quarta-feira, 8 de setembro de 2010

MFC MACEIÓ: AMANHÃ TEM REUNIÃO DE COORDENADORES

A EQUIPE CIDADE do Movimento Familiar Cristão de Maceió e os COORDENADORES, TESOUREIROS, ORIENTADORES DE GRUPOS DE BASE E ASSESSORIAS, estarão reunidos nesta quinta-feira, 9 de setembro, a partir das 19 horas, no auditório da Sede do MFC (Rua Araújo Bivar, 580, Pajuçara – Rua do Estádio do CRB, prédio vizinho ao BPTran), para uma reunião com o objetivo de avaliar o desempenho do MFC e seus Grupos de Base, estabelecer metas e trocar informações referentes às atividades mefecistas no âmbito de Maceió.

A principal ação desenvolvida pelo MFC MACEIÓ é a intermediação, organização das ações e atividades dos Grupos de Base, sendo importante à troca de informações para que possa existir sucesso nas metas planejadas.

Se você é Coordenador, Tesoureiro ou Auxiliar de Grupo, não falte a sua presença é fundamental para que o Grupo tenha voz e voto nas decisões do MFC MACEIÓ.

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO – CORREIO BRASIL 241

Ressurge na Igreja o movimento pela justa distribuição de terras, contra a absurda concentração fundiária no Brasil, com propriedades rurais de origem duvidosa, nas dimensões de estados da federação. É oportuno recuperar a proposta deste santo bispo corajoso e profeta.

Um santo profeta de antigamente dizia que Deus criou o Universo
e o diabo inventou a propriedade. "A Terra é de Deus e Ele a dá a todos", repete o povo.


PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA
Dom Pedro Casaldáliga
Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia


Nos quatro primeiros séculos da Igreja cristã, muitas vozes proféticas condenaram o pecado do lucro, da acumulação, da absolutização da propriedade. Seguiam o exemplo de Jesus, tão explicito frente ao dinheiro e a acumulação. Ele nos ensinou que o Pai é "nosso" e que o pão deve ser "nosso". Ele próprio se faz partilha e comunhão.

Depois dessa primeira época, banhada em sangue mártir, a Igreja de Jesus tem cometido muitas alianças espúrias com o dinheiro e o poder. Lamentavelmente ela tem ajudado com palavras, com feitos e com estruturas, a fazer da propriedade um direito "sagrado". Também ela tem ajudado, muitas vezes, a condenar a propriedade absoluta e a reivindicar a hipoteca social que pesa sobre toda a propriedade.

A propriedade é um direito e também um dever. A propriedade capitalista, por definição, acumula e exclui, justifica a fome, a miséria, a depredação e o ecocídio, o armamentismo e as guerras...

Frente à propriedade absoluta, há tempo que vêm surgindo vozes e ações de protesto, de revolta, de propostas justas e alternativas. Concretamente no nosso Brasil (e em toda nossa América). Este Brasil, que poderia ser uma benção, ocupa o segundo lugar mundial na concentração da propriedade fundiária. É campeão em latifúndio e em desigualdade social.

Está na hora de condenar o latifúndio como uma iniquidade. Está na hora de fazer da reforma agrária uma realidade e não mais um sarcasmo de promessas e subterfúgios. Proclamamos, com indignação e com esperança, que é possível, necessário e urgente acabar com o latifúndio. Todo latifúndio é injusto. E só se fará justiça ao povo do campo com uma reforma agrária e agrícola de terra distribuída e estabelecidos os limites máximos de toda propriedade.

Estamos em campanha por um outro modelo para o campo brasileiro. Atualizaremos e radicalizaremos uma autêntica revolução no campo. Pelo Deus da vida e da Terra. Militantes e mártires, que vêm dando seu suor e seu sangue, nos comprometem e nos acompanham. Exigimos do Congresso e do Judiciário o cumprimento da Constituição que dispõe que "a propriedade atenderá sua função social".

Queremos fazer do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo um Fórum permanente e verdadeiramente nacional. E, concretizando nossa luta e reivindicação, assumimos, com a teimosia que for necessária, e em união com todas as forças vivas, a Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra.