A PROFECIA DO CASAMENTO
Pe. Virgílio, ssp
Não é muito frequente que o homem e a mulher se amem em plenitude, se bem que a aspiração ao amor total e pleno seja quase sempre universal. É raro porque o verdadeiro sentido de nossa vida está no futuro, para onde caminhamos, em busca de um amor que seja eterno
.
Quando Jesus lembra aos fariseus que “no princípio não era assim” e não existia divórcio ou separação, quer lembrar-nos que só havia uma exigência clara da palavra de Deus: que o homem e a mulher vivessem unidos no amor, num relacionamento de igualdade e de reciprocidade.
Não se tratava de cumprir uma lei ou um mandamento. Tratava-se de respeitar uma profecia. E a profecia era esta: “O homem não separe o que o amor uniu”, mas ela e ele formem uma só carne.
Do ponto de vista do evangelho, o divórcio não faz sentido. O evangelho entende que o amor é por si mesmo indissolúvel. E isso não por coação externa, e sim por escolha, por decisão espontânea dos dois.
Os vínculos que nunca rebentam são os que nascem da liberdade e se fundamentam na lei do amor, o qual postula esquecer a si mesmo e viver pelo outro. A esta altura, o que vale mesmo é o dom recíproco da vida pela vida.
A imagem de Cristo na cruz deve sugerir a medida do amor nupcial. Pois, quando falamos desse amor, queremos entender a entrega de si mesmo, como Cristo se entrega na cruz.
Esse é o amor no sentido evangélico e profético, como o próprio Jesus o entendeu. E eis por que o amor entre homem e mulher é “sacramento”: porque é sinal daquele mistério profundo que levou o Filho de Deus a morrer numa cruz, fazendo-se dom para a humanidade inteira. Essa é a “profecia” do casamento.
EVANGELHO Marcos 9,38-43.45.47-48
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor. 41Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48’onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”. – Palavra da salvação.
Pe. Virgílio, ssp
Não é muito frequente que o homem e a mulher se amem em plenitude, se bem que a aspiração ao amor total e pleno seja quase sempre universal. É raro porque o verdadeiro sentido de nossa vida está no futuro, para onde caminhamos, em busca de um amor que seja eterno
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Quando Jesus lembra aos fariseus que “no princípio não era assim” e não existia divórcio ou separação, quer lembrar-nos que só havia uma exigência clara da palavra de Deus: que o homem e a mulher vivessem unidos no amor, num relacionamento de igualdade e de reciprocidade.
Não se tratava de cumprir uma lei ou um mandamento. Tratava-se de respeitar uma profecia. E a profecia era esta: “O homem não separe o que o amor uniu”, mas ela e ele formem uma só carne.
Do ponto de vista do evangelho, o divórcio não faz sentido. O evangelho entende que o amor é por si mesmo indissolúvel. E isso não por coação externa, e sim por escolha, por decisão espontânea dos dois.
Os vínculos que nunca rebentam são os que nascem da liberdade e se fundamentam na lei do amor, o qual postula esquecer a si mesmo e viver pelo outro. A esta altura, o que vale mesmo é o dom recíproco da vida pela vida.
A imagem de Cristo na cruz deve sugerir a medida do amor nupcial. Pois, quando falamos desse amor, queremos entender a entrega de si mesmo, como Cristo se entrega na cruz.
Esse é o amor no sentido evangélico e profético, como o próprio Jesus o entendeu. E eis por que o amor entre homem e mulher é “sacramento”: porque é sinal daquele mistério profundo que levou o Filho de Deus a morrer numa cruz, fazendo-se dom para a humanidade inteira. Essa é a “profecia” do casamento.
EVANGELHO Marcos 9,38-43.45.47-48
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor. 41Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48’onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”. – Palavra da salvação.
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