domingo, 7 de março de 2010

3º DOMINGO DA QUARESMA


CONVERSÃO SIGNIFICA PRODUZIR FRUTOS
Pe. Nilo Luza, ssp

Jesus se serve de dois fatos (algumas mortes numa revolta contra os romanos e o desmoronamento de uma torre, com vítimas fatais) para proclamar a necessidade de conversão. Os que morreram nesses dois episódios trágicos não podem, segundo Jesus, ser vistos como mais pecadores que os sobreviventes. Portanto, as desgraças e as catástrofes não podem ser vistas como castigo divino, mas, sim, como alerta e apelo à conversão. Não há, necessariamente, relação entre pecado e desgraças que acontecem na vida da pessoa ou da sociedade.

A parábola seguinte mostra o que é conversão na ótica de Jesus. A função da figueira é produzir figos no tempo certo; a da laranjeira, laranjas; e assim por diante. O homem também tem a tarefa de produzir frutos. Nenhum ser humano deve passar em branco na vida. Portanto, conversão não é apenas uma atitude intelectiva de adesão a alguém ou a alguma ideia, mas é ação, é crescimento no amor, na generosidade, na justiça.

Muitos se vangloriam por não fazer mal a ninguém – o que já é muito bom; porém é preciso fazer algo positivo em favor de si e dos outros. Todo o mundo deve deixar o mal de lado, mas o cristão, de modo especial, é convidado a ir além, deixar sua marca positiva na comunidade e na sociedade. Ele deve produzir bons e abundantes frutos para o reino de Deus. Não pode passar a vida inteira estéril.

É verdade que Deus é tolerante e paciente (“deixa mais um ano”) – é do seu feitio dar novas oportunidades; ele é bondoso e compassivo, diz o salmista. Mas um dia pode chegar o momento de sermos cobrados. Conversão é mudança de mentalidade e de vida, o que deve ocorrer dia a dia; é processo contínuo que nos leva a assimilar os critérios de Jesus e seu estilo de vida e nos torna cada vez mais autênticos discípulos de Cristo.

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