Missa foi presidida por Dom Antônio Muniz (Foto: Jobison Barros) |
Gazetaweb - com Jobison Barros
Comunidades e movimentos religiosos, autoridades governamentais e membros da sociedade civil organizada reuniram-se na noite desta quinta-feira (24), na Catedral Metropolitana de Maceió, onde foi celebrada mais uma Missa pela Paz, presidida pelo arcebispo da cidade, Dom Antônio Muniz. A igreja tornou-se pequena em meio ao grande número de fiéis de inúmeras paróquias da capital e do interior do Estado, a exemplo de Marechal Deodoro.
A celebração da Santa Missa ocorre há três anos, na última quinta-feira de cada mês, quando reúne diversas comunidades e, a cada semana, um grupo religioso é responsável pela liturgia da missa. “Não somente priorizamos as comunidades, como também, queremos que as autoridades venham participar conosco deste momento de oração, louvor e graça em pról de um Estado mais humano, fraterno e de uma sociedade de paz e harmonia. Depois da missa, nos reuniremos para debater um pouco sobre a situação que compromete o Estado” - ressaltou o arcebispo.
Segundo Dom Antônio, a Missa pela Paz originou todas as comunidades que existem, atualmente, no Estado, a exemplo da Fazenda da Esperança e Nova Jericó. “Esta missa fez nascer todas as tentativas de construção de paz em Alagoas e, graças a Deus, pessoas foram renovadas com a iniciativa, mas ainda precisamos trabalhar intensamente para acabar com o índice de criminalidade, já que o Estado mais violento do País, bem como Maceió, a cidade mais violenta do Estado, como a mídia veicula no momento”.
Durante a celebração, o arcebispo explanou que a sociedade necessita de um ‘antídoto’ a fim de combater a criminalidade em Alagoas. “As pessoas só conseguem fazer alguma coisa pela paz com esse antídoto, retirando, assim, o efeito de ações que interferem de maneira negativa no ser humano. O medicamento nada mais é do que as ações que os órgãos competentes devem planejar e agir em meio à violência desenfreada. Os três poderes têm que trabalhar unidos para um só objetivo”.
Para o ex-dependente químico e membro da Fazenda da Esperança, Marcos Marques, a missa pela Paz já é uma resposta da sociedade alagoana quanto ao desenvolvimento da criminalidade, mesmo diante dos altos índices constatados em Alagoas. “Estávamos perdidos no mundo das drogas e, graças a Deus, nos encontramos e chegamos até aqui para louvor e agradecer ao Senhor. Fomos prova viva de recuperação e transformação dentro da comunidade e, quando aceitamos Cristo, realmente, passamos a viver em sociedade e em família” – salientou Marcos.
A comunidade São Miguel Arcanjo, de Marechal Deodoro, também se fez presente na Catedral. Angélica, um dos membros do grupo, frisou que, não somente Alagoas necessita de mudança, mas sim, vários estados do País. “Em Marechal, aumentou muito a violência, em Alagoas também e no resto do Brasil. Precisamos revelar o amor e a paz a estas pessoas, que são sentimentos maiores do que qualquer coisa que venha a acontecer”.
Entre as autoridades, fizeram-se presentes o secretário da Paz, Jardel Aderico, o secretário- adjunto de Defesa Social, José Edson, o delegado João Mendes, o comandante da 5ª Companhia Independente de Marechal Deodoro, major Ramon, e demais membros do Governo.
MISSA DE GRATIDÃO
A Missa da Gratidão ocorrerá no próximo domingo (27), às 06h, na Catedral. De acordo com Dom Antônio Muniz, a missa é celebrada todo dia 27 de cada mês em homenagem à Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira de Maceió. A liturgia ficará sob a responsabilidade dos cônegos da catedral, como de costume. “O foco desta missa é o mesmo: lidar com a questão da violência, encontrando maneiras de diminuir a criminalidade e promover a paz entre os irmãos”.
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