quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ADVENTO E NATAL - Artigo de James Magalhães de Medeiros



ADVENTO E NATAL

N
ão posso e não poderia, na condição de cristão católico, iniciar o mês de dezembro sem meditar com vocês, sobre o significado do natal. Falo como leigo e missionário da palavra de Deus, pois integrante de Movimento da Igreja Católica. Neste primeiro domingo do mês, a nossa Igreja celebra o início do tempo de advento ou tempo de espera. Também, a cada ano repetimos o evento do natal. Na verdade é um período em que, para uns, as mudanças são positivas, enquanto que, para outros, nada muda, parece que tudo continua a mesma coisa.

Para quem vive da espera do natal desacreditado e sem esperança, estará vivendo um deserto pessoal, e a única luz que pode acender nesses momentos é a luz da fé. Assim diz a palavra de Jesus, segundo São Lucas: “Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho de Homem”.

Nesse período que antecede ao natal, é dever do cristão fazer a sua renovação de vida, tirando toda a sujeira e entraves da caminhada, para o grande encontro com o Filho do Homem. Mas, para tanto, precisamos está fortes e preparados, como nos orienta São Paulo aos Tessalonicenses: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós”.

É preciso que este tempo de advento seja iniciado, com a coragem de querer mudar a nossa vida, em todos os sentidos, humanos e pessoais, visíveis e disponíveis, para que no natal estejamos plenos de amor e de fé, e possamos viver o grande encontro da criatura com o seu criador.

Afinal o que Deus quer de cada um de nós, é que cumpramos a sua lei – amar a Deus e ao próximo – pois aí está a prática da verdadeira justiça. Aí está todo o sentido de nossa vida cristã – viver na prática do amor – nos dois sentidos: espiritual e temporal, o primeiro focado Nele, como Criador do Universo, e o segundo, no próximo, nosso irmão. Fora desse contexto, estaremos a viver em eterno deserto.

Assim sendo, se acreditamos que o Deus da nossa fé é fonte de vida e de alegria, então porque não nos entregar a Ele, pedindo e rogando, para que ilumine a nossa vida diante da corrupção e do desprezo à ética e aos valores morais na vida pública e no convívio social!

E mais, que no natal que iremos viver e celebrar, com fé e esperança, venha a nós o vosso Reino para saciar-nos a fome de beleza e semear partilha onde há acúmulo, alegria onde irrompeu a dor, gosto de festa onde campeia desolação,... nas sábias palavras de Frei Beto.

Finalizo estas linhas, na certeza de que você, meu caríssimo irmão, saberá construir um natal de renovação, direcionado para uma nova vida, uma vida embasada na fé e na prática do verdadeiro amor.