por nós (Hb 7,25). Cristo já pagou por nós (Cl 2,14).

COMPLETAI A OBRA COMEÇADA
É dramático passar tempo sem vontade de rezar. É o retrato de uma destruição interior. Deus iniciou seu relacionamento conosco ao nos criar e nos salvar em Jesus. A oração acontece na história, pois participamos dela. Vemos o exemplo da oração de Abraão: Era para resolver um problema muito concreto, humano. Deu o exemplo de insistir, como ensina Jesus. Ele “conversa” o preço com Deus. A oração de intercessão pelos outros é a mais valorosa, pois está isenta de egoísmo e personalismo. É caridosa. A oração sempre tem seu resultado, mesmo que não seja o que queremos. Agora pedimos que complete em nós a obra que iniciou (Sl 137). Em cada Eucaristia rezamos por todos.

ORAÇÃO
                             
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Amém!


Editado por JorgeMacielNews