quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

MISSA DE 7º DIA - CONVITE

Convidamos a família mefecista e a comunidade em geral para a MISSA DE 7º DIA de Dona MARIA DE NAZARÉ MORAES FERREIRA, mãe da mefecista Nazaré de Geraldo (Grupo Vida), que se realizará às 17 horas do domingo, dia 16 de janeiro, na Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus, no Conjunto José Tenório, Serraria.

Nazaré e Geraldo, agradecidos pelas mensagens de conforto espiritual recebidas pelo falecimento de Dona MARIA DE NAZARÉ MORAES FERREIRA, pedem que, elevemos nossos pensamentos, em comunhão com a família, orando pela sua alma, unidos no sentimento e na prece.

Nossos relacionamentos, nossas vivências, nossas atuações no MFC, geram um comportamento de afeição, de amor, de fraternidade e de simpatia, resultando nas nossas grandes amizades fixadas ao plano de Deus.
DAR À LUZ O PRÓPRIO CASAL

A primeira fecundidade do casal é sua própria criação
‘Construir-se a si mesmo’ parece um tanto paradoxal, pois “fecundidade” nos leva a pensar em outra coisa que não seja si-mesmo. Entretanto existe, sim, a experiência de auto-engendrar-se, especialmente expressa no encontro amoroso: Uma sensação intensa de viver uma relação nova e excepcional, onde o passado se dissipa e fica a força da presença. Este é o tempo embrionário do casal, que o vive como um momento de eternidade, com a ilusão de uma relação quase perfeita e já definitivamente conquistada. Entretanto, se este casal inicial traz dentro de si o casal de toda uma vida, saiba ele que este é apenas o início e importa delineá-lo, dia a dia, numa longa construção jamais totalmente acabada. É neste sentido que o casal é fecundo de si mesmo e que ele é vivo. Porque se, desde a origem, ele atingisse a perfeição, não lhe restaria senão morrer.

Que condições são necessárias  para levar a cabo este projeto de casal?
Podemos dizer que a primeira condição é a duração. Toda relação tem necessidade de duração para instalar-se e tomar consistência. A relação conjugal – diferentemente de relações mais parciais como as de trabalho, lazer, e mesmo de amizade e de família - engloba a totalidade de cada cônjuge, corpo e espírito; ela tem ainda mais necessidade de durar para se construir. Se você pensar um pouco, vai perceber que é justamente o fator tempo que vai permitir o crescimento do casal. Cada vez que alguém recomeça, com outra pessoa, retrocede à nidação do casal. 

Entretanto, responder às expectativas afetivas, fazer acontecer o prazer sexual, harmonizar as convicções morais e espirituais, é um projeto de tal envergadura que, se a duração é necessária, podemos afirmar que ela não é suficiente.

Um casal morto pode durar junto: Um casal morto é um casal que não se constrói mais, que renunciou a seu projeto comum, mas que pode assim mesmo coabitar.
           
Desejo, vontade e vigilância
O motor da construção do casal reside no desejo e na vontade de cada cônjuge de fazer nascer e crescer o seu casal, o “nós”. Pode-se construir algo até o fim, sem desejo e vontade? O desejo de tornar-se feliz junto com o cônjuge está ali, na origem do casal. Quanto à vontade, ela é necessária, porque certas escolhas amorosas se tornam quase impraticáveis na realidade cotidiana. Às vezes aquilo que é de um, destrói o do outro. Quando os parceiros constatam incompatibilidades, divergências e incompreensões, só o desejo não é suficiente para construir a felicidade, é preciso ter vontade e decisão de ficar juntos.

O desejo inicial morre porque já não há cuidado, ele passa a ser tratado como se tivesse sido adquirido para sempre. A vigilância deve circundar o desejo. Vigilância que nos proíbe de instalar-nos numa relação conjugal, por mais agradável e confortável que seja, sem estar atentos aos pequenos sinais discordantes; vigilância que nos força a nos interrogar sobre a qualidade de nossa comunicação verbal e corporal, sobre nossa capacidade de nos compreendermos nas diferenças, nos limites, nas dificuldades. Vigilância também no equilíbrio, frequentemente difícil, entre o investimento na vida conjugal e todos os outros investimentos profissionais, parentais, culturais. Vi tantos casais para os quais o “tempo de casal” ia se dissipando, agrilhoado por toda sorte de obrigações.

Poderíamos questionar seu desejo de estarem ainda juntos. Eles haviam esquecido de estar vigilantes. A vigilância repousa sobre uma consciência lúcida de nossas faltas recíprocas em estar à altura do projeto que nutre nossa felicidade.

Criatividade
“Meu marido é para mim mais que um desejo, é uma necessidade” - dizia uma jovem esposa, sem perceber o quanto este lado imperativo da necessidade truncava a evolução do casal. A necessidade não suporta a frustração. Ela quer sua resposta. E a resposta pode engendrar revolta e cólera. Será que podemos falar de amor em uma relação baseada na necessidade? Ela nos recorda, antes, a necessidade que o bebê tem de sua mãe. Se esta necessidade faz parte do início da vida, também é fundamental investir em outras relações totalmente gratuitas.  Devagar o casal aprenderá que a frustração não é a morte e que uma decepção pode abrir outras respostas possíveis.

Um casal que tem diante de si 20, 30, 60 anos de vida conjugal a construir, tem necessidade de ser um casal capaz de criatividade para provocar sua evolução. Para inovar na maneira de tornar-se feliz o casal deverá integrar a maturação de cada um, seu envelhecimento, seus tantos fatores de mutação... A felicidade está sempre para ser inventada, ela não é um dom como podemos sonhar.

Leitura Base: D. Balmelle, Revue Alliance