domingo, 27 de setembro de 2009

HOJE, 4ª MISSA DO MFC NO ALDEBARAN





26º DOMINGO DO TEMPO COMUM


SUPERANDO O SECTARISMO
Pe. Nilo Luza, ssp


A primeira parte do evangelho deste domingo apresenta o ciúme dos discípulos contra alguém que faz o bem em nome de Jesus, embora sem pertencer ao grupo que com ele convivia. É a tentativa de impedir que alguém faça algo de bom porque não faz parte do grupo dos discípulos de Jesus.

Ninguém tem o monopólio do bem, nem mesmo uma instituição religiosa. Fazê-lo está ao alcance de qualquer um, seja cristão ou não, seguidor de Jesus ou não. Onde houver alguém promovendo o bem, aí se encontra a mão de Deus agindo.

Deus age livremente, seu Espírito sopra onde e como quer. Distribui seus dons a quem bem quiser. Não se deixa prender pelos critérios humanos. Nós é que devemos nos adaptar aos seus desejos, e não o contrário, querendo ensinar a Deus como deve agir e o que deve fazer. Não raro somos tentados a submetê-lo ao nosso capricho.

“A perene tentação dos que crêem é a de sequestrar a Deus, monopolizá-lo para si, para seu uso e consumo, enquadrá-lo em suas certezas teológicas, exauri-lo em suas instituições eclesiásticas, esquecendo-se de que sua ação salvífica não se exaure entre as funções visíveis de sua Igreja e que sua graça transborda e chega até nós por muitos outros canais além dos sinais sacramentais tradicionais” (Missal dominical, Paulus).

Venha de onde vier, todo bem é sempre bem-vindo. Se vem de ambientes “profanos”, às vezes é mais visível do que se vem das comunidades cristãs. Quando isso acontece, pode haver a tentativa de camuflá-lo ou ignorá-lo. O Espírito de Deus está presente em todos os que o promovem, que contribuem para a construção de uma sociedade melhor, mais fraterna e solidária... Moisés exclama: “Oxalá todo povo fosse profeta”. Poderíamos completar: “e ajudasse na melhoria da sociedade”.

EVANGELHO Marcos 9,30-37
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37”Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”. – Palavra da salvação.