É importante saber que na bíblia, há uma enorme diferença entre ídolos e imagens. Deus em sua bíblia condenou os ídolos (ex. 32, 1-5), mas ao mesmo tempo mandou fazer imagens. Você acredita? Pois bem, pegue sua bíblia e leia no livro de êxodo 25, 18-22; 37, 7-9. Deus não só mandou fazer imagens de anjos, como também declarou que falaria solenemente para o povo, do meio das duas imagens de querubins (números 7, 8-9; 2 Samuel 6,2).
Além das imagens de anjos, Ele também mandou fazer imagem de uma serpente para o povo olhar pra ela (Números 21,4-9), e Jesus reconheceu o valor simbólico dessa imagem que era uma prefiguração da sua morte na cruz (João 3,14).
O templo de Deus, construído ricamente pelo rei Salomão, estava cheio de imagens de escultura e javé se manifestou nesse templo e o encheu de sua gloria; (Ezequiel 41, 17-20; 43,4-6). Nesse templo havia até imagens gigantes (I Reis 6,23-35 e 2 Crônicas 3,10-14). “Tinha a serpente de bronze, querubins de ouro, grinaldas de flores, frutos, árvores, leões, etc. (Números 21,9; êxodo 25,13; Ezequiel 1,5;10,20; I Reis 6, 1B, 23; Números 8,4).
Depois de termos todas as passagens bíblicas aqui citadas, concluímos que não é ruim termos uma imagem como recordação de um fato ou de uma pessoa a quem amamos. A propósito, até mesmo os nossos irmãos protestantes que tanto nos criticam e nos julgam injustamente têm imagens em suas casas e em suas igrejas, como: a Arca de Noé; de Moisés e o povo de Deus atravessando o Mar Vermelho; da Natureza; Matas e até da própria bíblia.
“É certo que Deus proibiu fazer ídolos, porque o povo correria o risco de adorar a deuses estranhos, como aconteceu no deserto quando o povo abandonou a Javé, fabricou e adorou um Bezerro de Ouro, como se fosse Deus”.
Precisamos, porém, entender que nossas imagens não são ídolos, mas recordações dos nossos irmãos na fé. Ídolo é aquilo que toma o lugar de Deus. Assim, os maiores ídolos de hoje são: o poder, o prazer, as riquezas… quando causam injustiças, exploração, corrupção e morte.
É bom que fique bem claro que nós católicos não adoramos a nenhuma imagem, nenhum objeto e nenhuma pessoa humana, pois a igreja nunca ensinou nem mandou adorar a quem quer que seja; mas sempre ensinou em sua doutrina que devemos adorar unicamente a Deus, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. “A honra devolvida nas santas imagens é uma veneração respeitosa, não uma adoração. Pois, esta convém unicamente a Deus”.
Padre Sarmento
Paróquia de São Benedito
Maceió/AL
Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal". Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
1. NUNCA IRRITAR-SE AO MESMO TEMPO
A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso convencermo-nos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. D. Helder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".
2. NUNCA GRITAR UM COM O OUTRO
A não ser que a casa esteja pegando fogo.
Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.
3. SE ALGUÉM DEVE GANHAR NA DISCUSSÃO, DEIXAR QUE SEJA O OUTRO
Perder uma discussão pode ser um ato de inteligência e de amor. Dialogar jamais será discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um derrotado, e no diálogo não. Portanto, se por descuido nosso, o diálogo se transformar em discussão, permita que o outro "vença", para que mais rapidamente ela termine. Discussão no casamento é sinônimo de "guerra", de luta inglória. "A vitória na guerra deveria ser comemorada com um funeral"; dizia Lao Tsé. Que vantagem há em se ganhar uma disputa contra aquele que é a nossa própria carne? É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; não podemos nos esquecer que basta uma pequena nuvem para esconder o sol. Às vezes uma pequena discussão esconde por muitos dias o sol da alegria no lar.
4. SE FOR INEVITÁVEL CHAMAR A ATENÇÃO, FAZÊ-LO COM AMOR
A outra parte tem que entender que a crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Só tem sentido a crítica que for construtiva; e essa é amorosa, sem acusações e condenações. Antes de apontarmos um defeito, é sempre aconselhável apresentar duas qualidades do outro. Isso funciona como um anestésico para que se possa fazer o curativo sem dor. E reze pelo outro antes de abordá-lo em um problema difícil. Peça ao Senhor e a Nossa Senhora que preparem o coração dele para receber bem o que você precisa dizer-lhe. Deus é o primeiro interessado na harmonia do casal.
