OS “ANOS DE CHUMBO” E A COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE (VIII)
COMISSÃO DA VERDADE DIVULGA ESTUDOS SOBRE MORTES NA DITADURA
Textos também apontam interferências do regime militar em julgamentos de militantes
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Comissão Nacional da Verdade liberou para consulta, onze textos de autoria do coordenador da comissão, o ex-procurador geral da República Claudio Fonteles. Dos onze textos disponíveis no site da Comissão na internet, sete são sobre casos de assassinatos e abordam como o regime militar tentava dissimular a causa da morte dos opositores. Outros documentos analisados por Fonteles demonstram manipulações de casos judiciais durante a ditadura.
Os estudos sobre assassinatos relatam casos ocorridos em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco. São listados, por exemplo, os registros de resistência a prisão seguida de morte - argumento que foi usado para ocultar a real causa de morte de Carlos Marighella - até a troca de corpo para impedir o reconhecimento pela família - como no caso da morte do militante Aldo de Sá Brito Souza Neto, em Belo Horizonte. Segundo a comissão, os falsos suicídios de Manoel Fiel Filho, Raul Amaro Nin Ferreira e João Lucas Alves, também fizeram parte do estudo.
Já entre os relatos de casos manipulados na Justiça que constam nas pesquisas divulgadas hoje pela comissão, está o do assassinato do padre Antônio Henrique, em Recife, provavelmente por integrantes do Comando de Caça a Comunistas, segundo divulgou a Comissão, grupo paramilitar de extrema-direita. A comissão sustenta que documento demonstra que o ministro da Justiça no período, Alfredo Buzaid, determinou que assessores interviessem no inquérito policial e no posicionamento do Ministério Público de Pernambuco.
Foram necessários cinco meses de pesquisa para concluir os estudos, feitos com base em pesquisas de documentos do Arquivo Nacional, de literatura especializada e de laudos periciais independentes solicitados pela comissão a um grupo de peritos, afirma o colegiado.
D. PEDRO CASALDÁLIGA AMEAÇADO
Dom Pedro |
O governo brasileiro fará o possível para garantir a segurança de Casaldáliga
(Reportagem publicada em Religión Digital, España)
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presidente brasileira, Dilma Rousseff, condecorou o bispo espanhol Pedro Casaldáliga e outras 16 pessoas, entre elas o bispo Tomás Balduíno, por seu trabalho em defesa dos Direitos Humanos. Casaldáliga não pôde receber o prêmio pessoalmente já que está refugiado em um lugar desconhecido sob proteção da Polícia Federal devido ao recrudescimento das ameaças que vem recebendo há anos por seu trabalho a favor dos indígenas.
Rousseff afirmou que o Brasil “aprendeu a admirar” Casaldáliga e o bispo Tomás Balduíno, também homenageado por seu apoio aos indígenas, e disse que ela mesma se orgulha de ser “contemporânea” de ambos. A presidente manifestou que o Estado brasileiro dedicará “todos os meios e forças policiais e civis disponíveis” para garantir a segurança e a proteção daqueles que trabalham “na defesa dos excluídos”. Além disso, Rousseff assegurou que a defesa dos Direitos Humanos é “muito importante” para ela e para sua geração, porque “sentimos na carne o abuso de poder e a truculência do Estado”.
FRASES DE APARÍCIO TORELLI,
O BARÃO DE ITARARÉ
Aparício Torelli |
Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse a você.
O meu amor e eu nascemos um para o outro, agora só falta quem nos apresente.
Quem ama o feio, é porque o bonito não aparece.
O homem que se vende recebe sempre mais do que vale.
Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.