Arcebispo Emérito de Maceió
A 22 de janeiro, o calendário salesiano assinala a memória litúrgica da beata Laura Vicuña, uma jovenzinha aluna das Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas) morta em Junin de los Andes, com menos de 13 anos de idade, na região da Cordilheira argentina. Que extraordinário houve numa vida tão curta e tão simples, de aluna do curso fundamental?
Laura nasceu em Santiago do Chile, de pai militar e político, José Domingo Vicuña, envolvido por laços de família nas lutas de sucessão. Vindo a falecer, talvez até assassinado, a mãe de Laura, Mercedes, temerosa do nome que portava, resolveu fugir do Chile com suas duas filhas e, atravessando a Cordilheira, foi morar em Junìn de los Andes, na Argentina. Aí encontrou um fazendeiro rico, Manuel Mora, que assumiu a educação das duas meninas, contanto que Mercedes vivesse como sua mulher.
Foi quando Laurinha começou a receber primorosa educação das Irmãs Salesianas como interna no colégio. Certa vez, de férias em casa, numa festa no rancho, Laura recebeu um convite arrogante do Manuel Mora, para dançar com ele. Laura recusou-se terminantemente e ele, que não sabia o que era receber negativa a uma ordem sua, ameaçou marcar Laura com o ferro com que marcava o gado e, algumas vezes, também os empregados, que desobedeciam a alguma ordem sua. Diante do protesto geral, o arrogante fazendeiro recuou por aquela vez., mas a partir daí, fez ainda duas tentativas de abusar sexualmente de Laura, que nesta altura tinha extraordinária beleza.
Logo que voltou ao colégio, a angélica menina começou a preparar-se para fazer a Primeira Comunhão. Foi aí que aprendeu que é pecado viver maritalmente com alguém, sem o sacramento do matrimônio e logo pensou na situação de sua mãe.
Resolveu, então, oferecer sua vida a Jesus para a santificação da mamãe. Caiu gravemente enferma e, enquanto Mercedes procurava consolá-la, ela lhe revelou: “Mamãe, eu não vou ficar boa. Ofereci minha vida a Jesus para que a senhora deixe a vida irregular que tem com esse homem e passe a viver como boa cristã”. Mercedes entre lágrimas soluçou: “Farei o que me pedes. Juro-te diante de Deus”. Laurinha replicou: “Graças, Jesus! Graças, Maria! Adeus, mamãe. Agora morro feliz”.
A santa menina foi para o Paraíso no dia 22 de janeiro de 1904, com menos de 13 anos, nascida que fora a 5 de abril de 1891. Ante o heroísmo da filha, Mercedes criou coragem e fugiu da companhia daquele homem, atravessou outra vez os Andes e voltou para o Chile, onde encontrou um matrimônio digno e feliz. Laura Vicuña foi beatificada a 3 de setembro de 1988 pelo Papa João Paulo II, na colina natal de Dom Bosco, chamada desde então “a colina das bem-aventuranças juvenis”.
Laurinha foi declarada no Chile “padroeira das vítimas de abusos sexuais em família”. Sob o título “Vergonha brasileira”, informa a revista Istoé, entre outros dados, que “de cada 100 brasileiras, pelo menos 25 foram ou são vítimas de violência doméstica. Tal violência é a maior causa de morte e invalidez de mulheres na faixa dos 16 aos 44 anos”, diz a revista.
Laura nasceu em Santiago do Chile, de pai militar e político, José Domingo Vicuña, envolvido por laços de família nas lutas de sucessão. Vindo a falecer, talvez até assassinado, a mãe de Laura, Mercedes, temerosa do nome que portava, resolveu fugir do Chile com suas duas filhas e, atravessando a Cordilheira, foi morar em Junìn de los Andes, na Argentina. Aí encontrou um fazendeiro rico, Manuel Mora, que assumiu a educação das duas meninas, contanto que Mercedes vivesse como sua mulher.
Foi quando Laurinha começou a receber primorosa educação das Irmãs Salesianas como interna no colégio. Certa vez, de férias em casa, numa festa no rancho, Laura recebeu um convite arrogante do Manuel Mora, para dançar com ele. Laura recusou-se terminantemente e ele, que não sabia o que era receber negativa a uma ordem sua, ameaçou marcar Laura com o ferro com que marcava o gado e, algumas vezes, também os empregados, que desobedeciam a alguma ordem sua. Diante do protesto geral, o arrogante fazendeiro recuou por aquela vez., mas a partir daí, fez ainda duas tentativas de abusar sexualmente de Laura, que nesta altura tinha extraordinária beleza.
Logo que voltou ao colégio, a angélica menina começou a preparar-se para fazer a Primeira Comunhão. Foi aí que aprendeu que é pecado viver maritalmente com alguém, sem o sacramento do matrimônio e logo pensou na situação de sua mãe.
Resolveu, então, oferecer sua vida a Jesus para a santificação da mamãe. Caiu gravemente enferma e, enquanto Mercedes procurava consolá-la, ela lhe revelou: “Mamãe, eu não vou ficar boa. Ofereci minha vida a Jesus para que a senhora deixe a vida irregular que tem com esse homem e passe a viver como boa cristã”. Mercedes entre lágrimas soluçou: “Farei o que me pedes. Juro-te diante de Deus”. Laurinha replicou: “Graças, Jesus! Graças, Maria! Adeus, mamãe. Agora morro feliz”.
A santa menina foi para o Paraíso no dia 22 de janeiro de 1904, com menos de 13 anos, nascida que fora a 5 de abril de 1891. Ante o heroísmo da filha, Mercedes criou coragem e fugiu da companhia daquele homem, atravessou outra vez os Andes e voltou para o Chile, onde encontrou um matrimônio digno e feliz. Laura Vicuña foi beatificada a 3 de setembro de 1988 pelo Papa João Paulo II, na colina natal de Dom Bosco, chamada desde então “a colina das bem-aventuranças juvenis”.
Laurinha foi declarada no Chile “padroeira das vítimas de abusos sexuais em família”. Sob o título “Vergonha brasileira”, informa a revista Istoé, entre outros dados, que “de cada 100 brasileiras, pelo menos 25 foram ou são vítimas de violência doméstica. Tal violência é a maior causa de morte e invalidez de mulheres na faixa dos 16 aos 44 anos”, diz a revista.