Reinaldo Gonçalves
Membro do MFC/AP
Coordenador CONDIR/NO
Até a poucos anos havia uma idéia generalizada de que a política “era coisa suja”, só de políticos e que estes se elegiam para defender seus interesses; política tinha um sentido pejorativo de “politicagem”, de mordomias, empreguismo, de corrupção.
Muitas pessoas de bem, muitos cristãos, diziam que não queriam nada com a política porque o envolvimento na política era para interesseiros e corruptos.
Infelizmente, estes conceitos levaram muita gente boa a se omitir e, de fato, a deixar a política entregue a um reduzido grupo que se perpetua no Poder, dividindo cargos e vantagens.
Política é tão necessária à organização da sociedade como o ar que respiramos; como queremos um ar puro, lutamos contra a poluição ambiental. Assim, devemos lutar para que a política, também, não fique poluída nas mãos dos maus políticos, mas que sirva a realização do bem-comum.
Política verdadeira é todo o trabalho que se faz em favor da comunidade; é a busca permanente de soluções para os problemas e às dificuldades dos cidadãos; este trabalho, esta busca começa pela escolha dos governantes, dos representantes do povo.
Na democracia se garante a liberdade, a pluralidade de idéias, a ampla participação, formando-se, assim, os diversos grupos – partidos – como suas propostas e alternativas; são os partidos que indicam os candidatos para o povo escolher e é através dos Partidos que se articulam as candidaturas, as alianças, os planos de governo, etc.
João Paulo II, ao falar sobre Vocação e Missão dos Leigos, lembra que “os fiéis cristãos não podem absolutamente abdicar da participação na ‘política’, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem-comum... em favor da pessoa e da sociedade, visando à defesa e a promoção da justiça... no exercício do poder político fundamentado no espírito do serviço... buscando o verdadeiro progresso humano que é a solidariedade: esta pede a participação ativa e responsável de todos”.
A primeira participação se dá no voto consciente e responsável, na crítica, no apoio, no acompanhamento de toda a ação política; outra forma de participação – necessária e importante – é a militância partidária, o engajamento direto, participando dos governos ou parlamentos ou candidatando-se a cargos eletivos.
Portanto a participação política é uma das formas mais nobres de compromisso a serviço dos outros e do bem-comum. Pense nisso!
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