segunda-feira, 24 de maio de 2010


VIVA A ANTIGA ORDEM MUNDIAL

Ontem estava conversando com alguns colegas de trabalho sobre a durabilidade das coisas no mundo de hoje. Televisões quebram mais rápido, geladeiras resfriam menos com o passar dos anos. Liquidificadores, nem é bom falar, são completamente descartáveis. Você procura consertar e o preço do conserto junto com o da peça nova rivalizam com a compra de um novo. Nossa sociedade hoje cultiva o descartável: carros, eletrodomésticos, roupas. Não é diferente com relacionamentos, amizades, amores, tudo está incluído no rol dos descartáveis.

Tornou-se extremante fácil migrar de um amigo para outro. Ao primeiro sinal de corrosão na amizade as pessoas vão embora sem sequer deixar para trás um aceno de mão, um abraço. Apenas seguem seu caminho. Trocam até de religião de acordo com a necessidade.
Buscam o Deus pronto-socorro, quando não procuram outros deuses. As dificuldades cotidianas apertam, começam a procurar o caminho mais fácil.

As convicções ficaram frágeis e às vezes quase inexistentes. Dizia um dos colegas na conversa:

- O homem tem que se adequar à modernidade, essa é a nova ordem mundial.

Amigos, se a nova ordem mundial baseia-se nessa premissa, ela não me convém. Devemos nos entregar de corpo e alma à elevada tarefa de solidificar o amor e a religião em nossas casas. O bom pai e a boa mãe devem sem temor demonstrar, entre eles e seus filhos, a força do laço que os une, solidificando esse elo com a presença incontestável de Deus no seu Lar.

Relacionamentos não envelhecem nem desgastam. Eletrodomésticos sim. Pois, só envelhece quem já nasce pronto. Amar o outro requer ajustes. Exige doação, partilha e entrega. Uma busca diária pela evolução do bem viver.

O que dizer de um amor exercitado durante vinte cinco anos? Amanhã, Miltinho e Val celebram bodas de prata de uma vida baseada no exercício dos dois pilares que versei acima: amor e religião. Ao longo do casamento viveram no afeto mutuo e criaram seus frutos com a firmeza da rocha e a suavidade da seda, respeitando sempre as coisas de Deus. Nas atribulações do dia-a-dia, que não são poucas, encontram tempo para dedicar-se a sublime tarefa de “amar uns aos outros”.

Eles comemoram seu aniversário de matrimônio, mas todos nós estamos em festa. Uma alegria imensa por eles celebrarem seu não enquadramento na “nova ordem mundial”.

O carisma de nosso movimento baseia-se no testemunho. Ele, meus amigos, é prova de vida.

Como dizia o incomparável Chico Buarque de Holanda: “mirem-se no exemplo...”

A Miltinho, Val e família um Feliz Aniversário.

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