5. NUNCA JOGAR NO ROSTO DO OUTRO OS ERROS DO PASSADO
A pessoa é sempre maior que seus erros, e ninguém gosta de ser caracterizado por seus defeitos. Toda vez que acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo-os de volta e dificultando que ela se livre deles. Certamente não é isto que queremos para a pessoa amada. É preciso todo o cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão. Nestas horas o melhor é manter a boca fechada. Aquele que estiver mais calmo, que for mais controlado, deve ficar quieto e deixar o outro falar até que se acalme. Não revidar em palavras, senão a discussão aumenta, e tudo de mau pode acontecer, em termos de ressentimentos, mágoas e dolorosas feridas. Nos tempos horríveis da "guerra fria", quando pairava sobre o mundo todo o perigo de uma guerra nuclear, como uma espada de Dâmocles sobre as nossas cabeças, o Papa Paulo VI avisou o mundo: "a paz impõe-se somente com a paz, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade". Ora, se isto é válido para o mundo encontrar a paz, muito mais é válido para todos os casais viverem bem. Portanto, como ensina Thomás de Kemphis, na Imitação de Cristo, "primeiro conserva-te em paz, depois poderás pacificar os outros". E Paulo VI, ardoroso defensor da paz, dizia: "se a guerra é o outro nome da morte, a vida é o outro nome da paz". Portanto, para haver vida no casamento, é preciso haver a paz; e ela tem um preço: a nossa maturidade.
6. A DISPLICÊNCIA COM QUALQUER PESSOA É TOLERÁVEL, MENOS COM O CÔNJUGE
Na vida a dois tudo pode e deve ser importante, pois a felicidade nasce das pequenas coisas. A falta de atenção para com o cônjuge é triste na vida do casal e demonstra desprezo para com o outro. Seja atento ao que ele diz, aos seus problemas e aspirações.
7. NUNCA IR DORMIR SEM TER CHEGADO A UM ACORDO
"Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento" (Ef 4,26b)
Se isso não acontecer, no dia seguinte o problema poderá ser bem maior. Não se pode deixar acumular problema sobre problema, sem solução. Já pensou se você usasse a mesma leiteira que já usou no dia anterior, para ferver o leite, sem antes lavá-la? O leite certamente azedaria. O mesmo acontece quando acordamos sem resolver os conflitos de ontem. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem de nós atenção e coragem para enfrentá-los, até que sejam solucionados, com o nosso trabalho e com a graça de Deus. A atitude da avestruz, da fuga, é a pior que existe. Com paz e perseverança busquemos a solução.
8. PELO MENOS UMA VEZ AO DIA, DIZER AO OUTRO UMA PALAVRA CARINHOSA
Muitos têm reservas enormes de ternura, mas esquecem de expressá-las em voz alta. Não basta amar o outro, é preciso dizer isto também com palavras. Especialmente para as mulheres, isto tem um efeito quase mágico. É um tônico que muda completamente o seu estado de ânimo, humor e bem estar. Muitos homens têm dificuldade neste ponto; alguns por problemas de educação, mas a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. Como são importantes essas expressões de carinho que fazem o outro crescer: "eu te amo", "você é muito importante para mim", "sem você eu não teria conseguido vencer este problema", "a tua presença é importante para mim"; "tuas palavras me ajudam a viver"... Diga isto ao outro com sinceridade toda vez que experimentar o auxílio edificante dele.
9. COMETENDO UM ERRO, SABER ADMITI-LO E PEDIR DESCULPAS
Admitir um erro não é humilhação. A pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta consigo mesma e com o outro. Quando erramos não temos duas alternativas honestas, apenas uma: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repeti-lo. Isto é ser humilde. Agindo assim, mesmo os nossos erros e quedas serão alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Quando temos a coragem de pedir perdão, vencendo o nosso orgulho, eliminamos quase de vez o motivo do conflito no relacionamento, e a paz retorna aos corações. É nobre pedir perdão!
10. QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM
É a sabedoria popular que ensina isto. Será preciso então que alguém tome a iniciativa de quebrar o ciclo pernicioso que leva à briga. Tomar esta iniciativa será sempre um gesto de grandeza, maturidade e amor. E a melhor maneira será "não pôr lenha na fogueira", isto é, não alimentar a discussão. Muitas vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao coração do outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.
Fonte: Canção Nova/ Prof. Felipe Aquino
Do livro "Namoro"