domingo, 10 de abril de 2011

LITURGIA DO 5º DOMINGO DA QUARESMA


Se vivo segundo a carne, desagrado a Deus. E Quaresma é chance anual de passarmos a ter o Espírito de Cristo, a pertencer a Ele, a de fato viver: "porei em vós o meu Espírito para que vivais". Assim, seremos seus amigos, a quem Ele ama, e por isso, não morreremos: "Eu sou a ressurreição e a vida. Todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais".

5º DOMINGO DA QUARESMA
1ª Leitura: Ez 37,12-14
Salmo: 129
2ª Leitura: Rm 8,8-11
Evangelho: Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45
  
EVANGELHO DE JOÃO
Naquele tempo, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: "Senhor, aquele que amas está doente".

Ouvindo isto, Jesus disse: "Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela".

Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. Então, disse aos discípulos: "Vamos de novo à Judéia".

Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá".

Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará".

Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia".

Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?"

Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo".

Jesus ficou profundamente comovido e perguntou: "Onde o colocastes?"

Responderam: "Vem ver, Senhor". E Jesus chorou.

Então os judeus disseram: "Vede como ele o amava!"

Alguns deles, porém, diziam: "Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?"

De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com uma pedra.

Disse Jesus: "Tirai a pedra!"

Marta, a irmã do morto, interveio: "Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias".

Jesus lhe respondeu: "Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?" Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: "Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste".

Tendo dito isso, exclamou com voz forte: "Lázaro, vem para fora!"

O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse: "Desatai-o e deixai-o caminhar!"

Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA PROF. DIÁCONO MIGUEL A. TEODORO
Hoje, estamos diante do fato em que Jesus, após uma longa caminhada e devido à empatia que sentia pelos irmãos Lázaro, Marta e Maria, vai se declarar como Senhor da Vida quando afirma que é a “Ressurreição e a Vida”.

Vemos, então, que neste texto, o evangelista João faz uma prefiguração da morte e ressurreição de Jesus, que era o estava por vir, conforme testemunharemos o decorrer de todo o processo, conforme as celebrações que acontecerão entre os dias 17 e 24/04/2011

Deste modo, então, conforme a narrativa do evangelista João, na primeira parte temos o diálogo de Jesus com os discípulos, a partir da notícia da doença de Lázaro. Criando um estranho suspense, Jesus não reage de imediato a esta noticia, minimizando-a com a simples afirmação simbólica de que Lázaro dorme. Neste diálogo destaca-se a ameaça de morte que paira sobre o próprio Jesus a partir dos judeus.

Na segunda parte, veremos Jesus chegando em Betânia e, aí, temos o edificante diálogo de Jesus com Marta (cf. 29 jul), encerrando-se com a ressurreição de Lázaro.

Importante ressaltar que, em seu texto, o evangelista João com seu gênio literário apresenta uma detalhada e expressiva análise da ressurreição comunicada por Jesus. Aquele que Jesus ama, não está morto, mas é resgatado para a vida.

Na teologia paulina, conforme vemos na segunda leitura, pelo ato de fé, no batismo, morremos com Cristo para viver como ressuscitados em Cristo. Na perspectiva do batismo de João (não confunda João – o Batista -, com João – o Evangelista-. assumido por Jesus, pela conversão, na prática da justiça, da fraternidade e do amor, já vivemos como ressuscitados. As categorias escatológicas do morrer e ressuscitar, conforme a primeira leitura nos fala, deixam de ser uma realidade do último dia. Passam a ser uma realidade atual. Jesus é, na história, a ressurreição e a vida. Quem crê nele viverá, não morrerá jamais.

ORAÇÃO
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que crêem. Faz-me ressuscitar para que eu possa tornar-me verdadeiro instrumento de justiça pra o vosso Reino. Amém.

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