quinta-feira, 22 de outubro de 2009



AINDA SOBRE PRIORIDADES

Já escrevi recentemente sobre essa questão de preferências e prioridades. No entanto, todas as vezes que viajo fico refletindo sobre essas ocorrências. Em abril de 2010 eu passo a gozar das duas condições, pelo menos quando estiver viajando. Completo 60 anos (terei preferência), e como acumulo muitos pontos, também conservarei minha prioridade na hora de embarcar. Caso considerasse a situação de meus joelhos, já teria até três prioridades – risos.

O problema é que o país está envelhecendo. A estimativa de vida em todo o mundo vai crescendo, e há projeções de que em 2025 o homem possa viver o que já era esperado por cálculos feitos nos mamíferos (desde o rato da cana, até a baleia), na faixa de 114 anos. Nesse caso, teremos filas maiores para prioridades que para não prioridades. Nos embarques sobrarão alguns jovens para o final.

Nas outras situações como bancos, supermercados, as filas de prioridades passarão a ser maiores que as outras. Aliás, isso já vem acontecendo. Recentemente estava numa fila normal (bronzeado e de bermudas), e tive que ceder o meu lugar (não satisfeito) para um fogoso “velhinho”, porque a fila reservada a atendimentos prioritários estava com forte demanda.

Para mim será mais fácil abordar este tema no próximo ano, porque estarei emitindo uma opinião, estando situado do outro lado do problema. Não desejo nem falar de outras situações que são as vividas por enormes famílias, em cujo grupo tenha uma criança. A prioridade estabelece crianças de colo, mas assistimos crianças de todas as idades, até pré-adolescentes, sendo utilizadas como pretexto para facilitar o ingresso de um enorme contingente.

Na entrada das aeronaves até que o problema é de pequena monta. Quase sempre os prioritários e os preferenciais são rápidos, e como todos têm assentos marcados, entrar antes causa pouca ou nenhuma diferença. O problema é na saída, quando a aeronave chega ao destino. As mesmas pessoas que utilizaram da vantagem atrapalham o desembarque pela falta de agilidade, e muitas vezes pelo excesso de bagagens de mão trazidas para o interior dos aviões.

Gostaria de fazer, para esses casos, uma sugestão. Seria a da prioridade inversa. As pessoas com dificuldades, e as mais idosas, deveriam ser as últimas a desembarcar. Não atrapalhariam todo o contexto, encurtando o tempo perdido pelos viajantes. Como essas pessoas geralmente são aposentadas e estão viajando em férias, poderiam esperar um pouco mais para realizar o desembarque.

Seria oferecido o que determina a lei: “prioridade de embarque”. E ao desembarcarem seriam “beneficiadas” com a prioridade inversa. Ou seja, os primeiros serão os últimos e os últimos os primeiros (pelo menos a desembarcar).

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