ADVENTO E NATAL
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ão posso e não poderia, na condição de
cristão católico, iniciar o mês de dezembro sem meditar com vocês, sobre o
significado do natal. Falo como leigo e missionário da palavra de Deus, pois
integrante de Movimento da Igreja Católica. Neste primeiro domingo do mês, a
nossa Igreja celebra o início do tempo de advento ou tempo de espera. Também, a
cada ano repetimos o evento do natal. Na verdade é um período em que, para uns,
as mudanças são positivas, enquanto que, para outros, nada muda, parece que
tudo continua a mesma coisa.
Para quem vive da espera do natal
desacreditado e sem esperança, estará vivendo um deserto pessoal, e a única luz
que pode acender nesses momentos é a luz da fé. Assim diz a palavra de Jesus,
segundo São Lucas: “Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força
para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho
de Homem”.
Nesse período que antecede ao natal, é dever
do cristão fazer a sua renovação de vida, tirando toda a sujeira e entraves da
caminhada, para o grande encontro com o Filho do Homem. Mas, para tanto,
precisamos está fortes e preparados, como nos orienta São Paulo aos
Tessalonicenses: “O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e
transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós”.
É preciso que este tempo de advento seja
iniciado, com a coragem de querer mudar a nossa vida, em todos os sentidos,
humanos e pessoais, visíveis e disponíveis, para que no natal estejamos plenos
de amor e de fé, e possamos viver o grande encontro da criatura com o seu
criador.
Afinal o que Deus quer de cada um de nós, é
que cumpramos a sua lei – amar a Deus e ao próximo – pois aí está a prática da
verdadeira justiça. Aí está todo o sentido de nossa vida cristã – viver na
prática do amor – nos dois sentidos: espiritual e temporal, o primeiro focado
Nele, como Criador do Universo, e o segundo, no próximo, nosso irmão. Fora
desse contexto, estaremos a viver em eterno deserto.
Assim sendo, se acreditamos que o Deus da
nossa fé é fonte de vida e de alegria, então porque não nos entregar a Ele,
pedindo e rogando, para que ilumine a nossa vida diante da corrupção e do
desprezo à ética e aos valores morais na vida pública e no convívio social!
E mais, que no natal que iremos viver e
celebrar, com fé e esperança, venha a nós o vosso Reino para saciar-nos a fome
de beleza e semear partilha onde há acúmulo, alegria onde irrompeu a dor, gosto
de festa onde campeia desolação,... nas sábias palavras de Frei Beto.
Finalizo estas linhas, na certeza de que
você, meu caríssimo irmão, saberá construir um natal de renovação, direcionado
para uma nova vida, uma vida embasada na fé e na prática do verdadeiro
amor.
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