CONDIR
EM FORTALEZA
N
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os dias 20 e 21 de outubro do corrente ano,
estivemos na belíssima cidade de Fortaleza, participando da última reunião do
Conselho Regional Nordeste. Na sexta, à noite, fomos recepcionados pelos irmãos
cearenses, na sede do MFC, presentes todos os mefecistas do nordeste, com
exceção dos irmãos do Estado da Bahia. Após a leitura da palavra de Deus, foram
manifestadas opiniões a respeito, para em seguida ser servido um lanche e a
interação de todos os presentes.
Como de hábito, no sábado, foi construída uma
pauta de trabalho, a qual foi consumida entre as oito e dezessete horas, com
pausa, apenas, para os lanches e o almoço. Todos os assuntos pautados foram
discutidos e decididos, dentro de um clima de irmandade e confiabilidade. Já no
domingo, no mesmo local, Colégio Christus, tivemos um encontro de estudo e
meditação, com o Padre Juan, nosso orientador espiritual, no Ceará, que brindou
a todos com o tema: a questão da mulher dentro da Igreja. Foi um momento
fascinante, onde todos aprenderam muito e tiraram suas dúvidas.
Não é o meu desejo escrever ou publicar uma
ata sobre o evento ora em comento, mas, realçar alguns assuntos, para que o
leitor não apenas tome conhecimento, mas, também, aprofunde com sua família,
tirando conclusões para uma vida mais alegre e participativa.
Por exemplo, no próximo ano iremos realizar o
18º Encontro Nacional, na cidade de Vitória da Conquista – BA, cujo tema
central será: “Famílias: Abram os olhos
diante dos desafios do século XXI.”, com o lema: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância.” (Jô – 10,10)
Observem que o tema e o lema propostos requer
de todos nós uma pausa profunda, pois enquanto família estamos, quase sempre ou
na maioria das vezes de olhos fechados, enquanto o nosso habitat se altera galopantemente, em constante desagregação de
valores. Não podemos deixar que o mundo social em que vivemos, dominado pelo
capital, pelo consumismo desenfreado e pelo avanço da comunicação tecnológica,
ponha fim a vida que nos foi dada com amor, com doação, com humildade e,
sobretudo, em abundância.
Essa inércia da família e da sociedade está
levando o consumismo neoliberal a transformar o sujeito humano à condição de objeto e o objeto – a mercadoria – ocupando a
condição de sujeito, tudo isso em razão de que o consumo não é mais
determinado pela necessidade, mas pelo sonho do consumidor de alcançar o status
do produto, valor esse criado pela mídia publicitária e pela moda, é o que nos
mostra Frei Beto, em seu artigo: “Sujeito
vira objeto”, publicado no jornal Tribuna Independente, de 25/10/2012.
Não percamos a fé e a esperança, sejamos
fortes e determinados, e afirmemos: “Senta
comigo a minha mesa / nutre a esperança, reúne os irmãos / planta o meu reino,
transforma a terra / mas que coragem, tens minha mão.”
Somente assim, mudando os valores da
atualidade para verdadeiros bens sociais e sujeitos humanos, criados à imagem e
semelhança de Deus, nos será possível ter vida em abundância.
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