domingo, 31 de março de 2013
LITURGIA DO DOMINGO DE PÁSCOA - 31/03/2013
DOMINGO DE PÁSCOA
PRIMEIRA LEITURA (At 10,34a.37-43)
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: Vós sabeis o
que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo
pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo
e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que
estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. E nós somos testemunhas
de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram,
pregando-o numa cruz.
Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se
não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que
comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. E Jesus nos
mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos
mortos. Todos os profetas dão testemunho dele: Todo aquele que crê em Jesus recebe,
em seu nome, o perdão dos pecados”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
RESPONSÓRIO (Sl 117)
— Este é o dia que o
Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ ‘Eterna é a sua
misericórdia!”/ A casa de Israel agora o diga:/ “Eterna é a sua misericórdia!”
— A mão direita do Senhor fez maravilhas,/ a mão direita do
Senhor me levantou./ Não morrerei, mas, ao contrário, viverei/ para cantar as
grandes obras do Senhor!
— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a
pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:/ Que maravilhas ele fez
a nossos olhos!
SEGUNDA
LEITURA (Cl 3,1-4)
Carta de São Paulo apóstolo aos Colossenses:
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as
coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às
coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com
Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então
vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
EVANGELHO (Jo 20,1-9)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de
nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de
Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha
sido tirada do túmulo.
2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o
outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do
túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo.
4Os dois corriam juntos, mas o outro
discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas
de linho no chão, mas não entrou.
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e
entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a
cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado
primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura,
segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
REFLEXÃO
“RESSUSCITEMOS PARA A VIDA NOVA”
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.
SOMOS TESTEMUNHAS
Na celebração da Vigília Pascal recebemos um profundo
ensinamento das leituras da Palavra de Deus que proclamaram a presença do
Ressuscitado e nos deram o sentido de sua Ressurreição. Diversos foram os
símbolos usados como o fogo, a luz, a água, o canto e a comunidade, para nos
introduzir neste mistério. Fomos envolvidos pela renovação das promessas do
Batismo e pela celebração da Eucaristia. Neste Domingo de Páscoa podemos cantar
o “Aleluia”, pois o Pai ressuscitou Seu Filho e a nós que cremos Nele. Cristo,
morrendo, destruiu a morte, ressurgindo deu-nos a vida (prefácio). Nós somos
testemunhas do acontecimento da Ressurreição porque acolhemos o testemunho dos
Apóstolos como Pedro afirma na casa de Cornélio: “E nós somos testemunhas de
tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles O mataram,
pregando-O numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe
manifestar-se às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós que comemos e
bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos” (At 10,40-41). São
testemunhas de um Vivo. O contato com Jesus vivo, depois de ter passado pela
morte e ressuscitado, deu aos apóstolos e aos discípulos força de anúncio e
libertação de todos os males, como o fora o próprio Jesus que “ungido pelo
Espírito e com poder, andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos que
estavam dominados pelo demônio” (38). Assim Pedro reconhece a presença do
Espírito na casa de Cornélio, centurião romano. Ali mesmo reconheceu que a boa
notícia é para todos. O Espírito é dado também aos pagãos. Por isso podem
também receber o batismo. A Ressurreição é obra de Deus.
NÃO BASTA VER, É
PRECISO CRER
Os discípulos Pedro e João, ao anúncio de Madalena, correm
ao túmulo. Pedro entrou no túmulo e viu. João viu e creu. É a fé na
Ressurreição que garante o testemunho. É o Espírito que vai abrir a mente para
que entendam. Ele está vivo. A mulher é a primeira testemunha, como a Igreja é
a primeira a testemunhar que Cristo está vivo e a garantia de sua presença no
meio de nós. O Espírito ensina que a fé na Ressurreição é garantia de vida
eterna. Morrendo destruiu a morte, ressurgindo deu-nos a vida (prefácio). A nós
também cabe não somente saber, mas crer, isto é, transformar a vida a partir
dos frutos da Ressurreição que é a Vida Nova. Paulo insiste: “Se ressuscitastes
com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto; ... Aspirai às coisas
celestes e não às coisas terrestres” (Cl 3,1-2). Crer significa um novo modo de
viver. Não há fé só intelectual, mas gera o modo de vida. Ela conduz também ao
anúncio da certeza da Ressurreição.
