ENCONTRANDO A VIDA
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Era difícil aos discípulos aceitar o fato de Jesus ter de sofrer. Até hoje ficamos consternados ao pensar como foi possível o próprio Filho de Deus ter sofrido até a crucifixão.
Mas Jesus é o Mestre e ensina que só encontra sentido para a existência quem se desgasta por causa dele em favor dos irmãos. Pedro não compreende isso e quer afastar o sofrimento do caminho de Jesus. Recebe deste, em outras palavras, a dura advertência: “Eu aqui sou o Mestre, e você é o seguidor; ponha-se, portanto, no meu seguimento e não queira estar adiante, sendo meu mestre ou adversário”.
Um dos grandes enganos do cristianismo, ao longo destes dois milênios, é ter transformado a cruz de Jesus de consequência em princípio. Jesus foi parar na cruz como resultado de toda uma vida doada em favor dos outros. Ele perdoou, libertou, trouxe à dignidade e à vida todos os que encontrou. Incomodou os acomodados, questionou os poderosos. Foi condenado como criminoso político, tendo passado pelo julgamento das autoridades judaicas e romanas. Assumiu o sofrimento na própria vida como consequência de suas ações em favor da humanidade.
Quando a cruz se transforma em princípio para a vida cristã, no entanto, a cruz de Jesus é traída. A cruz como princípio se torna facilmente dissociada da vida, levando a um espiritualismo vazio que nada transforma e pode chegar ao masoquismo. Porque Deus não quer o sofrimento, e muito menos quer sofredores sem causa.
Quando Jesus nos convida a segui-lo, não promete um mar de rosas, mas recorda nosso condicionamento humano. Sofremos tanto fazendo o bem quanto fazendo o mal. A questão, portanto, não é o sofrimento em si, mas em favor do que e de quem estamos sofrendo, gastando nossa vida. O único bem que temos é a vida, presente de Deus, e somente a encontraremos à medida que a entregarmos em favor dos irmãos, pela mesma causa de Jesus.
EVANGELHO Marcos 7,31-37
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer “abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Era difícil aos discípulos aceitar o fato de Jesus ter de sofrer. Até hoje ficamos consternados ao pensar como foi possível o próprio Filho de Deus ter sofrido até a crucifixão.
Mas Jesus é o Mestre e ensina que só encontra sentido para a existência quem se desgasta por causa dele em favor dos irmãos. Pedro não compreende isso e quer afastar o sofrimento do caminho de Jesus. Recebe deste, em outras palavras, a dura advertência: “Eu aqui sou o Mestre, e você é o seguidor; ponha-se, portanto, no meu seguimento e não queira estar adiante, sendo meu mestre ou adversário”.
Um dos grandes enganos do cristianismo, ao longo destes dois milênios, é ter transformado a cruz de Jesus de consequência em princípio. Jesus foi parar na cruz como resultado de toda uma vida doada em favor dos outros. Ele perdoou, libertou, trouxe à dignidade e à vida todos os que encontrou. Incomodou os acomodados, questionou os poderosos. Foi condenado como criminoso político, tendo passado pelo julgamento das autoridades judaicas e romanas. Assumiu o sofrimento na própria vida como consequência de suas ações em favor da humanidade.
Quando a cruz se transforma em princípio para a vida cristã, no entanto, a cruz de Jesus é traída. A cruz como princípio se torna facilmente dissociada da vida, levando a um espiritualismo vazio que nada transforma e pode chegar ao masoquismo. Porque Deus não quer o sofrimento, e muito menos quer sofredores sem causa.
Quando Jesus nos convida a segui-lo, não promete um mar de rosas, mas recorda nosso condicionamento humano. Sofremos tanto fazendo o bem quanto fazendo o mal. A questão, portanto, não é o sofrimento em si, mas em favor do que e de quem estamos sofrendo, gastando nossa vida. O único bem que temos é a vida, presente de Deus, e somente a encontraremos à medida que a entregarmos em favor dos irmãos, pela mesma causa de Jesus.
EVANGELHO Marcos 7,31-37
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer “abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”. – Palavra da salvação.
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