terça-feira, 22 de março de 2011

28ª NUCLEAÇÃO: Quantidade de inscrições supera expectativas e MFC suspende o recebimento de novas indicações.

Rainey Marinho, coordenador da 28ª Nucleação
MFC MACEIÓ
O coordenador geral da 28ª NUCLEAÇÃO DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ, Rainey Marinho, agradeceu o apoio da família mefecista maceioense que intensificou os convites para que novos casais participassem da 28ª Nucleação, porta de entrada de novos irmãos no MFC.

A indicação de casais superou as expectativas da coordenação que se preparava para nuclear entre 30 e 35 casais e, até a manhã desta terça-feira (22), foram entregues 50 fichas de inscrição preenchidas e a indicação de outros 10 casais que ficaram de entregar as fichas preenchidas até o inicio desta quarta-feira (23), totalizando 60 casais.

A solução encontrada pela coordenação foi a suspensão do recebimento de novas fichas de inscrição, e, após uma triagem, selecionar os casais participantes pela ordem de chegada. As indicações já recebidas e que não participarem da 28ª Nucleação terão prioridades na próxima Nucleação que deve acontecer no segundo semestre deste ano.

“A vontade em dividir o presente que um dia recebeu, ao participar de uma Nucleação do MFC, foi a motivação principal para tantas indicações. Faremos o possível para nuclear o maior número possível de casais, infelizmente o espaço que dispomos para realizar a Nucleação não comporta um número maior de casais, e pedimos a compreensão de todos.” Concluiu Rainey Marinho.

REUNIÃO COM COORDENADORES DA 28ª NUCLEAÇÃO SERÁ NA QUINTA-FEIRA, DIA 24

A coordenação geral da 28ª NUCLEAÇAO DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO DE MACEIÓ informa que a reunião anteriormente marcada para o dia 23 (quarta-feira) com dirigentes e coordenadores das diversas Equipes de Trabalho, acontecerá na quinta-feira, dia 24, na Sede do MFC (Rua Araújo Bivar, 580, Pajuçara), a partir das 19h30min com a presença do Padre Manoel Henrique.

Nesta reunião, coordenadores e dirigentes definirão as providências necessárias para o ENCONTRÃO que acontecerá no domingo, dia 27, no Clube dos Funcionários da Cooperativa dos Usineiros, em Jaraguá (por trás do cemitério de Jaraguá), a partir das 8h30min e com termino previsto para as 13h30min.

CORREIO MFC BRASIL Nº 260

A PRAÇA
Helio Amorim
 Movimento Familiar Cristão
Rio de Janeiro - RJ

Os ditadores eternizados no poder pela repressão e torturas esqueceram de cercar as suas praças para impedir que o povo descobrisse essa arma poderosa. A praça foi usada, quase simultaneamente, na Tunísia, Egito, Líbia, Iêmen, Bahrein, Arábia Saudita, para derrubar ou fragilizar esses regimes odiosos de poder absoluto que desconhecem direitos humanos. O povo deve obedecer, calar, agradecer aos seus tiranos por estarem vivos e não irritá-los com reclamações de mal agradecidos.

Descoberto pelo povo o poderio da praça, ela foi invadida naqueles países, numa sucessão de manifestações atrevidas e imprevistas, surpreendendo seus algozes poderosos e bilionários, até então tranquilos em seus palácios, com suas contas bancárias protegidas em paraísos fiscais seguros. Na Jordânia, a praça derrubou ministros em poucos dias.

Os que ainda resistem nos seus tronos enfrentam a deserção de aliados de sempre, países ávidos de petróleo que os deixa cegos a violações dos direitos da população pelos donos das jazidas gordas. As deserções européias e norte-americanas de apoio interesseiro são espertas. Mas a Líbia tem a honra de receber uma frota americana ameaçadora nas suas águas mediterrâneas. Chegam os recados exigindo renúncia imediata do ditador. E no reino saudita não se mexe. O rei promete aumentar a produção do seu óleo negro para compensar o bloqueio ao óleo líbio que abastece parte do apetite europeu. Em ação inédita, o saudita envia forças militares para desocupar a praça invadida pelo povo revoltado no vizinho Bahrein, para evitar o contágio da irritação popular. Para acalmar o seu próprio quintal, o xeque saudita adota um curioso modelo de suborno coletivo. Manda distribuir cheques generosos a todas as famílias do seu reino. Não chega a arranhar a sua fortuna pessoal de tamanho incalculável. A praça fica vazia. O líbio imita esse interessante calmante, formam-se filas para receber dinheiro vivo, mas ainda sem resultado, no seu caso. Ainda há praça ocupada no leste do país por cidadãos que não aceitam a propina e permanecem os canhões incômodos no Mediterrâneo.

Esse abalo vigoroso nas estruturas de poder sem limites nessas regiões é agora obscurecido por outro abalo de proporções catastróficas no Japão. O terremoto de 9 pontos seguido de tsunami de dimensão sem precedentes, arrasa cidades, mata cerca de 10 mil adultos, idosos e crianças, muitas crianças, em poucas horas de horror. Também por lá a praça é importante, desta vez como refúgio de gente como a gente.

Todos os espaços estão cobertos de tendas armadas às pressas por governo prudente de país assolado periodicamente por esses destemperos da natureza. Mas agrega-se em seguida o terror nuclear.

Usinas se derretem em fogueiras assustadoras. A radioatividade se espalha com os ventos. São retirados todos os sobreviventes num raio de 30 quilômetros ao redor das usinas. A irradiação nuclear chega longe, em Tóquio as famílias são orientadas a ficar em casa com as janelas fechadas. Ruas vazias na trepidante capital. Revive-se a memória dos ataques criminosos em Hiroshima e Nagasaki, com 260 mil mortos e número incalculável de feridos para sempre pela irradiação.

Não ocorrem explosões como os cogumelos desse crime, mas a irradiação nuclear é estimada como 100 vezes mais potente que aquelas bombas.

Impressionam os rostos japoneses impassíveis, conformados pelo sofrimento nessas e outras antigas tragédias.

O mundo horrorizado volta sua atenção assustada para as suas próprias ameaças. A França tem 90 por cento de sua energia gerada por usinas nucleares, espalhadas por todo o país. Muitos outros países, sem alternativas aparentes, apelam para os átomos enlouquecidos em torres de concreto armado. A Ucrânia recorda a sua Chernobyl.

O Brasil... Bem, aqui chegamos. Temos dois reatores funcionando e um em construção em Angra dos Reis. Os moradores da cidade já devem estar inquietos. A defesa civil tenta acalmar a população mas confessa que as vias de fuga são sujeitas a deslizamentos de terra.

O ministro confrontado com a tragédia nipônica se apressa em confirmar a programação de dezenas de outras usinas espalhadas pelo país rico em águas, ventos e sol.

A tragédia de Fukushima deve levar o povo brasileiro à sua praça, como fez antes, desta vez não tendo ditadura ou corrupção a derrubar, mas para questionar a solução nuclear e brigar pela eólica, solar e biomassa como complemento da hidrelétrica.

Há tempo para reversão do taxativo anúncio ministerial. Pode ser preço demasiado elevado para manter o crescimento econômico do país que talvez não precise de átomos pouco confiáveis.