VIDA ESCONDIDA EM
CRISTO
Fazemos parte da História da Salvação. A Ressurreição nos
une a Cristo, como disse Paulo: “Vós morrestes e a vossa vida está escondida,
com Cristo, em Deus” (Cl 3,3). Estar com a vida em Deus é o novo nascimento. A
fé nos gera para Deus. Celebrando os mistérios pascais, chegamos à luz da
Ressurreição. E a Igreja se renova e renasce (Oferendas). A mudança de conduta
acontece quando nos abrimos à caridade. Tiramos as pedras da porta do sepulcro
de nosso coração e manifestamos o Resuscitado. A Páscoa não é um acontecimento passado.
Acontece em cada ato de amor. A festa da Páscoa acenda sempre em nós o desejo
do Céu (Vigília). Não desanimar quando tudo parece perdido. Ninguém está
perdido. A todos, em Cristo foram escancaradas as portas do Céu. Cada
Eucaristia torna presente a Ressurreição. Por isso dizemos: fazendo memória da
Ressurreição.
ORAÇÃO
Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor
da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que,
celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos
na luz da vida nova. Amém!
Editado por
Jorge – MFC ALAGOAS
sábado, 30 de março de 2013
CORREIO MFC BRASIL Nº 317
DE POBREZA E COMPAIXÃO
NEI ALBERTO PIES
PROFESSOR E ATIVISTA EM DIREITOS HUMANOS
“Se eu dou comida a um pobre, chamam-me de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre,
chamam-me de comunista” (Dom Helder Câmara)
A defesa das causas dos pobres é uma tarefa muito árdua. Exige-nos mais do que compreensão, discursos e teorias sobre a pobreza, mas, sobretudo, compromisso e compaixão. Somos muito preconceituosos para com o sofrimento e a situação indigna como vivem os pobres. Desconhecemos a sua realidade e não queremos mexer na raiz dos nossos problemas: a nossa forma de organizar o mundo.
É
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muito forte entre a gente a ideia de que pobres são coitados, por isso desprovidos de sorte e de bens. Se não lutam, são preguiçosos. Se lutam e exigem mudanças tornam-se perigosos. Mesmo quando passam fome, insistimos em dizer que eles ainda deveriam ser capazes de sonhar.
Só a lucidez da razão e a sensibilidade podem tratar bem das questões da existência e convivência humanas. Na visão ocidental, desenvolvemos a ilusão de que só a razão nos dará respostas aos problemas humanos. Nem a razão ornamental (que serve de ornamento), nem a razão instrumental (ferramenta para transformar a realidade) são capazes de justificar o sofrimento e a realidade daqueles que excluímos socialmente (os pobres). Os pobres não são invenção, não são uma ideia. Os pobres são reais. Os pobres existem, e sofrem a violação da sua vida e dignidade.
Leonardo Boff, defensor incansável das causas dos pobres e oprimidos, afirma que são três as compreensões que se tem da pobreza. Uma primeira, clássica, é a ideia de que o pobre é aquele que não tem. A estratégia então é mobilizar quem tem para ajudar a quem não tem, através de ações assistencialistas, sem reconhecer a potencialidade dos mesmos. A segunda ideia, moderna, é aquela que descobre os potenciais do pobre e compreende que o Estado deve fazer investimentos para que ele seja profissionalizado e potencializado, com vista à inserção no mundo produtivo. Ambas as posições desconsideram, na visão de Boff, que a pobreza é resultado de mecanismos de exploração, que sempre geram enormes conflitos sociais. Boff acredita que é preciso reconhecer as potencialidades dos pobres não apenas para engrossarem a força de trabalho, mas principalmente para transformarem o sistema social. Os pobres, organizados e articulados com outros atores da sociedade, são capazes de construir uma democracia participativa, econômica e social. “Essa perspectiva não é nem assistencialista nem progressista. Ela é libertadora”.
