domingo, 29 de agosto de 2010

22º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
Neste Domingo, irmãos e irmãs, o Senhor nos convida a participar do banquete em sua casa, onde os privilegiados são aqueles que se esforçam por atender seu convite. Não restam dúvidas que dentre as preferências de Deus, destaca-se a humildade e a gratuidade. Nesta eucaristia temos a chance de reconhecermos as preferências de Deus, pois sabemos que a verdadeira modéstia nos conduz a Ele e nos dá a consciência de que só Ele é poderoso e bom. Aproveitemos este momento, em que somos auxiliados por Jesus, para atendermos ao convite que Deus nos faz e assim podermos participar de seu banquete com o coração aberto para o amor e gratuidade que ele nos concede. Aproveitemo-nos deste Domingo para orar pelos (as) Catequistas que doam suas vidas a serviço da catequese.

29/08/2010 - 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura: Eclesiástico 3,19-21.30-31
Salmo: 67(68)
2ª Leitura: Hebreus 12,18-19.22-24
Evangelho: Lucas 14,1.7-14

EVANGELHO Lucas 14,1.7-14
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus entrou na casa de certo líder fariseu para tomar uma refeição. E as pessoas que estavam ali olhavam para Jesus com muita atenção.

Certa vez Jesus estava reparando como os convidados escolhiam os melhores lugares à mesa. Então fez esta comparação:

- Quando alguém convidá-lo para uma festa de casamento, não sente no melhor lugar. Porque pode ser que alguém mais importante tenha sido convidado. Então quem convidou você e o outro poderá dizer a você: "Dê esse lugar para este aqui." Aí você ficará envergonhado e terá de sentar-se no último lugar. Pelo contrário, quando você for convidado, sente-se no último lugar. Assim quem o convidou vai dizer a você: "Meu amigo, venha sentar-se aqui num lugar melhor." E isso será uma grande honra para você diante de todos os convidados. Porque quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.

Depois Jesus disse ao homem que o havia convidado:

- Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez. Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.

Palavra da Salvação.


COMENTÁRIO
Dentre os quatro evangelistas, Lucas é o único que, por três vezes (Lc 7,36; 11,37; 14,1), menciona refeições de Jesus em casa de fariseus. Esta refeição é ocasião de ensinamentos de Jesus. Neste contexto, Lucas apresenta duas parábolas, cada uma com destinatário próprio. A primeira é dirigida aos convidados em geral, e a segunda é dirigida ao anfitrião.

Jesus conta a primeira parábola aos convidados que escolhiam os primeiros lugares. Aquele que ocupou o primeiro lugar teve que cedê-lo a um amigo mais importante do dono da casa. Aquele que ocupou o último lugar foi convidado para um lugar melhor. Em conclusão à sentença-chave: quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado.

É um tema precioso para Lucas, já presente no Cântico de Nossa Senhora (Lc 1,51-52), e perpassa todo o seu Evangelho. O não se precipitar em ocupar os primeiros lugares em momentos solenes era regra comum de boas maneiras nas várias culturas.

Os conselhos de humildade contidos no Livro do Eclesiástico (primeira leitura) resultam da influência da cultura grega. Jesus aplica a sentença final, sobre aquele que se exalta e aquele que se humilha, revelando a prática do Reino: a renúncia à sociedade competitiva pelo status e poder, e a adesão à nova sociedade do Reino, fundada na humildade, na fraternidade e no serviço. A segunda parábola Jesus dirige àquele que o convidara.

Comumente os banquetes são oferecidos, pelos poderosos, com objetivos interesseiros: mostrar aos outros o prestígio e poder que possuem; agradar alguém de quem se espera retribuição; fortalecer os laços que unem o grupo de poder. A estes interesses Jesus opõe o banquete oferecido aos pobres, aleijados, coxos e cegos, sem espera de retribuição por parte deles.

O banquete aos pobres é o assumir a sua causa, promover a sua libertação e a restauração de sua dignidade. É a partilha do banquete eucarístico, em comunhão com Jesus.

ORAÇÃO
Espírito que conduz ao amor dos mais pobres abre meu coração para acolher os deserdados deste mundo, pois eles têm a primazia no coração do Pai.

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