FELIZES OS POBRES
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Ao iniciar o Sermão da Montanha, Jesus apresenta aos discípulos, com nove bem-aventuranças, seu ensinamento sobre a felicidade. A primeira e a oitava bem-aventuranças dão a chave para compreender todas as outras: felizes são os pobres em espírito, os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu. Felicidade, para Jesus, é já possuir o reino do céu.
Jesus não está falando de sofrimentos e privações no presente que fazem as pessoas merecedoras do reino futuro. Se é certo que a plenitude do reino virá na eternidade, é também certo que a ação dos pobres atualiza hoje a ação de Jesus no mundo, inserindo-os numa lógica diferente, a do reinado de Deus.
Por muito tempo se amenizou a expressão “pobres em espírito”, como se Jesus estivesse falando de humildade. Ele não está proclamando felizes os pobres cuja mentalidade é “cada um por si e para si”. Nem está falando de todos, genericamente. Os pobres em espírito são os inconformados com este mundo, aqueles cuja segurança não se encontra nas riquezas, mas em Deus.
Numa época em que a cada semana surge uma igreja com líderes pregando a prosperidade pessoal nas finanças como autêntica felicidade e bênção de Deus, o que pensar dessas palavras de Jesus?
O “cada um por si e para si” facilmente domina as relações, também as religiosas. As palavras do Mestre, no entanto, aí estão a proclamar a verdadeira felicidade dos pobres que não têm em quem e em que se apoiar, senão em Deus.
Para estes que seguem a lógica da justiça divina, do “cada um por todos e para todos”, e se afligem por buscar a justiça de Deus é que vem a consolação, a qual está longe de ser conformismo ou resignação. A consolação é a força de Deus. E esta se mostra na certeza de que a terra será dos mansos, dos que não alimentam desejo de poder e riquezas. Nesse “mundo diferente” do reino, que se começa a viver já aqui, o desejo que conta é o de justiça, e o caminho para a justiça de Deus está na misericórdia, na pureza de coração e na promoção da paz.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
Ao iniciar o Sermão da Montanha, Jesus apresenta aos discípulos, com nove bem-aventuranças, seu ensinamento sobre a felicidade. A primeira e a oitava bem-aventuranças dão a chave para compreender todas as outras: felizes são os pobres em espírito, os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu. Felicidade, para Jesus, é já possuir o reino do céu.
Jesus não está falando de sofrimentos e privações no presente que fazem as pessoas merecedoras do reino futuro. Se é certo que a plenitude do reino virá na eternidade, é também certo que a ação dos pobres atualiza hoje a ação de Jesus no mundo, inserindo-os numa lógica diferente, a do reinado de Deus.
Por muito tempo se amenizou a expressão “pobres em espírito”, como se Jesus estivesse falando de humildade. Ele não está proclamando felizes os pobres cuja mentalidade é “cada um por si e para si”. Nem está falando de todos, genericamente. Os pobres em espírito são os inconformados com este mundo, aqueles cuja segurança não se encontra nas riquezas, mas em Deus.
Numa época em que a cada semana surge uma igreja com líderes pregando a prosperidade pessoal nas finanças como autêntica felicidade e bênção de Deus, o que pensar dessas palavras de Jesus?
O “cada um por si e para si” facilmente domina as relações, também as religiosas. As palavras do Mestre, no entanto, aí estão a proclamar a verdadeira felicidade dos pobres que não têm em quem e em que se apoiar, senão em Deus.
Para estes que seguem a lógica da justiça divina, do “cada um por todos e para todos”, e se afligem por buscar a justiça de Deus é que vem a consolação, a qual está longe de ser conformismo ou resignação. A consolação é a força de Deus. E esta se mostra na certeza de que a terra será dos mansos, dos que não alimentam desejo de poder e riquezas. Nesse “mundo diferente” do reino, que se começa a viver já aqui, o desejo que conta é o de justiça, e o caminho para a justiça de Deus está na misericórdia, na pureza de coração e na promoção da paz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário