quarta-feira, 2 de novembro de 2011

PORQUE REZAR PELOS MORTOS?

PORQUE REZAR PELOS MORTOS?
"Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que através do fogo” (¹Cor 3,13-15).

Seminarista Ginaldo Alves Pereira
Seminarista Ginaldo Alves Pereira
Diocese de Palmeira dos Índios - AL
A oração pelos fiéis defuntos é um dos assuntos mais complicados de se tratar no âmbito da fé. Ele é motivo de muitas discussões, principalmente entre Católicos e evangélicos. Por isso é preciso esclarecer este assunto através de um estudo fiel das Sagradas Escrituras e da Tradição da Igreja, pois, estes são os pilares da Fé Católica.

Muitas pessoas, pouco instruídas na fé Católica, se questionam: porque rezar pelos mortos? Será se a Bíblia, de fato, fala nisso? Se ela fala, porque nunca vi? Bom, muitos são os fatores que ocasionam tais dúvidas e é preciso tratar cada um cuidadosamente.

Um primeiro fator é a visão pobre do mistério que envolve a Igreja, especialmente o da morte. Pois, quando se fala em Igreja as pessoas, até mesmo os Católicos mais ativos, pensam logo nos fiéis vivos que frequentam as matrizes e capelas; entretanto, essa é apenas uma dimensão da mesma, a qual leva o nome de Igreja Militante. Todavia há duas dimensões que forma uma só Igreja com esta: a Igreja Padecente e a Celeste.

A Igreja Celeste é formada por Deus – O Pai, o Filho e o Espírito Santo – e todos os anjos e santos que participam de sua Glória. Já a Igreja Padecente, que é a que envolve diretamente o assunto tratado, é formada por todos os Cristãos que morreram na Fé e encontram-se num estágio de purificação, chamado purgatório. Como muitos não têm conhecimento sobre isso, eles desconhecem que a Igreja Militante caminha unida com a Padecente, e tem a obrigação de invocar a Compaixão Divina sobre os irmãos que sofrem no purgatório.

Outro fator importante nesse assunto é a discursão que envolve as Sagradas Escrituras. Alguns Livros como Macabeus I, II e o de Tobias, que tratam explicitamente sobre este assunto, por questões de tradições, não são aceitos pelos Judeus, e por isso, também não são pelos Evangélicos; isso é um dos motivos que os deixam alienados ao culto dos fiéis defuntos.

Ademais, o Novo Testamento oferece várias evidências da oração pelos mortos e do purgatório, como se vê em ²Timóteo 1,16-18, onde São Paulo ora por Onesíforo, que já havia falecido. Ou, ainda, quando ele escreve aos Coríntios: “A obra de cada um será posta em evidência. O dia a tornará conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale cada um. Aquele, porém, cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que através do fogo” (¹Cor 3,13-15).

Já na história da Igreja a mais antiga menção à prática de orações pelos mortos nas cerimônias públicas dos cristãos encontra-se em Tertuliano (211 d.C.), a mesma é reafirmada nos Concílios de Trento e do Vaticano II.

Portanto, fica claro que a Igreja Padecente existe e está intimamente ligada com a terrestre que ora por estes que se encontram no purgatório. Nesse estágio os Cristãos mortos conscientes de que participarão da Glória que se manifestará nos últimos dias, vivem esse momento de sofrimento numa intensa aflição esperando a hora do alívio. Por isso, a Igreja militante reza por estes irmãos para que o Senhor os auxilie e conforte com seu amor afim de que participem da Glória Celeste; Como bem enfatiza o comentário de Dom Estevão Bettencourt: O Purgatório é, sim, um estado no qual a alma repudia radicalmente os resquícios de pecado que nele existam. Com outras palavras: pedimos a Deus que o amor a Deus existente em tal alma se fortaleça para extinguir qualquer amor desregrado.

O CIÚME PATOLÓGICO - Artigo de Suzy Maurício

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O CIÚME PATOLÓGICO
  
No ciúme patológico, a relação a dois é construída na base do sentimento POSSE do outro, cujo amor do parceiro(a) é constantemente questionado e colocado em dúvida.

A desconfiança e o medo de vir a ser traído corrói os sentidos do ciumento que passa a enxergar as situações de modo distorcido, ruminando possibilidades, fantasias e idéias – delirantes – de uma situação de traição, na maioria das vezes, irreal. Muitos vasculham a intimidade do outro, na tentativa de assegurar ou acabar com a dúvida torturante.

Dá-se início a caçada por vestígios que levem a uma constatação de infidelidade que julga ser real. Muitos tornam tais verificações habituais, então, dia após dia investigam o celular de seus pares (para ver se há um torpedo comprometedor), ouvem os telefonemas, vasculham as roupas, bolsos (cheirando, buscando novas fragrâncias, manchas… incluindo as peças íntimas), as mídias sociais (contatos novos, recados trocados), a carteira, a agenda, o carro, até a casa do parceiro(a) é alvo de investigação. Amigos(as) são sondados constantemente, na tentativa de que forneçam pistas, contradições, mentiras, etc. Ir ao trabalho de surpresa, chegar mais cedo do trabalho, contratar detetives particulares, são algumas das atitudes daquele que carrega um ciúme patológico.

Sim, eles têm a consciência do absurdo de algumas atitudes, mas a dúvida é maior que a perplexidade de suas ações e sentimento de vergonha por seus atos. Tornam-se, portanto, inquisidores. O companheiro(a) tem de explicar, minuciosamente, todos os seus passos cotidianos. Questionamentos repetidos, no mesmo assunto, para testar se é verdadeiro o que foi dito anteriormente.

Até a forma de olhar, beijar, abraçar, amar, são verificadas, medidas, questionadas. O ciumento patológico é extremamente sensível à mudanças de comportamento do seu amado, que fugindo do habitual, logo acusa que há uma terceira pessoa na relação. A hipótese do amado(a) estar cansado, com problemas pessoais ou profissionais sequer é cogitada. São possessivos e egoístas. O medo e a ameaça da perda são sentidos de modo irracional.

Estes ciumentos experienciam emoções diferenciadas e conturbadas, que podem estar relacionadas a transtornos mentais onde o ciúme patológico represente um dos seus sintomas. No alcoolismo, o conhecido delírio de ciúmes do bebedor é um exemplo disso. O ciumento alimenta uma ansiedade sufocante, fruto de sua insegurança. Intimamente, sofre com isso, sente raiva, vergonha, culpa, e chega a prometer ao outro que jamais acontecerá novamente, promessas não cumpridas em maioria.

O ciúme patológico é um transtorno afetivo grave e seu portador(a) precisará de ajuda para controlar a agressividade e impulsividade de seus atos. Este ciúme causa danos e riscos à pessoa e aos outros, objetos de seus ciúmes. A relação com os ciumentos patológicos é de muita tensão, apreensão e angústia.

É importante buscar ajuda de um médico psiquiatra onde se possa avaliar a psicopatologia do ciúme (causa do sintoma), sua racionalidade, se há prejuízo na vida diária (familiar, social, trabalho), se coexiste com algum diagnóstico psiquiátrico e sua prevalência. A psicologia (terapia) complementa este cuidado ao portador do ciúme patológico, aquele que ultrapassa a fronteira da normalidade.

Fonte: http://suzymauricio.blogsdagazetaweb.com