Poucas semanas depois de nascer, os passarinhos já estão voando, os patinhos nadam e os gatinhos vão caçar. Quinze minutos depois de ter saído para a luz, uma lhama já fica em pé e começa a andar atrás da mãe pela cordilheira acima. Não precisam aprender a andar, a voar, a nadar, a caçar. Pelo simples fato de existirem, já dispõem de todos os recursos necessários para se defender e sobreviver. A gente poderia dizer que todas as técnicas são elaboradas nas entranhas de seu organismo: já vêm com elas aprendidas, sem precisar de treinamento. É a equipagem instintiva, que os conduz com segurança pelos caminhos da sobrevivência.
Não acontece isso com o homem. Quando nasce, a criança é o ser mais desvalido da criação. Tem que aprender tudo, e não precisamente por força de uma inspiração interior. Os outros é que têm que ensinar: primeiro a andar, depois a falar, mais tarde a pensar e a se educar.
Aprende a usar a inteligência em vez do instinto; com a particularidade que o instinto funciona espontaneamente, quase mecanicamente, enquanto que o uso da inteligência pressupõe risco porque obriga o homem a realizar um complexo processo de análise, comparação, exclusão, opção... que envolve grandes incertezas e emergências imprevisíveis. É por aí que o homem recebe uma visita descortês que, como uma sombra, não vai sair mais do seu lado: a ansiedade.
A aprendizagem da arte de viver não acaba quando uma pessoa chega à maioridade, ou quando tira um diploma universitário para exercer uma profissão e ser autônoma. Porque viver não consiste em ganhar o pão de cada dia ou formar um lar. Que é que o homem consegue por ter garantido uma sólida situação econômica ou por ter educado uma bela família, se seu coração continua agonizado em tristeza mortal?
Viver é a arte de ser feliz. Ser feliz é libertar-se, em grau maior ou menor, daquela ansiedade que, de qualquer jeito, vai seguir teimosamente os passos humanos até a fronteira final.
A arte de viver consistirá, portanto, em uma progressiva superação do sofrimento humano e, por esse caminho, em uma paulatina conquista da tranqüilidade da mente, da serenidade dos nervos e da paz da alma.
Mas não se pense que o homem pode conseguir essa serenidade por um passe de mágica ou como presente de Natal. Se para obter um título universitário ou montar uma próspera empresa o homem precisou de muitos anos de esforço, trabalhando dia e noite, com disciplina férrea, método e principalmente com tenacidade a toda prova e até heróica, ninguém sonhe em vencer a ansiedade ou em ganhar a batalha do sofrimento, chegando assim ao ansiado descanso da mente, só com algum trabalho esporádico ou superficial.
QUESTÕES:
1.Cite um exemplo de falta de paciência.
2.Quando e como superar a falta de paciência?
3.O treinamento pode ajudar?
4.Qual a prioridade fundamental da sua vida?
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