“CRISTO REI,
AQUELE QUE É,
QUE ERA E
QUE VEM!”
Diante de poderes opressivos, Jesus nos revela: “Meu reino não é deste
mundo”. Qual mundo? O mundo gerador de violência, divisão, perseguição, mentira
e morte. No Reino de Jesus a vida é partilhada! Atentos, escutemos a Palavra
reveladora do poder e da glória de um Deus que é, que era e que vem, para que
seu reinado de amor esteja em nós.
JESUS
CRISTO, REI DO UNIVERSO
1ª Leitura: Dn 7,13-14
Salmo Responsório: 92
2ª Leitura: Ap 1,5-8
Evangelho: Jo 18,33b-37
EVANGELHO
JOÃO
18,33b-37
Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei
dos judeus?”
34Jesus respondeu: “Estás dizendo
isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?”
35Pilatos falou: “Por acaso sou
judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
36Jesus respondeu: “O meu reino não
é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para
que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
37Pilatos disse a Jesus: “Então tu
és rei?”
Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu
sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
— Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
HOMILIA
Diácono
Miguel A. Teodoro
Teologia Fé
e Vida
Chegamos com a solenidade de
JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO, que celebramos hoje, ao encerramento do ano
litúrgico B, dedicado à reflexão do Evangelho de Marcos.
A festa de hoje tem um sentido eminentemente
militante: o Reino de Cristo na Terra. A Liturgia realça o caráter
transcendente e escatológico do reinado e Senhorio de Cristo, que encarna ao
mesmo tempo, diante de Pilatos, a figura de Rei que está prestes a morrer na
cruz pela remissão de todos os pecados da humanidade.
A Festa de Nosso Senhor Jesus
Cristo REI DO UNIVERSO foi instituída no Ano Santo de 1925, pelo Papa Pio XI,
em comemoração aos 16º centenário de proclamação conciliar do Dogma da
Consubstancialidade de Jesus Cristo ao Pai, ou seja, que Ele é consubstancial
ao Pai, verdade legada pelo Concílio de Nicéia.
Portanto, a festa deste domingo
nos leva a refletir sobre a convergência para Jesus Cristo. A convergência de
todas as criaturas da terra e do céu, ainda que seja preciso ter presente que
esta convergência é fruto de uma intensa atividade das criaturas, como as
“obras de misericórdia”. Jesus é: “Aquele que é, que era e que vem, o
todo-poderoso”.
Pergunta-se: Qual é o reino de
Jesus Cristo? Poderíamos imaginá-lo sob
a forma de um reino terreno, onde os valores como riqueza e poder são os
critérios de julgamento? Certamente que
não.
Respondendo a Pilatos, bem como,
a todos nós, Jesus vai afirmar, conforme João 18, 36: “o meu reino não é deste
mundo”. Sim, não pode ser deste mundo um
reino que prefere o pobre, o excluído, o cativo. Não pode ser deste mundo o reino onde a
justiça é instalada permanentemente, onde o amor ao próximo é a medida de
julgamento, onde todos são iguais e merecem as mesmas oportunidades. Por isso o confronto de nossa humanidade com
a proposta de Jesus.
Instalar um reino nesses moldes
entre nós ainda é um desafio. É
desafiador reconhecer Jesus Cristo naquele mais pobre, mais necessitado,
naquele que cheira mal ou que nos interpela por justiça. É desafiador pensar em um reino onde todos
possam ser iguais, onde o que prevaleça seja o poder de serviço e não o poder
autoritário que esmaga o outro.
Saberemos um dia viver
assim? Seremos capazes de assumir esta
proposta em toda a sua radicalidade?
Seremos, nós, ativos construtores dessa nova ordem? Este é o convite que a festa de Cristo Rei
nos faz. Que saibamos responder
afirmativamente a ele. Que possamos
reconhecer em Jesus Cristo o convite à implementação de um novo reino e que
sejamos seguidores fiéis de um rei de amor e de bondade.
Importante frisar que, sendo
Jesus Cristo o Rei do Universo, todos nós somos convidados a participar deste
Reinado. Mas como? Como leigos e leigas, como ministros instituídos e ministros
ordenados, devemos ser presença e fermento de transformação da sociedade.
Fazendo isso, poderemos aspirar
ao céu e procurar preparar e alcançar esta realidade, mas, para tanto, devemos
relembrar que devemos estar atentos aos sinais dos tempos, que nos mostram a
presença e a ação do Filho de Deus, conforme fomos orientados no domingo
anterior.
Viver, segundo a Liturgia de
hoje, é assumir a causa dos que mais precisam. Deus mesmo fez assim e este é o
critério da participação garantida no senhorio de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pois se somos “imitadores” dEle é provável que, desde já, teremos forças para
chegarmos a uma eternidade com Ele.
ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes
restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei que
todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos
glorifiquem eternamente. Amém!
LEMBRE-SE:
“SE NÃO
PARTICIPARMOS DA MISSA, DE NADA VALE NOSSO ESFORÇO SEMANAL.”
Editado por MFC ALAGOAS