quinta-feira, 10 de setembro de 2009


DETESTO FLANELINHAS

Até que sou uma pessoa bastante tolerante. O meu limite, no entanto, parece ser mediado pela presença de um flanelinha. Já mudei até o meu roteiro para evitar passar em determinados semáforos, onde já sei que eles “habitam”. São sempre inoportunos, e muitas vezes até se escondem para surgir de repente (uma invasão de privacidade). Mesmo que o vidro esteja limpo, eles sujam. São ousados e capazes até de provocar danos em nosso veículo. Adotei o comportamento de nunca oferecer dinheiro a eles. Quem sabe se esse comportamento fosse coletivo essa categoria desnecessária desaparecesse.

Há ainda, dentro dessa categoria, alguns que conseguem ser piores. São os donos das vias públicas. Delimitam lugares próximos aos locais mais frequentados e assumem o comando das ações. Quando falo que é uma categoria desnecessária, é porque se eles não existissem não correríamos nenhum risco ao deixar nosso carro estacionado em qualquer local. São eles próprios quem provocam os danos, para justificar suas presenças. A ousadia é tamanha, que muitos já entregam um ticket com o valor do estacionamento a ser cobrado, e sempre adiantado. Esse preço, que está beirando uns cinco reais, já começa a ser mais caro do que a utilização de um estacionamento privado.

Há alguns anos convivo com o fato de morar vizinho a uma casa de festas. O problema não é propriamente a casa de festas, mas os flanelinhas que agora são os donos da rua em que moro. Da mesma forma que fujo deles, eles me perseguem. Um dia fui abordá-los pedindo que saíssem de minha porta, e um deles me disse que estava trabalhando. Trabalhando de quê? Tomando conta deles mesmos? Insisto em dizer que se não houvesse flanelinhas, não haveria necessidade de ninguém para tomar conta de carros, e tampouco das ruas.

Mandam colocar carros na porta de nossa garagem, e ainda cobram mais caro porque assim ficam mais perto do local da festa. Num desses dias, um deles teve a ousadia de me perguntar se não queria fazer um acordo com ele, para que tomasse conta do portão de minha garagem em dias de festas.

Pelo menos ainda não estão nos assaltando a mão armada. No entanto, ao estabelecer uma cobrança pelo uso das vias públicas, já inauguram uma nova e criativa forma de roubar. Muito em breve vão estabelecer pedágio.