Só a compaixão se reveste de libertação. A compaixão não é sofrer pelos outros, mas sofrer com eles. O sofrer com os outros permite colocarmo-nos no seu lugar. Ver a partir dos seus pontos de vista e das suas realidades. É também deixar-se transformar, permitindo que os nossos mais nobres sentimentos se traduzam em ações concretas a favor dos pobres, fracos e marginalizados.
Poucos vivem a compaixão. Muitos perderam a sensibilidade, o que os impossibilita de viver a caridade e o amor ao próximo. Outros preferem atribuir aos pobres a culpa pela sua situação de miséria e vulnerabilidade. Outros discursam democracia, não perguntando se esta propicia as mesmas condições e oportunidades a todos, como ponto de partida. Porque o ponto de chegada depende de cada um de nós. E muitos, em grande número, tratam como crime a atitude de quem luta por causas humanitárias, quando estas exigem uma mudança na estrutura e organização da sociedade. “As pessoas são pesadas demais para serem levadas nos ombros. Leve-as no coração”, disse Dom Hélder Câmara. Este é o sentido maior da compaixão para com os pobres: não os defendemos por serem bons ou anjos, mas porque são parte de uma sociedade desigual, que não sabe lidar com eles.
O recém eleito Papa Francisco anuncia o seu desejo: “como eu gostaria de uma igreja pobre, para os pobres”. Desejemos também nós praticar a compaixão para erradicar a pobreza no Brasil e no mundo.
FRASES PARA LER E PENSAR
Antoine de Saint-Exupéry
(de “O Pequeno Príncipe”)
Disse a flor para o pequeno príncipe: “É preciso que eu suporte duas ou três lagartas, se eu quiser conhecer as borboletas”.
Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante
Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
Não chores por ter perdido o pôr do sol, pois as lágrimas te impedirão de contemplar as estrelas.
Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.
Quando você dá de si mesmo, você recebe mais do que dá.
Determinada flor é, em primeiro lugar, uma renúncia a todas as outras flores. E, no entanto, só com esta condição é bela.
O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo.
Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E serei para ti única no mundo.
O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.
Foi o tempo que investiste em tua rosa que fez tua rosa tão importante
Si vous venez à quatre dans l'après-midi, puisque les trois, je commence à être heureux.
DE-CISÃO...
JORGE LEÃO – MFC MARANHÃO
Ao longo da vida, somos levados a de-cidir sobre os rumos de nossa trajetória. Dia após dia, o tempo nos cobra posturas de-cisivas. Escolhas profissionais, valores pessoais, conflitos afetivos, relações interpessoais, frequentemente surgem como fantasmas, assombrando o universo mental da humanidade.
O
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ensinamento da sabedoria milenar dos mestres iluminados traz, no entanto, um simples e singelo provérbio, bem atual: “faz de tua boca um canal de água pura”. De-cidir pela pureza das palavras...
Por conseguinte, várias serão as consequências desta de-cisão. A mudança de espaço (não propriamente físico) é o primeiro sinal. Ou seja, a presença de uma atitude mental renovada. Isso nos ajuda a refletir mais acuradamente sobre os pontos de conflito entre hábitos, valores e atitudes. Quando eu opto, por exemplo, por beber água, em vez de refrigerante, estabeleço uma cisão, isto é, uma separação ou quebra no percurso até então estabelecido.
Como sabemos, adentrar no caminho desta jornada não é fácil, pois nos cobra responsabilidade, e isso tem implicações pessoais profundas no cotidiano. Não se trata apenas de uma “mudança de hábitos”, mas de olhar o mundo com os olhos da cisão.
Como de-cidimos pelo deslocamento do antigo espaço habitado, então passamos a buscar outros modos de habitação. Somos com isso lançados no terreno da escassez. Sentimo-nos como abandonados em um deserto. O deserto da de-cisão.
Por isso, caminhar ao longo de uma estrada com pedras, repleta de árida presença de plantas contorcidas e gafanhotos, água escassa, calor escaldante durante o dia e frio intenso à noite, pode gerar medo e desconforto. O deserto, então, torna-se uma realidade à nossa frente.
De-cidimos, contudo, atravessá-lo...
