segunda-feira, 26 de abril de 2010

O AMOR MISERICORDIOSO

MONS. PEDRO TEIXEIRA CAVALCANTE
Doutor em Teologia



Foi no dia 9 de junho de 1895. Santa Teresinha estava na missa da festa da Santíssima Trindade quando, de repente, teve uma maravilhosa inspiração. O Espírito Santo lhe soprou que era bom, importante, salutar, consagrar-se ao Amor Misericordioso de Deus.

Na verdade, a Santa compreendeu profundamente “quanto Jesus deseja ser amado”. Justamente porque Deus é amor, Jesus é o amor personificado do Pai e tudo o que deseja das suas criaturas é o amor. Assim, toda a lei e os profetas se resumem no amor.

Nos tempos de santa Teresinha, algumas pessoas começaram a se consagrar à justiça divina, “a fim de desviar e atrair sobre si os castigos reservados aos culpados”. Essa idéia foi levada ao Carmelo de Lisieux, onde morava nossa Santa, mas, ela, ao saber do fato, não sentiu atração por essa espécie de consagração. Antes, voltando-se na direção do amor, raciocinou: “Ó meu Deus, bradei no fundo do coração, haverá só vossa justiça para receber almas que se imolem como vítimas? Será que também vosso amor misericordioso não precisa delas?... Parece-me que, se encontrardes almas que se ofereçam como vítimas de holocausto a vosso amor, Vós as consumiríeis rapidamente. Parece-me que vos daríeis por feliz de não comprimir as ondas de infinitas ternuras que em Vós existem. Se vossa justiça, que só abrange a terra, tende a desobrigar-se, quanto mais não deseja vosso amor misericordioso abrasar as almas, porque vossa misericórdia sobre até aos céus. Ó meu Jesus, seja eu a ditosa vítima!” (MA,84r)

Santa Teresinha, empolgada por essa revelação, tendo recebido licença da sua superiora, consagrou-se feliz como vítima de holocausto ao Amor de Deus e logo começou a arrebanhar outras pessoas para fazerem o mesmo.

Composto o texto do ato de consagração, ele se espalhou pelo mundo e, hoje, milhões de pessoas já se consagraram a esse amor misericordioso, que não se cansa de infundir ondas inefáveis de ternura.

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/gazetadealagoas/texto_completo.php?cod=163795&ass=48&data=2010-04-25

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