domingo, 7 de novembro de 2010

CELEBRAÇÃO DE TODOS OS SANTOS E SANTAS


Irmãos e irmãs, o mundo precisa de mais santos e, por isso, neste Domingo, somos chamados à vida e vocacionados à santidade, tendo como auxílio o testemunho de tantos que são reconhecidos pela Igreja como modelo de vida. Estes são os vitoriosos, os que se mantêm fiéis ao Projeto de Jesus, pois somos todos filhos de Deus e, um dia, seremos semelhantes a Ele. As bem-aventuranças significam as setas que Jesus nos aponta, indicando-nos o caminho da santidade. Nas bem-aventuranças, formamos comunhão com todos os que já foram glorificados com Cristo.
  
CELEBRAÇÃO DE TODOS OS SANTOS E SANTAS
Cor Litúrgica: Branca
1ª Leitura: Livro do Apocalipse 7,2-4.9-14
Salmo: 23
2ª Leitura: Primeira Carta de São João 3,1-3
Evangelho: Mateus, 5,1-12

EVANGELHO - Mateus, 5,1-12
Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los.
Jesus disse:
- Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês.

HOMILIA DO DIÁCONO MIGUEL A. TEODORO
As bem-aventuranças

O Evangelho de Mateus, organizado de maneira catequética, apresenta o início do ministério de Jesus, após o chamado dos discípulos, com o Sermão da Montanha. Nesta perícope, podemos compreender toda a Teologia do Evangelista e, também, todo o Projeto de Deus em relação ao modelo de sociedade que espelha o Reino que Ele quer para cada um de nós.

A abertura do Sermão da Montanha é feita com a proclamação das bem-aventuranças. A subida de Jesus à montanha exprime uma relação com Moisés que, no alto da montanha, recebeu de Deus os mandamentos da Lei.

Agora é o próprio Jesus, Filho de Deus, que sobe à montanha e transmite aos discípulos, que vêm a ele, as bem-aventuranças, em substituição àqueles antigos mandamentos. Enquanto os mandamentos eram expressos em forma imperativa, as bem-aventuranças de Jesus são oferecidas aos discípulos como um projeto de felicidade ao qual vale a pena aderir.

A pobreza, assumida interiormente, com convicção, é o desapego das riquezas, que devem ser partilhadas.

Os que choram são os que sofrem e são solidários com os excluídos, humilhados e explorados.

Os mansos têm um coração aberto, acolhedor e compreensivo.

Os que têm fome e sede de justiça lutam pela construção de uma sociedade mais justa.

Os misericordiosos perdoam e libertam os que têm uma consciência carregada de culpabilidade sob a ideologia do sistema opressor.

Os puros de coração são sensíveis aos aspectos mais sutis da dignidade da condição humana.

Os pacíficos criam laços de convívio fraterno com alegria e harmonia.

A perseguição e a injúria são os sofrimentos impostos pelos poderosos contra aqueles que se empenham no estabelecimento da justiça.

Na segunda leitura aprendemos que, pela prática das bem-aventuranças, na plenitude do amor, somos, de fato, filhos de Deus; e, na primeira leitura, podemos observar que os bem-aventurados não são um "pequeno resto", mas sim "uma multidão imensa de todas as tribos, nações línguas e povos", em comunhão com Jesus.

Desta forma, encontramos na prática das bem-aventuranças a felicidade de um mundo de compaixão, partilha e reconciliação, fraterno e solidário, na alegria e na paz.

ORAÇÃO
Pai, torna-me sensível aos sofrimentos dos pobres e dos marginalizados, movendo-me a lutar para que tenham sua dignidade respeitada, pois são teus preferidos.

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