Nesta travessia, uma constante sensação de perda parece dilacerar a alma, a cada passo, a cada de-cisão. Ir por um caminho é optar não ir por outro. Um jogo de-cisivo, mas profundamente transformador.
Após esta longa e sofrida jornada, renascemos para a adesão, a fim de sermos renovados pela água cristalina da renovação interior. Surge assim o caminho da pureza, pois a aridez do deserto foi ultrapassada. O novo caminho a seguir vislumbra os primeiros sinais de mudança, agora compreendida como fruto de uma adesão.
A adesão prepara o terreno para a práxis, isto é, a ação livre e consciente. Quando assumimos os riscos de nossas de-cisões, e aderimos ao projeto incondicional da luta pela vida, nossas ações tornam-se translúcidas como as palavras do Mestre: “nem só de pão vive o homem”...
A ação toma agora a dimensão da livre adesão, ao que chamamos de “liberdade dos filhos de Deus”. Ao sairmos da situação aprisionada pelo horizonte limitado do egoísmo, respiramos a ternura dos lírios do campo, oxigenados pela simplicidade dos gestos de paz.
É um caminho árduo, mas ele nos aponta para a plenitude. Por isso, a cada dia, nossa de-cisão nos aponta uma adesão, livre e consciente, fundada na alegria duradoura do espírito sereno e transformador do amor.
O amor, sereno e benfazejo, translúcido auspicioso a nos dizer: de-cide.
Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz, vinculada à CNBB, sobre a eleição da Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
A eleição da nova Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) suscitou questionamentos de amplas parcelas da sociedade civil que atuam, historicamente, na defesa e promoção dos direitos humanos e das minorias.
A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à CNBB, manifesta sua solidariedade a estas mobilizações da sociedade civil, responsável por tornar a CDHM órgão permanente do Legislativo. À CDHM cabe enfrentar as inúmeras violações à dignidade da pessoa humana e estimular os debates e reflexões que favoreçam a criação e efetivação de políticas de Estado em favor da dignidade humana.
Os justos questionamentos à eleição desta Presidência expressam a indignação diante de “acordos políticos” que desconsideraram a essencialidade da CDHM, reduzindo a sua grandeza. O episódio deixa transparecer a frágil e incompreendida pauta dos direitos humanos entre alguns partidos políticos que, ao colocá-la em segundo plano, retrocederam nas suas escolhas e prioridades.
A imediata reação contrária à nova Presidência da CDHM reforça a convicção de que a atuação da Comissão no parlamento não pode retroceder e que sua missão transcende os interesses particulares, tendo em vista que os objetivos da CDHM presumem uma interação constante com a sociedade civil.
Brasília, 22 de Março de 2013
Pedro Gontijo
Secretário Executivo da CBJP
NOTA DESTE CORREIO
O presidente eleito pelos parlamentares da Comissão Parlamentar de Direitos Humanos tem feito declarações racistas e antiéticas, tornando seu nome incompatível com a presidência dessa Comissão e mesmo da sua condição de deputado federal.
sexta-feira, 29 de março de 2013
O BOM RETIRO
O BOM RETIRO
Gastão Florêncio de Miranda
Grupo Caná da Galileia – MFC Maceió
N
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ão é sempre que acontece de se ter a presença
de Jesus em nosso meio, somos treinados a pronunciar “Ele está no meio de nós”, mas é instintivo o que dizemos e sempre
é evasiva tal declaração. Para mudar esse nosso proceder é preciso estar
disposto a participar de momentos onde Cristo estará ouvindo o seu clamor e
derramando bênçãos e perdoando pecados, alimentando o espírito na caminhada da
fé repleta de fraternidade e Amor.
Testemunhamos no Retiro Quaresmal promovido
pelo MFC nos dias 22, 23 e 24/03/2013, a presença de Jesus. Muitos membros do
MFC se fizeram presente, alguns satisfeitos pelo convite outros cheios de
interrogação. Porém, o retiro foi emocionante: os ensinamentos, as palestras,
as dinâmicas, as orações, o lava-pés, a adoração a Jesus Sacramentado, a Santa Missa,
tudo foi realizado com amor e perfeição, porque Jesus estava presente e emitia
sinais, parecia com aquela expressão popular “OI, EU SOU JESUS E ESTOU AQUI”.
