Já foi dada a largada. Já soou o apito inicial. Mesmo que a abertura da copa só aconteça neste próximo dia 11 de junho, basta ver as propagandas para dar-nos conta que já começou o jogo maior, do qual todos participam. Cada técnico só pode colocar onze em campo. A copa escala todo mundo. Todos nos sentimos atores, e se não conseguimos chutar o pênalti, temos nossa área de combate, onde tentamos fazer o possível para garantir a vitória.
A prioridade absoluta deste mês especial, que começa no dia 11 de junho e vai até 11 de julho, é sem dúvida o futebol. Até a política promete ficar de lado. Tanto que os candidatos acenam com gestos de boa vontade, de que não vão atrapalhar as jogadas com sua presença inoportuna. Mesmo que cultivem o desejo secreto de colocar a vitória da seleção a serviço de sua candidatura. Mas isto são dividendos a serem faturados depois. Agora, o politicamente correto é mostrar que a torcida pela nossa seleção une preferências clubísticas e até adversários políticos. Ao menos nas aparências. Pois também faz parte do jogo, aparentar que o futebol faz esquecer até os desejos mais secretos.
No meio deste clima contagiante, fica difícil pedir licença para refletir um pouco. O que não deixa de ser estratégico. Pois se nestes dias não usamos a cabeça, corremos o risco de perder a cabeça, como infelizmente as estatísticas das copas sempre comprovam.
Então, vamos para o minuto de silêncio. O momento de reflexão. A pausa para compreender de onde vem a força contagiante do esporte.
Não é difícil perceber a semelhança do esporte, seja qual for, com as artes bélicas. O esporte nasceu da guerra. Ou ao menos seus inícios se inspiraram nas batalhas. Como as guerras são cruéis, porque ceifam estupidamente vidas humanas, foi uma idéia genial fazer de conta que se guerreava, mas ninguém precisava morrer, mesmo havendo vencedores e perdedores.
Se todos fizessem assim, daria para promover uma copa do mundo em cada ano, em muitos países: na Palestina escalando judeus de um lado e árabes do outro, no Iraque escalando xiitas contra sunitas, no Afeganistão convocando a família Bush contra a Al-qaeda. E poderíamos até modificar os confrontos determinados pela FIFA e colocar de imediato o jogo entre as duas Coréias, escalando o ditador Kim Jong-il como capitão e centro avante do time norte coreano!
Em todo o caso, o esporte mostra como existem energias insuspeitadas dentro das pessoas. Se fossem mobilizadas para causas comuns, o que poderia se conseguir em pouco tempo não está escrito.
Nem é difícil escalar estas causas, que poderiam valorizar o entusiasmo de todos entrarem em campo. Se fosse promovida, por exemplo, a copa do mundo contra o analfabetismo, promovendo o mutirão mundial para erradicar a incapacidade de interpretar e de produzir símbolos, numa atividade que desperta e aguça a inteligência, pois a alfabetização produz isto mesmo, que enorme batalha dava para empreender no mundo inteiro, e como seria suado chegar à meta e vencer as últimas resistências, como quem dribla o último defensor e até o próprio goleiro!
Ou se fosse promover outra copa mundial, destinada a saciar a fome do último mendigo, certamente não faltariam alimentos, logo descobriríamos que se ganharia o jogo distribuindo melhor os estoques, como quem sabe passar a bola no momento certo da jogada estratégica.
E assim seria com outros campeonatos para vencer as epidemias, que ultimamente estão se escalando por conta da inépcia dos governos.
Afinal, o esporte mostra como existem tantas energias desperdiçadas, por falta de motivação e de articulação. Quem sabe, nestes dias de absoluta prioridade do futebol, não deixemos de pensar nem percamos a cabeça. E seja qual for a seleção vencedora, que todos nos sintamos escalados a lutar pelas verdadeiras causas da humanidade, que graças a Deus ainda dá sinais de vida!
No meio deste clima contagiante, fica difícil pedir licença para refletir um pouco. O que não deixa de ser estratégico. Pois se nestes dias não usamos a cabeça, corremos o risco de perder a cabeça, como infelizmente as estatísticas das copas sempre comprovam.
Então, vamos para o minuto de silêncio. O momento de reflexão. A pausa para compreender de onde vem a força contagiante do esporte.
Não é difícil perceber a semelhança do esporte, seja qual for, com as artes bélicas. O esporte nasceu da guerra. Ou ao menos seus inícios se inspiraram nas batalhas. Como as guerras são cruéis, porque ceifam estupidamente vidas humanas, foi uma idéia genial fazer de conta que se guerreava, mas ninguém precisava morrer, mesmo havendo vencedores e perdedores.
Se todos fizessem assim, daria para promover uma copa do mundo em cada ano, em muitos países: na Palestina escalando judeus de um lado e árabes do outro, no Iraque escalando xiitas contra sunitas, no Afeganistão convocando a família Bush contra a Al-qaeda. E poderíamos até modificar os confrontos determinados pela FIFA e colocar de imediato o jogo entre as duas Coréias, escalando o ditador Kim Jong-il como capitão e centro avante do time norte coreano!
Em todo o caso, o esporte mostra como existem energias insuspeitadas dentro das pessoas. Se fossem mobilizadas para causas comuns, o que poderia se conseguir em pouco tempo não está escrito.
Nem é difícil escalar estas causas, que poderiam valorizar o entusiasmo de todos entrarem em campo. Se fosse promovida, por exemplo, a copa do mundo contra o analfabetismo, promovendo o mutirão mundial para erradicar a incapacidade de interpretar e de produzir símbolos, numa atividade que desperta e aguça a inteligência, pois a alfabetização produz isto mesmo, que enorme batalha dava para empreender no mundo inteiro, e como seria suado chegar à meta e vencer as últimas resistências, como quem dribla o último defensor e até o próprio goleiro!
Ou se fosse promover outra copa mundial, destinada a saciar a fome do último mendigo, certamente não faltariam alimentos, logo descobriríamos que se ganharia o jogo distribuindo melhor os estoques, como quem sabe passar a bola no momento certo da jogada estratégica.
E assim seria com outros campeonatos para vencer as epidemias, que ultimamente estão se escalando por conta da inépcia dos governos.
Afinal, o esporte mostra como existem tantas energias desperdiçadas, por falta de motivação e de articulação. Quem sabe, nestes dias de absoluta prioridade do futebol, não deixemos de pensar nem percamos a cabeça. E seja qual for a seleção vencedora, que todos nos sintamos escalados a lutar pelas verdadeiras causas da humanidade, que graças a Deus ainda dá sinais de vida!
Fonte: http://www.diocesedejales.org.br/palavradobispo/palavradobispo_detalhes.asp?id=1210
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