Pe. Anacleto Ortigara, MS Curitiba/PR |
O
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nde
eu me encontro neste momento na minha caminhada de discípulo, de cristão,
dentro da Comunidade? De que lado me vejo?
Lembrando
que não é julgamento, nem exame de consciência. É simplesmente um momento para
refletir sobre meu momento atual na caminhada de fé e de compromisso.
Onde me encontro...
num lado... no outro lado... ou, às vezes, no meio.
Ao
fazermos esta reflexão, vamos ouvir os dois lados da pergunta e, em seguida,
cada um vai se colocar onde se acha neste momento da caminhada.... num lado...
no outro lado.... ou no meio... Repetiremos isso para cada pergunta, mudando de
lugar, de lado, de acordo com a reflexão e onde você se acha na caminhada.
Faremos o deslocamento num espírito de oração, em silêncio, lentamente e com
sinceridade. É uma reflexão individual e ninguém vai reparar quem se posiciona
em que lugar. O importante é entrar em contato com sua realidade atual, neste
momento na caminhada de fé e compromisso.
Não me
interesso muito em aprender coisas novas, não participo dos momentos de
formação...
Sinto-me
vivo... atento... engajado com as pessoas e com a comunidade...
Todos
somos chamados para sermos discípulos de Jesus, para seguir os exemplos dele
dentro da nossa realidade atual. Já temos tudo que necessitamos para isso, a
graça já foi concedida. Mas dentro de cada um de nós, ainda existem dons,
talentos, potencialidades ainda não descobertos, ainda escondidos, não
assumidos. São dons, por mais simples que sejam, que servem para construir o
Reino de Deus entre nós.
Às
vezes, falta auto-confiança para deixar transparecer um talento, outras vezes
desconhecemos ou desconfiamos do tesouro que está dentro de nós. É possível que
alguém já tenha nos alertado de um “dom” que temos, mas não acreditamos. Pode
ser que somos um pouco preguiçosos – é mais fácil, mais cômodo, ficar do jeito
que somos. Mas dentro de cada um de nós existe um dom não assumido, algo que
faz parte da graça de Deus na nossa vida, algo que possa servir a comunidade,
que possa contribuir para a construção do Reino dos céus.
Neste
momento vamos pegar uns minutos para refletir em silêncio sobre a graça de
Deus, a bondade de Deus para conosco. No silêncio do nosso coração, procuramos
reconhecer e assumir esta capacidade, este talento, este dom... por menor ou
mais simples que seja... que ainda escondemos, receamos deixar transparecer...
Ao
escolher um desses dons escondidos, receamos deixar transparecer... ao escolher
um desses dons escondidos, cada um vai escrevê-lo em uma ou poucas palavras –
sem se identificar. Procure ser sincero – não terá que falar diante de ninguém!
Ao
terminar... recolhem-se as folhas com gesto de oferta. Estas folhas representam
uma potencialidade enorme da nossa comunidade. Do mesmo jeito que o Brasil tem
uma imensidão de petróleo no “pré-sal” do oceano, a nossa comunidade tem uma
riqueza imensa nestes dons ainda escondidos. Se nós nos abrirmos, arriscarmos,
e deixarmos transparecer o que escrevemos nestas folhas... Imaginem como vamos
crescer na nossa caminhada de seguidores, discípulos de Jesus. Imaginem como
vamos aprofundar a qualidade da nossa comunidade a serviço de um mundo mais
humano, mais fraterno!
Vamos
rezar neste momento e pedir a coragem de assumir os dons que Deus nos deu:
Senhor, faça de mim
um meio da tua comunicação;
- onde tantos joguem
bombas, que eu leve a palavra da união;
- onde tantos
procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir;
- onde tantos fecham
as mãos para bater, que eu abra o coração para acolher;
- onde tantos adoram
o dinheiro, que eu saiba venerar a pessoa;
- onde tantos sofrem
de solidão na multidão, que eu leve o encontro com alguém;
- onde tantos só
olham para a terra, que eu saiba olhar também para o céu.
Senhor, não quero
ser um simples hóspede de tua casa. Desejo contribuir com minhas atividades,
ainda que pequenas. Quero que tua verdade seja mais conhecida e amada, na minha
família e nos outros ambientes em que vivo e frequento. Amém.
Trabalho realizado pela
Irmã Debra Ann Farwell - Congregação Irmãs Missionárias do Rosário, com
citações retiradas do Livro “Formação de Animadores de Comunidade" - Autoria:
Padre Anacleto Ortigara, Missionário Saletino e Assessor Eclesiástico do MFC
Curitiba – Paraná.
Belo artigo, a postura de cristão deve ser avaliada sempre , se vê cristãos que apenas vive pela euforia e na hora de ta em trabalhos comunitárias fogem dizendo que não tem tempo, mas vivem outras atividades, preguiça na verdade de se doar, ser discípulos requer doação.
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