terça-feira, 12 de outubro de 2010

DIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Em 1928, o Papa Pio XI batizou Nossa Senhora Conceição de Aparecida como rainha e padroeira do Brasil. Mas somente em 1954 que a santa passou a ser homenageada, especificamente no dia 12 de outubro, dedicado a ela.
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COMO TUDO COMEÇOU
A devoção à santa vem de longa data. Mais precisamente em 12 de outubro de 1717, quando três pescadores, Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves, após jogarem suas redes no rio Paraíba, pescaram a imagem da santa. Um sinal para a farta pescaria que viria a seguir.

A imagem em madeira media 40 cm de comprimento. Felipe guardou a imagem em sua casa, onde recebeu várias pessoas que queriam ver Nossa Senhora e fazer orações e novenas. Cinco anos depois, ao se mudar para outro bairro, ele deu a imagem a seu filho Athanásio, e pediu que a guardasse.

Na casa de Athanásio, foi construído um altar de madeira onde todos os sábados ele e os vizinhos rezavam um terço em sua devoção. Neste altar, os fiéis acreditam que Nossa Senhora fez seu primeiro milagre, apagando duas velas no momento da reza. Os presentes ainda tentaram reacendê-las mas não conseguiram.
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O SANTUÁRIO
Em 1735, o vigário da cidade de Guaratinguetá construiu uma capela no Morro dos Coqueiros aberta à visitação pública. Mas o número de fiéis aumentava ano após ano, o que exigiu a construção de um basílica, batizada de Basílica Velha, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo.

A necessidade de uma basílica maior fez com que fosse construído o Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, na mesma cidade, em 1955. Em tamanho, só perde para a de São Pedro, no Vaticano.

Abrigando a imagem encontrada no rio Paraíba, a basílica nova recebe romeiros o ano todo, aumentando quando se aproxima 12 de outubro e tem capacidade para receber 45 mil pessoas.

Em 1717 foi encontrada por pescadores, no rio Paraíba, uma imagem da Senhora da Conceição. Primeiro encontraram o corpo sem cabeça e logo após, a cabeça. O pescador Filipe Pedroso guardou a imagem em sua casa, onde passou a ser venerada pela família e por demais pessoas. Com o tempo, foram sendo atribuídos à imagem, diversos milagres.

A devoção foi crescendo e com o passar do tempo a imagem foi sendo chamada pelo povo de Senhora da Conceição Aparecida. Seu escultor foi, com grande probabilidade, Frei Agostinho de Jesus OSB por volta de 1650, em Sant’Ana do Parnaíba. Supõe-se que alguém, por estar a imagem quebrada, lançou-a às águas do rio.

Em 1741 iniciou-se a construção de uma igreja nova para veneração e culto à imagem. Em 1888 foi terminada pelo Frei Monte Carmelo OSB a chamada Basílica Velha e inaugurada solenemente pelo então bispo de São Paulo, D. Lino Deodato.

A importância da figura de Maria na Igreja, prende-se à importância do papel que ela teve na história da salvação, particularmente importante no mistério da encarnação junto ao Messias: mãe. Discreta durante o nascimento do Redentor, foi também uma presença discretíssima durante a vida pública de Jesus. Quantos fatos ela apenas “guardava em seu coração”!

E finalmente nos é dada como mãe, pelas palavras do próprio Salvador. Maria, repleta dos dons do Espírito Santo, mãe da Igreja, prolonga sua preciosa presença até o fim dos tempos, derramando sobre os membros de Cristo as graças que possui em plenitude.

A presença de Maria é um fio de ouro encontrado no tecido da história da salvação. Daí os cristãos, desde o início da Igreja reconhecerem a grandiosidade desta figura e prestarem culto a Deus através dos mais importantes momentos da vida de Maria e suplicarem sem cessar sua intercessão.

A CRIANÇA E A FAMÍLIA

Josué de Castro
Médico, Professor e Escritor

O Cristianismo consagra a família com sublimes e fecundas vivências. A família é secular e universalmente distinta na sociedade, constituindo base emocional na formação da personalidade com o relacionamento psicodinâmico que se desenvolve entre pais e filhos. É um relacionamento com fortes sentimentos, e conflitos de liberdade, dependência e liderança. Começando pelo casal com influências sócio-culturais e espirituais. Os filhos devem estar preparados para o enfrentamento das malversações sociais, com estrutura psíquica sólida obtida através da educação e da origem genética saudável.

Froebel, educador alemão ensinava a criança como uma flor, que floresce melhor quando cuidada por um jardineiro dedicado. Preconizava recreação livre com excursão pelos campos, estudo da natureza e trabalhos manuais. Lauretta Bender, pioneira na Psiquiatria Infantil considerava um ambiente permissivo, advertindo que a completa liderança para liberar sentimentos e impulsos determinaria a desintegração do caráter. A escola inglesa Summerhill (Neill) afirma que a permissividade incontrolável dirigia os jovens para o ócio e as drogas, impedindo os estudos e a formação intelectual. A criança onisciente e onipotente, que sabe tudo e contesta o processo educativo, apresenta constantes erros por ignorância. Países adiantados estão criando o Ministério da Juventude, para em consonância com a família, praticarem uma educação lógica assegurando estabilidade social e emocional dirigidas à capacitação profissional. Os filhos formam um elo indestrutível com os pais. Os sentimentos desenvolvem uma relação infinita e insubstituível.

As terapias das crianças devem se constituir jogos, recreação, arte e diálogo. Ou seja, ludismo, arteterapia, meloterapia e logoterapia, solidariedade e segurança dos pais e da família, o que é mais importante. Os filhos do divórcio alcançam índices maiores de desordens psicossociais. O conflito parental é grave. Desunião, agressão e alienação dos pais separados tem consequências jurídicas. Crianças e jovens assassinos na Escola é omissão e responsabilidade da família.

Advinda da protetora vida uterina com condições especiais de alimentação e defesas imunológicas, a adaptação imediata ao estranho universo que se apresenta ao recém-nascido é sempre um enigma. O trauma do nascimento, segundo a psicanálise. As necessidades psicológicas são evidentes.

Pais que acompanham e orientam os filhos a seguirem seus próprios caminhos oferecem um progresso na vida infantil e adolescência, consolidando a personalidade. Crianças cujos pais não se conscientizam do dever educá-las com dedicação, terminam apresentando sintomas variados. A valorização da família, instituição fundamental da sociedade, se constitui uma tradição nossa. Não será o falso modernismo, a título de uma renovação educacional e social, que invalide o pensamento clássico. A convivência entre pais e filhos é repleta de afetividade desenvolvendo um laço de estima consistente e interminável. O adolescente caminhando para a vida adulta deve conviver inclitamente com os pais no lar, formando sua própria família.

A vida escolar, a adolescência e inicio da maturidade requerem atenções distintas. A compreensão deve orientar logicamente e racionalmente pais e os professores. A escola é básica e fundamental para existência inteligente e harmônica. As experiências emocionais cognitivas de Jean Piaget estão relacionadas com vivências educacionais e sociais. Educação não compreende improvisação. Educamos nossos filhos para a vida, para um mundo letal. E finalmente.

A criança é o pai do homem, pois precedendo o adulto, este depende de sua evolução e formação. Por que as crianças olham para o céu? Porque são criaturas de Deus, vieram de Deus e para Ele irão. O Dia da Criança, todos os dias do ano. A criança, a família e Deus.