A presença do Salvador foi notada por todos
que tomados pelo forte aconchego espiritual participavam com fervor dos
ensinamentos. O lava-pés foi preparado, e, todos se aproximaram; conduzido pelo
sacerdote, Padre Manoel Henrique. O rito do lav-pés, com a presença de uma
mulher entre os discípulos foi necessário e providencial, esse momento foi
conduzido não pelo sacerdote, mas, por Jesus, que se abaixava em frente a cada
um e com plena humildade demonstrava o seu amor para com todos e, logo após
disse fazei isto um para com os outros.
A Emoção tomou conta de todo o momento e
alguns choraram. A grandeza do gesto envolveu todos. Palestrantes ouvintes e
até o sacerdote externou os seus sentimentos diante de Jesus e seus
ensinamentos.
Rivoldo inquieto com as velas e lamparinas
apagadas pelo vento na hora da adoração, até que em certo momento o Beto falou:
“como explicar a lâmpada acendeu sozinha”,
e tudo ficou claro.
Durante esses três dias a fraternidade foi
destacada nos gestos de acolhimento dos casais Beto e Marly, Neto e Rita, que
como Marta, tudo fizeram para o conforto e bem estar de todos, enquanto que nós,
os participantes, ficamos com a melhor parte.
Ao término do retiro ficou para os
participantes a vontade de fazer uma tenda para Jesus e uma para cada
participante. Mas Jesus nos adverte não é aqui que devemos ficar, mas, nas
comunidades testemunhando o evangelho.
Então, VIVA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
quinta-feira, 28 de março de 2013
INSCRIÇÕES PARA O 18º ENA ENCERRA-SE DIA 31 DE MARÇO
E
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ncerra-se no próximo domingo – 31 de março de 2013, as inscrições para participar do 18º ENA – ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO que acontecerá de 6 a 12 de julho do corrente ano em Vitória da Conquista – Bahia.
O processo é totalmente on-line e realizado no Site do MFC VITÓRIA DA CONQUISTA - www.mfcconquista.org onde o internauta encontrará um questionário com perguntas e respostas sobre o ENA, uma espécie de tira-dúvidas que ajudará a todos no processo de inscrição, visando o esclarecimento de alguns pontos importantes.
Com a criação do formulário digital, de fácil entendimento e autoexplicativo, o interessado fará o preenchimento e aguardará a validação de sua inscrição pelo coordenador de seu estado.
Todo mefecista poderá acompanhar tudo que acontece no 18º ENA, bastando somente que se cadastre no newsletter disponível no Site, um tipo de comunicação que divulgará semanalmente por e-mail, informações sobre as principais ocorrências do evento. Para realizar o cadastramento o interessado deverá incluir apenas seu nome e e-mail no site do MFC CONQUISTA.
OFICINAS
Os participantes do 18º ENA, ao se inscreverem on-line, terão que optar pela oficina que deseja participar, é oferecido 11 diferentes opções de oficinas, o participante deverá se inscrever em duas opções, para participar de uma.
CONFIRA A LISTA DE OFICINAS QUE ACONTECERÃO NO
18º ENA EM VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA
Nucleação e Caminhada dos Jovens;
Vivência e experiência da nucleação no MFC no Brasil;
Religiosidade e espiritualidade;
Resgatando vida – experiência para o tratamento da sobriedade;
Envelhecimento e sexualidade, vivência do tempo e relacionamento afetivo;
Consumismo e sustentabilidade: como trabalhar a preservação do meio ambiente no MFC;
Conjugalidade e parentalidade, desafios para as famílias hoje (marido e mulher, pais e filhos);
Formação nas equipes-base: Reuniões e Temários, Fato e Razão;
Projetos sociais e de formação: como organizar;
Papel dos leigos e leigas na sociedade e na Igreja instituição;
Vivências em grupos para a formação de novas lideranças.
quarta-feira, 27 de março de 2013
CORREIO MFC BRASIL Nº 315
HORIZONTES DA RELIGIÃO
EDUARDO HOORNAERT
TEÓLOGO, HISTORIADOR, ESCRITOR
Eduardo Hoornaert |
G
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ostaria de delinear aqui, de forma muito abreviada, alguns horizontes que condicionam nossa visão da religião. Não enxergar esses horizontes é correr o perigo de cometer erros graves de interpretação em termos de análise da religião.
São cinco pontos.
1. Religião não é conhecimento. Para nossos antepassados, religião significava conhecimento. No largo período entre os anos 2000 aC e 1000 dC (entre o antigo império egípcio e a expansão do islã), em todo o âmbito da África do norte, do oriente médio e da Europa do sul, o culto a Deus era tido como ‘ciência’. Tudo era interpretado por meio de imagens religiosas como caos e cosmos, criação e fim de mundo, céu e inferno, bem e mal, virtude e pecado, salvação e condenação, deus e satanás, vida e morte. Só a partir do ano mil da era cristã a compreensão da religião e dos textos religiosos começa a mudar. Há uma lenta e progressiva secularização da vida e do conhecimento que desemboca nos tempos em que vivemos.
2. Religião não é representação Quando se fala em religião, a primeira coisa que costuma vir à mente é sua representação. Pensamos em religião protestante, islâmica, espírita, católica, hindu, budista, embora muitos já percebam que religião não é o mesmo que doutrina, moral ou dogma. Instâncias que organizam a vida religiosa não devem ser confundidas com a religião em si. O dogma, por exemplo, expressa o consenso estabelecido entre participantes de uma determinada assembleia em torno de um ponto controvertido. Pertence, portanto, ao registro da representação política. O mesmo se diga da celebração religiosa. Em si, a celebração não é um ato religioso, se por religião se entende aquilo que passa na intimidade da pessoa (fascínio, emoção, sonho, encanto). Há como celebrar cerimônias religiosas com dignidade, sem que as pessoas envolvidas estejam necessariamente imbuídas de sentimentos religiosos.
3. Religião tem a ver com sistema neural. A religião pertence ao ser íntimo da pessoa. Jorra da mesma fonte que produz música, poesia e arte. Há neurocientistas que afirmam que a própria constituição de nosso corpo explica as persistentes tendências religiosas que observamos ao longo da história da humanidade. A religião seria a expressão de uma capacidade específica do ser humano, que consistiria na capacidade de ‘sentir’ a presença de algo que não se manifesta diretamente aos cinco sentidos, mas - de uma ou outra forma - se ‘revela’. Algo como pressentir, no tremular do capim, a possível presença de uma cobra. A cobra se ‘revela’ por sinais quase imperceptíveis. Da mesma forma, Deus se nos ‘revela’ e nos fornece uma explicação plausível para o emaranhado de eventos que defrontamos na vida. Em suma, a capacidade de descobrir alguma ‘revelação’ nas coisas ou nos acontecimentos e de costurar esses eventos ‘revelados’ em enredo coeso constituiria o que chamamos religião. Vale a pena acompanhar o que um neurocientista como Antônio Damásio tem a dizer sobre esse assunto, especialmente quando escreve sobre o ‘cérebro sensível’ (the feeling brain) e que ‘o cérebro cria o homem’.
4. Religião não serve para explicar as coisas. O discurso religioso não profere afirmações de cunho cognitivo nem emite opiniões. Não diz a verdade nem erra, se por verdade e erro entendemos coisas relacionadas à cognição. Só erra (ou acerta) quem emite opinião. O discurso religioso não tem opinião a defender, pois não descreve ocorrências nem define objetos. Sua função consiste em expressar sentimentos, dinamizar ações, oferecer segurança, ativar esperança, abrir horizontes. No momento em que se quer saber qual o conteúdo cognitivo de determinadas terminologias religiosas (como encarnação, aparição, ressurreição, ascensão, céu, inferno, milagre, salvação), elas perdem seu sentido. Pois a religião não serve para explicar as coisas, ela nos transporta para além do universo da cognição e nos introduz no universo propriamente humano da ação e revelação (no sentido acima indicado), do desejo, da esperança, do compromisso. A religião não é nem indicativa, nem afirmativa, nem informativa. Quando alguém diz ‘tenho fé em Deus’, ele não está se referindo a uma ocorrência, mas a uma ‘revelação’. Ele está em busca de um sentido para a vida. Por isso mesmo, quem diz ‘não penso em Deus’, não diz o contrário de quem diz: ‘tenho fé em Deus’. Apenas sente as coisas de maneira diferente. Quem diz ‘depois de minha morte, serei julgado por Deus’ não contradiz aquele que diz ‘eu não penso no último juízo’. Pois aqui não se trata de opiniões, mas de sentimentos. É por isso que religião não se discute. Como não respeitar quem beija a foto de um ser querido, manda celebrar uma missa por seu pai falecido ou pede a absolvição dos pecados antes de morrer? Ateísmo e religião não são teorias rivais, são sentimentos diferentes.
5. Finalmente: não conhecemos a Deus. Somos herdeiros de uma longa tradição bíblica, o que nos pode dar a impressão que ‘conhecemos a Deus’. Mas, já no século XVII, o filósofo Spinoza (1633-1677) nos mostrou os perigos dessa pretensão. Ele lembra que, embora todos os teólogos digam que Deus é mistério e que esse mistério não é desvendado pela bíblia, houve sempre tentativas para descobrir vestígios de Deus nos relatos bíblicos. Finalmente chegou-se à conclusão que esses pretensos relatos são na realidade obras literárias, com tudo que isso implica. Aos poucos, por meio de estudos pormenorizados, os pretensos relatos bíblicos, do livro êxodo, por exemplo, vão sendo despojados de sua base histórica. Até hoje nenhum documento ou monumento do Egito antigo encontrado por arqueólogos ou filólogos atesta a presença de hebreus em suas terras. Não foi encontrada em torno de Jericó a muralha mencionada no livro de Josué, apesar de exaustivas escavações. A descrição topográfica de Jerusalém feita nos textos bíblicos referentes aos reinados de Davi e Salomão não encontra nenhuma verificação arqueológica. Não se consegue descobrir em torno do monte Sinai nenhum resto (em cerâmica, por exemplo) da passagem de um importante agrupamento de pessoas por aqueles desertos, apesar do impressionante relato bíblico da permanência dos hebreus com Moisés ao pé do monte. Os caminhos da arqueologia e da bíblia levam para horizontes diferentes. Arqueologia é ciência e bíblia é literatura. Spinoza tira a conclusão que se impõe: não é sensato falar em ‘verdade’ quando se fala em Deus, pois este só se aproxima de nós em forma de imagens e comparações. O caminho para Deus passa por imaginações e afetos. Nós, seres humanos, não temos capacidade de conhecer a Deus, somos pequenos demais. Andando na superfície de um minúsculo planeta que gira em torno de uma estrela de quinta categoria, nem conseguimos tomar consciência da imensidão em que vivemos mergulhados ao longo de nossas breves vidas. Apesar de sua curiosidade incansável, de sua viva inteligência e dos enormes progressos intelectuais e materiais, o homem não avançou praticamente nada, em termos da compreensão de Deus, desde os tempos em que foi redigida a epopeia de Gilgamesh (2000 anos aC). Ele só consegue captar algo sobre Deus por meio de uma imaginação precária e incerta. Infelizmente, a filosofia religiosa de Spinoza ainda é pouco conhecida e insuficientemente valorizada entre nós.
FRASES DE CHARLIE CHAPLIN
(CARLITOS)
"A fé desempenha em nossa vida um papel mais importante do que supomos, e é o que nos permite fazer mais do que pretendemos. Creio que aí está o elemento precursor de nossas ideias. Sem a fé não se teriam elaborado jamais hipóteses e teorias, nem se teriam inventado as ciências ou as matemáticas. Estou convencido de que a fé é um prolongamento do espírito: negar a fé é condenar-se e condenar o espírito que engendra todas as forças criadoras de que dispomos."
"Eu continuo a ser uma coisa só: um palhaço, o que me coloca em nível mais alto do que o de qualquer político."
"A juventude constitui um extraordinário fator de otimismo, pois ela sente por instinto que a adversidade é apenas transitória, e que a desgraça permanente é tão pouco viável quanto o caminho estreito e reto da virtude."
"Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olha para trás... mas vai em frente, pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te."
terça-feira, 26 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
CONCLUÍDO O RETIRO QUARESMAL DO MFC
Participantes do Retiro Quaresmal do MFC |
O
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Movimento Familiar Cristão em Alagoas e a
Equipe de Coordenação de Cidade de Maceió, concluíram na tarde deste domingo
(24), no Rancho Pé de Pinhão, em Marechal Deodoro, o RETIRO QUARESMAL DO MFC,
com palestras, orações e reflexões próprias para o momento que antecede a Semana
Santa.
O
evento iniciou-se às 18 horas da sexta-feira (22), com a recepção e acomodações
dos participantes nos dormitórios. Em seguida todos participaram do Santo Terço,
seguido do jantar. Logo após, a coordenação do evento informou as regras e as
informações necessárias para o aproveitamento total do final de semana. Ainda
na sexta-feira, houve o momento da Via-Sacra e a noite foi concluída com uma
reflexão com Toinho e Neném (MFC Maceió).
Ismari e Eduardo - MFC Curitiba/PR |
No
sábado (23), os participantes despertaram às 6 horas e às 7 horas foi servido o
café da manhã. Às 8 horas, o casal Eduardo e Ismari (MFC Curitiba) proferiu a
palestra “QUARESMA, VALORES, JESUS CRISTO COMO MODELO”. Em seguida aconteceu um
momento de motivação com o testemunho de vida do casal Vamberto e Marly.
Ainda
na manhã do sábado, após o lanche, aconteceu à palestra do Cônego João Neto
(Pároco do Aldebaran), que falou sobre o momento quaresmal e a participação do
cristão. Antes de ser servido o almoço, aconteceu uma dinâmica com os casais
Rivoldo/Luciana e Lúcio/Cacilda com o tema: “COMO VIVENCIAMOS VALORES:
(ACEITAÇÃO, COMPREENSÃO, LEALDADE, HONESTIDADE, ORDEM, PRUDÊNCIA, LIBERDADE,...)”.
À
tarde do sábado iniciou-se com os palestrantes Eduardo e Ismari e Antônio
Carlos e Ângela (MFC Curitiba) falando sobre os “VALORES, PAPEL QUE
OCUPO/EXERÇO NO MEIO - SOCIEDADE, IGREJA, FAMÍLIA”. À tarde foi concluída com
momento de louvor, motivação e o Santo Terço.
Ângela e Antônio Carlos - MFC Curitiba/PR |
Após
o jantar, os participantes participaram do momento litúrgico com o Padre Manoel
Henrique de Melo Santana (assessor eclesiástico), com a benção da água, benção
e procissão de Ramos, lava-pés, fração do pão, exposição e adoração ao Santíssimo.
No
domingo (24), o despertar foi às 7 horas, com o café da manhã servido às 8
horas. Às 9 horas, o Padre Manoel Henrique falou sobre “ESPIRITUALIDADE DA
SEMANA SANTA”, um momento muito rico em informações para todos que participaram
do RETIRO QUARESMAL DO MFC.
A
manhã do domingo teve continuidade com uma palestra do casal Antônio Carlos e
Ângela (MFC Curitiba) que falaram sobre “VALORES HUMANOS E CRISTÃOS”. Em
seguida aconteceu a Santa Missa do “DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR”,
celebrada pelo Padre Manoel Henrique de Melo Santana. O evento foi encerrado
com um delicioso almoço.
Participaram
55 membros dos diversos Grupos de Base do Movimento Familiar Cristão de Maceió
e Murici, que saíram maravilhados com o momento proporcionado pelas
coordenações do MFC ALAGOAS e MFC MACEIÓ, que se uniram na realização do RETIRO
QUARESMAL DO MFC, que já deixa saudades e todos na expectativa que as futuras
administrações de Cidade e Estado deem continuidade a esse maravilhoso evento,
que proporcionou aos participantes, momentos de muita espiritualidade, conhecimento,
reflexões e orações, num ambiente maravilhoso, que proporcionou muita paz
àqueles que participaram do RETIRO QUARESMAL DO MFC.
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