sexta-feira, 14 de maio de 2010


UM BOM DIA!

Hoje acordei com uma sensação de solidão. Um vazio demasiado e sem explicação plausível. Senti uma vontade enorme de retornar à minha infância.

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Procurei explicações, nas horas que passava sozinho, brincando com meus amigos imaginários ou no aconchego marcante do colo de minha mãe, na espera serena pelo retorno de meu pai do trabalho, para que ele e minha mãe conversassem coisas do dia-a-dia à mesa, no jantar, coisas que eu não entendia. Apenas observava a troca de idéias, achando lindo o bate papo que desenvolviam, para mim sem nenhum sentido.

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Meu primeiro dia de escola. O sofrimento que meu tio tinha ao fim das aulas, no retorno do CEPA, quando insistia em cruzar a Fernandes Lima pulando sobre um pé só e segurando sua mão.

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Saudade, da expectativa que me afligia, quando ficava quase todo o dia esperando minha linda “vó ia” – Maria de nascença, descer do ônibus que vinha de Rio Largo e chegar sorrindo, cheia de alegria e carinhos como só uma avó pode dar.

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Lembrança de meu sereno avô Julio, sempre balançando seu corpo opulento em uma cadeira de balanço feita de ferro, toda entrelaçada por uma corda de plástico azul. Ali, eu ficava sentado ao chão conversando com ele, observando a cadência serena do vai-e-vem e a risada forte.

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Pois bem, logo depois, a solidão que a principio me tomou foi convertida em alegria. Apercebi-me que somos o que somos por tudo isso. A soma de todas as nossas experiências felizes, pois as outras, essas podemos deixar pelo caminho.

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Precisamos utilizar o conjunto dessas experiências para ajudar nossa família e nossos próximos.

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Hoje...

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Hoje parece um bom dia para isso.

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Com a presença forte de Deus junto de nós,

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Uma feliz nucleação a todos.

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