quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

AMOR E PAZ NO NATAL - Artigo de James Magalhães de Medeiros

AMOR E PAZ NO NATAL

James Magalhães de Medeiros
James Magalhães de Medeiros
Grupo Mãos Dadas - MFC Maceió

M
ais um dezembro em nossas vidas e tudo se repete. Mais um natal. Mais alegrias e tristezas em um mundo hostil e adverso às nossas boas pretensões. Para as criaturas de fé, sempre existirá uma esperança, pois foi o próprio Jesus que disse: “quando tudo parecer perdido e a esperança desaparecer, procure por Mim, estarei ao teu lado, embora não me vejas”. Assim acontece com os que tem fé, com os que amam, com os que tem esperança.

Pois é, vivemos em um mundo sem diálogo, sem amor, sem sorriso. Afinal, o que somos e onde estamos? Podemos afirmar que somos seres humanos, que somos família e que vivemos em sociedade. O que acontece é que vivemos tão desatentos em nosso caminhar, pensando muito mais no ter, e esquecendo do ser, que deixamos de construir o que é mais importante para a nossa convivência com a família, com as pessoas que estão próximas, com a sociedade como um todo.

Não podemos viver o natal, isto é, mais um natal, sem planejarmos mudanças que objetivem uma vida de amor e de paz. Sim, de amor, pois não se terá paz, senão através do amor, e quem ama educa e constrói um mundo de paz.

Não podemos esquecer que “A família existe no mundo e para o mundo. E é atenta às necessidades e prioridades deste mundo e desta sociedade que deve desenvolver sua identidade e suas prioridades formativas e ativas. A família não é um fim em si mesma, mas existe para que o mundo seja melhor e mais humano. ...” segundo nos ensina a teóloga Maria Clara Lucchetti Bingemer.

Ora, consequentemente um mundo melhor e mais humano fica a depender do que a família recebe de positivo e negativo do mundo externo e do que é capaz de construir no seu núcleo, na mesma proporção, com a visão de uma sociedade igualitária e humana. São muitos os desafios e podemos destacar a violência, em todas as suas formas, como sendo fatores de desagregação da instituição familiar. O pior de tudo é que só enxergamos a violência fora da nossa família, e muitas vezes ela está dentro da nossa casa, mas não somos capazes de ver ou de sentir, pois o protecionismo exacerbado esconde a realidade do presente, proporcionando sofrimento e amargura no futuro.

Nesses últimos dias li algo muito interessante, que gostaria de partilhar, pois traz uma mensagem muito forte sobre a criação de nossos filhos e que servirá de lição contra a violência, principalmente para os pais que desejam filhos heróis, sem passar pelo sabor da derrota. O escrito me chegou através de e-mail, e diz respeito a carta que Abraham Lincoln enviou para o professor de seu filho, da qual transcrevo dois trechos, apenas: “Ensine-o a perder, mas também a saber gozar a vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso. … Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. ...”

Desejo a todas as famílias um feliz natal, com muito amor e muita paz.